AGRICULTURA AGONIZA POR
AUSÊNCIA DO PODER PÚBLICO
Numa reportagem do jornal “O Dia”, publicado na semana
passada, um agricultor de Xerém, quarto distrito de Duque de Caxias, denuncia o
desinteresse do Poder Público para uma atividade que garante não só a renda do
produtor, mais produtos mais baratos para o consumidor.

Uma vez por mês, Sebastião vende seu produto na Feira de
Orgânicos realizada no Caxias Shopping, que há três anos é realizada por uma
instituição privada. E Sebastião Fidelis comemora o sucesso da feira, pois em
carda de 20 minutos, sempre no primeiro domingo do mês, ele já vendeu duto que
levou para a feira.
“Eu e minha família nos preocupamos em extrair o melhor
da raiz”, explica.
Num sítio de 14,4 hectares (cerca de 144 campos de
futebol no padrão FIFA), Sebastião planta dois mil pés de
café e colhe por ano 1.200 quilos de grãos. Segundo a Emater, o local tem capacidade de produzir 14,4 toneladas por ano. Essa diferença entre o que é produzido e o potencial do sítio demonstra que a agricultura familiar, tão badalada pelos governos Lula e Dilma, não passa de uma questão de marketing.
café e colhe por ano 1.200 quilos de grãos. Segundo a Emater, o local tem capacidade de produzir 14,4 toneladas por ano. Essa diferença entre o que é produzido e o potencial do sítio demonstra que a agricultura familiar, tão badalada pelos governos Lula e Dilma, não passa de uma questão de marketing.
Além do café artesanal do Sr. Sebastião Fidelis, os
produtores de Xerém também são conhecidos pela produção de hortaliças, pela
exportação de flores e carne de rãs, cultivadas em diques construídos pelos
próprios produtores.
Embora o PT controle a Secretaria de Agricultura do
município desde a virada do Século XX, o poder público municipal ainda não tem
uma política agrícola que vá além de mandar uma máquina aplainar as estradas
vicinais do 4º Distrito, ou remover as árvores que caíram durante um temporal,
como ocorreu em janeiro de 2013.
O Mercado do Produtor, por exemplo, construído
pela Prefeitura no Governo Washington Reis, ao lado da Rodoviária Plínio
Casado, não tem um só produtor rural do município, enquanto as feiras
realizadas no município durante a semana, inclusive a mais famosa, de domingo,
é invadida por produtos chineses, ou produzidos em pequenas fábricas, em especial
os DVDs de música e programa de computador, além do vergonhoso comércio de
animais silvestres, estabelecida na Rua Prefeito José Carlos Lacerda, um dos
lados do triângulo formado pela 59ª DP/Caxias, a Câmara de Vereadores e o
Fórum. Por isso, muita gente entende a “feira de animais silvestres” como um
deboche dos traficantes ao Poder Público, sempre ausente.
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