FIRJAN CONDENA ALTA
DA SELIC PARA 12,75%
O aumento de meio ponto
percentual na taxa básica de juros (Selic) da economia brasileira, anunciado
hoje (4) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), não
foi bem recebido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
(Firjan). Por meio de nota, a entidade informou que a decisão - quarta elevação
consecutiva - é incompatível com o quadro de recessão da economia brasileira.
Para a Firjan, o aumento vai
contra o movimento internacional recente.
“O alinhamento entre as
políticas fiscal e monetária é fundamental para o controle da inflação, pois
contribuiria para abreviar o ciclo atual de elevação das taxas de juros. No
entanto, um ajuste fiscal feito por meio de aumento da carga tributária e corte
dos investimentos públicos não só é nocivo ao crescimento no longo prazo como
também não parece ser viável na atual conjuntura econômica e política”, indica
a nota.
O Sistema Firjan reiterou que o
ajuste fiscal deve se concentrar na diminuição dos gastos públicos de natureza
corrente e em criar regras explícitas que limitem seu crescimento.
“Somente dessa forma será possível
promover um efetivo ajuste da postura fiscal, criando condições para um recuo
estrutural das taxas de juros e aumento sustentável da taxa de crescimento”,
concluiu a entidade.
Com o aumento divulgado hoje
(4), a Selic passou de 12,25% para 12,75% ao ano.
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