segunda-feira, 28 de abril de 2014

DELAÇÃO PREMIADA DE DOLEIRO, A
NOVA PREOCUPAÇÃO DO GOVERNO 
A possibilidade do doleiro Alberto Yousseff e do ex diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa,  réus num processos aberto pela Polícia Federal na “Operação Lava Jato”, aceitarem a delação premiada e colaborarem com o Ministério Público Federal nas investigações sobre corrupção e lavagem de dinheiro, crimes que liga os dois presos a diversos crimes envolvendo a alta administração da Petrobrás e políticos da base governista, está tirando o sono do Governo e de muitas figuras da política nacional, principalmente a direção do PT, que ainda não se recuperou do desgaste decorrente da condenação das suas principais lideranças no processo do mensalão.
O clima de apreensão foi revelado pelo diário eletrônico “Brasil-247 em sua edição desta segunda-feira. Segundo a reportagem do jornal ligado ao comando do PT, esta será uma semana curta, por conta do feriado de 1º de maio, mas muito tensa, “marcada pela expectativa com os próximos passos da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que prendeu o doleiro Alberto Yousseff, e o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Assim serão os próximos dias em Brasília e nos meios econômicos ligados ao financiamento de campanhas políticas.
Segundo o “Brasil-247”, tanto Yousseff como Costa vêm sendo assediados para fazer delação premiada. O ex-diretor da Petrobras, que chegou a divulgar um bilhete dizendo-se ameaçado pela Polícia Federal, rechaça a hipótese. Mas, em relação ao doleiro, não há tanta certeza. Isso porque, no caso Banestado, investigação conduzida pelo juiz Sergio Moro, o mesmo da Lava Jato, Yosseff conseguiu se safar depois que passou a contribuir com o Ministério Público, também num acordo de delação premiada. O advogado que o convenceu a colaborar com a Justiça, Antônio Figueiredo Basto, é o mesmo que hoje o atende.
Um indício de que Yousseff irá contar o que sabe é uma foto divulgada há algumas semanas, quando ele exibe equipamentos de escuta ambiental supostamente descobertos por ele na carceragem. Segundo especialistas, a Polícia Federal não cometeria um erro tão primário de deixar os grampos à vista de seus alvos. A imagem de Yousseff, portanto, serviria apenas como álibi para que ele possa contar o que sabe, sem temer represálias.
Ainda segundo a publicação, caso Yousseff esteja mesmo colaborando com a Justiça, a semana promete grandes emoções. Há a expectativa de batidas em escritórios de grandes empreiteiras antes do feriado de Primeiro de Maio e a possibilidade de prisões de tubarões ligados ao financiamento de campanhas. Caso empresários sejam presos pouco antes do feriado, haverá menor possibilidade de concessões de habeas corpus pelos tribunais superiores.
Essa possibilidade foi antecipada, na semana passada, pela colunista Sonia Racy, do Estado de S. Paulo, que noticiou uma nova ação da PF, decorrente da Lava Jato, às vésperas do feriado prolongado da Semana Santa.

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