IMDC JÁ HAVIA SIDO DENUNCIADO
PELO TCU POR DESVIO DE R$ 26 MI
Principal alvo da Operação Esopo, deflagrada pela Polícia
Federal (PF) na segunda-feira (9), o Instituto Mundial de Desenvolvimento e
Cidadania é suspeito de ter causado um prejuízo de quase R$ 26 milhões aos
cofres públicos com irregularidades na execução do Programa ProJovem, do
Ministério do Trabalho e Emprego, em Minas Gerais. A estimativa é do Tribunal
de Contas da União (TCU), que abriu dois processos administrativos para apurar
as suspeitas.
Com o processo 031.247/2011-3, de Tomada de Contas
Especial, os responsáveis pela organização da sociedade civil de interesse
público (Oscip) foram intimados a se defender sobre os “indícios de fraudes”
que o TCU identificou ao analisar “documentos que respaldaram a movimentação
dos recursos públicos” destinados à implementação do ProJovem no estado.
Caso o TCU considere insatisfatórias as justificativas
apresentadas, a Oscip terá que devolver ao Erário, em valores corrigidos, os R$
25,915 milhões gastos sem a devida comprovação.
A equipe técnica responsável pelo processo chegou a
sugerir que, cautelarmente, os bens dos responsáveis fossem declarados
indisponíveis por um ano. A medida serviria para, se necessário, garantir o
ressarcimento do dinheiro desviado. O relator do processo, ministro Marcos
Bemquerer Costa não acatou a sugestão por considerar que, antes, é preciso analisar
a defesa dos responsáveis pelo instituto.
“Deixo de adotar, neste momento a medida cautelar”,
informa o ministro em seu voto. “No entanto, considerando a expressiva soma dos
valores envolvidos, cabe determinar à unidade técnica que, cumpridos os prazos
regimentais para citação na tomada de contas especial oriunda da conversão dos
autos, dê prioridade na respectiva instrução processual”.
No processo 027.360/2012-1, também convertido em Tomada
de Contas Especial, mas ainda sem acórdão, o tribunal também analisa supostos
problemas na aplicação de recursos transferidos pelo Ministério do Trabalho ao
estado de Minas Gerais e nos procedimentos adotados pela pasta para liberar
recursos para o Programa ProJovem.
Embora os dois processos ainda não estejam concluídos, o
TCU explicou que, constatadas irregularidades que mereçam ser investigadas no
âmbito penal ou que indiquem a existência de improbidade administrativa,
repassa as conclusões à PF ou ao Ministério Público, conforme o caso.
A Agência Brasil entrou em contato com o Instituto
Mundial de Desenvolvimento e Cidadania, mas ninguém atendeu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário