PRESIDENTE DO TCE DIZ
QUE EMPRESAS
ATUAM NA
CLANDESTINIDADE NO RJ
Em entrevista à rádio CBN na segunda-feira
(9), o presidente do Tribunal de Contas do Estado, Jonas Lopes de Carvalho
Junior, afirmou que algumas linhas de ônibus intermunicipais podem estar
circulando com contratos de concessão vencidos, o que é ilegal. Ele informou
que, desde fevereiro, a Corte de Contas vem realizando auditorias para
fiscalizar a qualidade dos serviços de trens, ônibus, metrô e do teleférico do
Complexo do Alemão.
"Estamos um pouco mais adiantados
com relação aos ônibus intermunicipais, já em fase de finalização. Acreditamos,
por exemplo, que haja linhas intermunicipais circulando sem cobertura
contratual. Infelizmente, é um sistema [de ônibus] que maltrata a população há
anos, mas chegou a hora de dar um basta nisso".
O presidente do TCE/RJ também falou sobre a
fiscalização do órgão no sistema de trens. Segundo o conselheiro, o Tribunal
está verificando se todas as 90 novas composições, adquiridas pelo Governo do
Estado a partir de 2009, estão sendo realmente entregues. "Não é difícil
inferir que o sistema está falido. A população não tem visto novas unidades
circulando", ressaltou.
Sobre a fiscalização do serviço do teleférico
do Alemão, o presidente da Corte de Contas informou que o Tribunal está
analisando as razões que levaram a Companhia Estadual de Engenharia de
Transportes e Logística (Central) a contratar a empresa Supervia, por meio de
ato de inexigibilidade de licitação, para operar esse serviço em fase
experimental. "Para esse tipo de ato, é preciso que haja uma única empresa
capaz de fornecer esse tipo de serviço e que seja compatível com esse tipo de
mercado. Estamos examinando isso", afirmou o conselheiro.
O presidente Jonas Lopes atualizou ainda as
informações sobre a auditoria do TCE-RJ que apontou falhas na fiscalização da
CCR Barcas pela Agetransp. Ele informou que o processo está em fase de defesa e
relembrou alguns problemas encontrados, como a falta de controle da agência
reguladora sobre o número de passageiros transportados.
"Para nosso estarrecimento, a Agetransp
usa um relatório de informações dado pela própria Barcas, para calcular a
tarifa", disse. "A população pode ficar tranquila, porque o TCE vai
cumprir o seu papel de fiscalizar o bom uso do recurso público e a boa execução
dos contratos", completou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário