PT ABANDONA DILMA E
CORRE
PARA OS BRAÇOS DA
GALERA
Talvez inspirado no personagem “Seu Boneco” da Escolinha de
Chico Anísio, a maioria das bancadas do PT no Senado e na Câmara resolveu
abandonar a Presidente Dilma Rousseff e correr para a galera, abrindo mão da
sua responsabilidade na coligação com o PMDB e outros partidos, que usufruem da
colonização política do Planalto. Refugado pela direção nacional do PT e por
Dilma na disputa pelo Governo do Rio de Janeiro, o senador Lindbergh Farias já
apresentou diversas emendas, que desfiguram as MPS editadas por Dilma em
dezembro, destinado ao ajuste fiscal defendido pela atual equipe econômica.
Por conta disso, o PT promete dificultar o caminho do
pacote de ajustes fiscais do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Após ter
conseguido o apoio do PMDB, a presidente Dilma Rousseff terá de enfrentar o
“fogo amigo” do seu partido. Do total de 79 parlamentares da bancada petista no
Senado, ao menos 40 disseram não concordar com as propostas do governo, segundo
reportagem do Globo.
“Há uma crítica sobre a maneira como essas medidas foram
feitas, porque não foram objeto de discussão com a base, nem de esclarecimentos
junto à população. Algumas coisas têm que mudar. Se o governo não negociar, o
Congresso vai fazê-lo”, alertou o líder do PT no Senado, Humberto Costa.
O deputado Vicentinho (SP) torce para que as medidas percam
a validade e que tenha início um processo mais amplo de discussão. Segundo ele,
“tem que haver um limite entre a economia que o governo quer fazer, o combate
às fraudes e assegurar os direitos dos trabalhadores”.
Já o senador Lindbergh Farias, que apresentou cinco emendas
às MPs, afirma que Joaquim Levy parece ‘secretário do Tesouro’: “só fala em
cortes”. O ex prefeito de Nova Iguaçu, que foi descartado por Dilma na disputa pelo Governo do Rio de Janeiro, defende
o aumento de impostos dos mais ricos, como a taxação de grandes fortunas,
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