MPF E IBAMA AMEAÇAM FECHAR
O JARDIM ZOOLÓGICO DO RIO
O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ) expediu
recomendações – uma ordem extrajudicial – à Prefeitura do Rio de Janeiro, à
Comlurb e à Fundação RioZoo para adequação do Zoológico às exigências do Ibama
(Instrução Normativa n° 169/08). O descumprimento pode levar ao fechamento do
parque, com prejuízos aos animais e à sociedade. À Prefeitura, o MPF recomenda
que seja providenciada a adequação do zoológico segundo projeto executivo já
elaborado, inclusive com apresentação de cronograma de execução das obras,
particularmente do chamado “setor extra”, dos centros de reprodução e dos
recintos “Viveirão” e “Corredor da Fauna”. Já à Comlurb, é recomendada a
disponibilização de caçamba compactadora de lixo e unidade biodigestora de lixo
orgânico para a Fundação RioZoo. A Fundação RioZoo, por fim, foi notificada a
implementar sistema de coleta seletiva do lixo no local, inclusive por parte
dos terceiros permissionários.
O MPF realizou vistoria no local no dia 5 de fevereiro e confirmou as irregularidades já verificadas pelo Ibama. Um problema grave constatado na vistoria foi a questão do lixo. “Atrás do setor extra localiza-se a área onde fica depositado o lixo. É um local onde os resíduos ficam espalhados. Do local, exalava mau cheiro, e havia grandes quantidades de vetores (urubus e moscas)”, detalha o relatório da vistoria.
Além das recomendações expedidas, o MPF instaurou procedimento para apurar a omissão do ICMBio no que se refere à inserção de espécies ameaçadas nascidas em cativeiro em seus habitats naturais, bem como enviou ao Ibama laudo produzido pela equipe técnica do Zoológico a respeito dos riscos envolvidos na possível devolução da girafa Zagalo ao zoológico de Brasília.
O MPF estipulou prazo de 30 dias para que a Prefeitura, a Comlurb e a Fundação RioZoo se manifestem sobre as recomendações.
►CONGRESSO BARRA FUSÃO
DE PARTIDOS
O Senado aprovou, na noite desta terça-feira (03), o PLC
4/2015, que impede a fusão de partidos com menos de cinco anos de criação. A
proposta altera a Lei dos Partidos Políticos (9.096/95) e, na prática, a
modificação da lei que trata da fusão e incorporação de novas legendas atinge
diretamente o ministro das Cidades e ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab
(PSD), que tentava recriar o PL por meio de una fusão entre o PR com o PSD.
Agora, a proposta partirá para sanção presidencial.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), liderou
o coro a favor da quarentena para fusão de partidos. “Não se pode ficar criando
partidos só para fazer uma fusão à frente”, afirmou o presidente da PMDB.
O autor da proposta originária e líder do Democratas,
deputado Mendonça Filho (PE), explica que a medida tem por objetivo evitar que
partidos sejam criados somente para depois se juntarem a outro. “O que nós
queremos coibir é uma verdadeira indústria para a criação de partidos com a
finalidade de desvirtuar a chamada fidelidade partidária. Não é cabível que a
gente possa ter uma situação onde os partidos sejam criados apenas como janela
para violar um princípio democrático que exige um mínimo de fidelidade entre os
detentores de mandato e os partidos políticos do nosso País.”
O projeto é resposta às informações de fusão entre o PSD e
o PR. Essa nova bancada ampliaria a governabilidade da presidente Dilma Rousseff
(PT), retirando poder do PMDB, a maior legenda atual. As notícias de criação do
novo partido atribuem a manobra ao ministro das Cidades, Gilberto Kassab, que
foi o responsável pela criação do PSD em 2011. Além do PSD, foram criados
durante a legislatura passada o Solidariedade, o Pros e o PEN.
Partidos pequenos como o Psol e outras legendas como o Pros
e o PSD classificam a proposta como um “retrocesso”, já que a Constituição
garante liberdade aos partidos políticos. Do outro lado, parlamentares de legendas
como o PMDB, DEM e PSD defenderam a proposta. (Com Agências Senado e Câmara)
►TUCANOS NA CPI DO HSBC
O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, e o
líder da bancada tucana no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), confirmaram o apoio
e a participação dos senadores tucanos à CPI do HSBC. Proposta pelo senador
Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), a comissão pretende investigar as suspeitas dos
crimes de sonegação e evasão fiscal em contas abertas por brasileiros em
agências do HSBC na Suíça.
O Brasil aparece em quarto lugar em número de pessoas com
contas no HSBC na Suíça, com 8.667 clientes que teriam movimentado R$ 20
bilhões por meio do banco.
"O PSDB não apenas apoia a iniciativa do senador
Randolfe, como participará, com quadros qualificados que tem, de mais essa
CPI", afirmou Aécio Neves em discurso no plenário.
O presidente do partido usou a palavra para rebater
mensagens postadas nas redes sociais acusando o PSDB de não apoiar a
investigação.
"Ao longo dos últimos dias houve uma cobrança muito
grande, em especial nas redes, uma exploração desse tema, agora plenamente
esclarecido", afirmou o presidente nacional do PSDB.
O apoio à investigação do caso HSBC foi reforçado pelo
líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima. Ele explicou o desencontro ocorrido
que impossibilitou os senadores tucanos de assinarem o pedido de instalação da
CPI.
"Na última quinta-feira, conversei por telefone com o
senador Randolfe e, por telefone, comuniquei que o PSDB manifestava apoio à
instalação da CPI. Ocorre que, num intervalo de tempo mais curto do que se
imaginava, o senador Randolfe Rodrigues, de forma diligente, conseguiu o número
mínimo necessário e apresentou o requerimento", afirmou Cássio Cunha Lima.
O senador Randolfe Rodrigues, autor do requerimento de
criação da CPI, desmentiu os boatos de que o PSDB não apoiaria a criação da
comissão parlamentar de inquérito.
"Não houve deliberadamente nenhuma ação para que não
houvesse assinatura do PSDB, como, também, eu não encontrei resistência do PSDB
em relação a essa matéria. Faço questão aqui de testemunhar isso",
destacou Randolfe.
►EDUARDO CUNHA AUTORIZA MAIS
TRÊS CPIs
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), aceitou hoje (4) três pedidos de criação de comissões parlamentares
de inquérito (CPIs). O primeiro trata da investigação para apurar a violência
contra jovens negros e pobres; o segundo, para investigar a realidade do
sistema carcerário no Brasil; e o terceiro, para apurar a máfia de órteses e
próteses. Ainda falta a leitura do ato de criação no plenário.
Sob o argumento de ausência de fato determinado que
justificasse as investigações, Cunha rejeitou igual número de pedidos para
CPIs: uma para investigar o reflexo da divulgação de pesquisas eleitorais no
resultado das eleições, outra para investigar irregularidades nos planos de
saúde, e a última para estudar as causas da violência no Brasil.
Até o momento, foram protocolados na Câmara 11 pedidos de
abertura de CPIs. E aguardam decisão do presidente da Câmara quatro pedidos,
que tratam da crise hídrica no Brasil, da desestruturação do setor elétrico, da
violência contra a mulher e dos crimes cibernéticos.
A única que já está em funcionamento é a CPI que investiga
irregularidades na Petrobras no período entre 2005 e 2015. Na última
segunda-feira (2), primeiro dia de funcionamento, após a instalação da
comissão, foram recebidos 245 requerimentos de depoimentos, requisição de
documentos, criação de sub-relatorias e compartilhamento de informações. Os
requerimentos estão sendo apresentados, em sua maioria, por deputados de
partidos de oposição. Mas há, também, requerimentos de deputados da base
governista.
Pelo Regimento Interno da Câmara, podem funcionar ao mesmo
tempo no máximo cinco CPIs. Entretanto, se for apresentado um projeto de
resolução, outras comissões podem ser instaladas. O prazo para o término das
investigações de cada CPI é 120 dias, podendo ser prorrogado por mais 60 dias.
Para ser criada, a CPI precisa da assinatura de pelo menos 171 deputados. (ABr)
►EM DEFESA DO EMPREGO E
DA PETROBRÁS
Trabalhadores da indústria naval do Rio de Janeiro fizeram
nesta quarta (4) um protesto em frente à sede da Petrobras, no centro da
cidade. Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói, Edson
Rocha, o objetivo é protestar contra a paralisação de obras em virtude da
Operação Lava Jato, cujo inquérito apura casos de corrupção envolvendo empreiteiras
e a Petrobras.
“Na indústria naval, só em dois meses, em Niterói, já
perdemos mais de mil postos de trabalho. Nós estamos preocupados porque as
empresas [contratadas pela Petrobras para fazer as obras] estão dizendo que
isso não vai parar. Enquanto as licitações e as obras da Petrobras não
voltarem, eles continuarão demitindo”, disse.
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio
de Janeiro, Alex Santos, o número de demitidos no setor nos últimos meses pode
chegar a 10 mil em todo o Brasil. Segundo ele, ontem (3), 1,5 mil funcionários
da Empresa Brasileira de Engenharia (EBE), que fica em Itaguaí, no Grande Rio,
foram demitidos depois que um projeto de construção de um módulo de plataforma
foi concluído, e a empreiteira de Cingapura Modec desistiu de construir um novo
módulo.
