sábado, 3 de maio de 2014

Dilma Rousseff no apagão: show de mentiras e incompetência

 A DIFICIL ESCOLHA DE DILMA:
RACIONAMENTO OU APAGÃO?

Diante do baixo nível dos reservatório na final da temporada de chuvas (abril, a ameaça de um racionamento compulsório para evitar mais um apagão está cada vez mais perto. As previsões mais otimistas é de que o racionamento tenha que ocorrer até setembro, isto é, antes das próximas eleições. Se o governo demorar a implantar um plano nacional de contingência energética (racionamento em linguagem popular), confessando que o sistema elétrico nacional já não atende mais às atuais necessidades do País, como foi feito em 2001, informando aos consumidores residenciais e comerciais, com um efetivo e eficaz aconselhamento sobre medidas simples de economizar energia, em que a sinceridade dos propósitos seja a tônica, poderemos chegar até janeiro com relativa folga energética, a ser reforçada com as chuvas do próximo verão. Se o governo persistir no comportamento do avestruz, insistindo que há energia de sobra e que racionamento e apagão são invenções da média conservadora e das oposição, o apagão será inevitável e altamente doloroso, principalmente par os doentes que dependem de máquinas para continuar vivendo, à espera de uma cura milagrosa ou do surgimento de uma nova droga ou terapia que não dependa da energia elétrica para ser eficaz.

O momento é sério e a situação muito grave, principalmente diante do fato do crescimento do consumo de energia elétrica no primeiro semestre (7%), incentivado pelo próprio governo ao patrocinar campanhas promocionais para a venda de geladeiras, ventiladores, ar condicionado e máquinas de lavar roupas, todos instrumentos de grande poder de consumo de energia, enquanto as obras que deveriam suprir o aumento de consumo estão com atraso superior a dois anos.

O presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales, diz que a produção de energia supera o consumo – o que é bom. Mas observa que a repetição dos apagões é preocupante, pelo aumento da duração e da frequência. A cada ano, a média é de 300 eventos, com variações entre 100 megawatts (MW) e 1 mil MW.
– Dois dos 10 maiores blecautes mundiais ocorreram aqui, é uma posição indesejável – lembra Sales.
Os mega-apagões castigaram desde nações ricas, como Estados Unidos e Canadá, até emergentes como Índia e Indonésia. O risco aumentou no Brasil porque o nível dos reservatórios das hidrelétricas – que geram 65% da energia – baixou.
Para o diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), Adriano Pires, o governo foi imprudente ao não prever que, no verão, sobe o consumo. Diz que incentivou a população a comprar TV, geladeira e ar-condicionado, mas não se programou para gerar e conservar a energia.
– Não estão sabendo gerenciar as fontes de água, que também são usadas para abastecer cidades e irrigar lavouras – afirma Pires.
A solução é ampliar a rede de energia. Especialista no setor da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Tatiana Lauria destaca que é preciso diversificar a geração. Sugere um planejamento que inclua o emprego de carvão, usinas de acumulação e até as nucleares, as últimas para o futuro e com segurança operacional.
O uso de termelétricas, por exemplo, fez com que o custo da energia no mercado livre chegasse a R$ 822 por megawatt hora.  Em janeiro, a demanda por energia subiu 11,8% em relação ao primeiro mês de 2013, segundo o ONS por "uso intensivo de aparelhos de refrigeração no Subsistema Sul e Sudeste/Centro-Oeste".

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