PESQUISA INDICA CRIVELLA
E GAROTINHO NO 2º TURNO
O senador Marcelo Crivella (PRB) e o deputado federal e
ex governador Anthony Garotinho (PR) disputariam o segundo turno se as eleições
para governador do Rio de Janeiro fossem realizadas hoje. Pesquisa, divulgada
neste domingo pelo jornal “O Dia” e realizada pelo Instituto Gerp, indica que,
a pouco mais de cinco meses das urnas, o ex Ministro da Pesca de Dilma Rousseff e um dos dirigentes
da Igreja Universal no Rio de Janeiro, tem a preferência de 18% dos eleitores
fluminenses, seguido pelo também evangélico Garotinho (PR), com 13%. Com menos
de dois dígitos aparecem o senador petista Lindbergh Farias (8%), o democrata
Cesar Maia (7%) e o governador Luiz Fernando Pezão, do PMDB, com 6%. Na
lanterninha da disputa estão os deputados Alfredo Sirkis (PSB), com 2%, e Miro
Teixeira, do Pros/PSB, com 1%.
Segundo o levantamento, feito entre 18 e 23 de abril e
com margem de erro de 3,39 %, quase metade do eleitorado (47%) ainda não tem
candidato: 23% afirmam que não votariam em nenhum dos candidatos, e 24% estão indecisos.
“É um número alto, mas a tendência é que, daqui até a eleição, o eleitor defina
seu candidato”, diz Gabriel Pazos, presidente do Gerp.
Na pesquisa, o apoio ao governador Luiz
Fernando Pezão não parece afetar o desempenho de Dilma Rousseff como candidata à reeleição,
conquistando, na pesquisa estimulada, com a apresentação de uma cartela com todos
os candidatos, 33% dos entrevistados confirmam o voto na presidente, seguida
pelo senador mineiro Aécio Neves (10%) e o ex governador de Pernaambuco, Eduardo Campos em
terceiro (9).
Os dados mais assustadores em termos de democracia é que, embora
a campanha tenha sido deflagrada por Dilma Rousseff ainda no ano passado, os
percentuais dos que não sabem (24%), ou não votariam em nenhum deles (23%), são números que se aproximam perigosamente dos 50%.
Considerando-se que o
eleitorado fluminense e carioca é um dos mais bem informados e participativos do País,
como vimos nas manifestações do ano passado, que chegaraam a reunir um milhão de
pessoas na AV. Rio Branco, o fato de mais da metade da população não ter
escolhido nenhum dos nomes apresentados pelos principais partidos do País,
indica a descrença da população na chamada classe política, pois o noticiário
político do País vem sendo destaque nas páginas policiais dos principais órgãos
da mídia, com os escândalos se sucedendo, sempre envolvendo a partidarização e
o loteamento dos principais cargos da administração direta e indireta, em que
os políticos se apresentam como representantes não de uma corrente política
definida, mas de interesses econômicos eventualmente partilhados.
E a “Operação
Lava Jato” e os processos envolvendo dirigentes partidários na cobrança de
propinas é um péssimo exemplo da qualidade da política partidária vigente no
País depois de uma Ditadura de mais de duas décadas.
Não foi para isso que o
Brasil saiu às ruas, pedindo “Diretas Já!”.
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