Para os sindicalistas, a Operação Lava Jato precisa punir
os culpados pelos casos de corrupção, mas não pode servir de motivo para
interromper as obras da Petrobras e causar demissões. Os trabalhadores esperam
se reunir ainda hoje com representantes da Petrobras e entregar uma carta para
pedir que os projetos e as obras sejam mantidos no país. (ABr)
►TRE/RJ MULTA DEPUTADOS
O deputado federal Leonardo Picciani (PMDB) e os estaduais
Rafael Picciani (PMDB) e Wagner Montes (PSD) foram multados em R$ 2 mil cada,
por propaganda irregular, na sessão plenária do TRE-RJ desta segunda-feira (2).
Na campanha eleitoral do ano passado, diversas placas de propaganda dos
candidatos foram afixadas em cercas ao longo da Estrada da Posse, em Campo
Grande, o que é proibido pela legislação. Segundo o relator do processo,
desembargador eleitoral Fábio Uchôa Montenegro, trata-se de área "onde
existe intensa movimentação de veículos, fato que reforça a desnecessidade da
notificação prévia". Os candidatos Tunico de Souza (PSL) e Marco Farinha
(PMDB) também foram multados, no mesmo processo, em R$ 2 mil cada. Todos ainda
podem recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília. (Proc. Ag
na RP 765246
►PAZ EM CASA MOBILIZA JUSTIÇA
DO RJ
Os crimes cometidos contra a mulher terão ainda mais prioridade
no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) entre os dias 9 e 13
de março, quando começa a campanha “Justiça pela Paz em Casa”, liderada pela
ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal. Uma série de iniciativas
será apresentada à população com o objetivo de despertar, mobilizar e
conscientizar a sociedade sobre a gravidade da violência de gênero. O
lançamento oficial da campanha será no Auditório da Corregedoria Geral de
Justiça, no 7º andar do Fórum Central, às 10h.
“Queremos dar uma resposta à sociedade sobre essa que é uma
questão que preocupa todo o País, e que já dispõe da Lei Maria da Penha como
forma de garantir proteção às mulheres. É em casa onde as relações se
desenvolvem e onde são altos os registros de crimes contra a mulher.
Conscientizando as pessoas sobre a necessidade de a paz começar em casa,
podemos difundir a ideia com todos”, explica a juíza-auxiliar da Presidência,
Adriana Ramos de Mello. A magistrada recebeu o Prêmio Innovare, no ano passado,
pelo Projeto Violeta, iniciativa que reduz de quatro dias para apenas quatro
horas o tempo de decisão do juiz em caso de pedido de medidas protetivas com
urgência.
Magistrados fluminenses que atuam nos 11 Juizados Especiais
de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher em todo o Estado (cinco deles
na capital) irão priorizar a realização de audiências de instrução e
julgamento, assim como os Tribunais de Júri, que vão intensificar a realização
de julgamentos.
“A melhor forma de o Judiciário contribuir com a questão da
violência de gênero é o julgamento, independentemente do seu resultado. O ato
do julgamento demonstra à opinião pública que estamos cientes, sim, da
gravidade do problema”, complementa a magistrada, que avalia a campanha como um
movimento interinstitucional, já que contará com a participação de
representantes da Prefeitura do Rio e do Governo do Estado.
►JUIZ FORA DE PROCESSO
DE ADVOGADO PARENTE
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) acatou nesta
terça-feira (3) proposta da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) proibindo
juízes de atuar em processos de escritórios de advocacia em que trabalhem seus
parentes (filhos, cônjuges etc). A matéria, aprovada por unanimidade,
estabelece a vedação mesmo que o familiar do juiz em questão não figure na
procuração do processo.
A iniciativa da OAB recebeu o apoio da vice-procuradora
geral da República, Ela Wiecko, e foi formulada a partir de um caso empírico: o
plenário do CNJ, também de maneira unânime, instaurou processo administrativo
disciplinar contra um desembargador acusado de emitir sentenças favoráveis ao
escritório em que seu filho trabalha. O magistrado também foi afastado de suas
funções.
“Esse é um dos temas que incomodam e desgastam a prestação
jurisdicional em todo o país. Necessitamos garantir a paridade de armas no
processo. A advocacia de parentes torna inviável a igualdade necessária para a
boa aplicação da Justiça”, afirmou o presidente do Conselho Federal da OAB,
Marcus Vinicius Furtado, citando o artigo 134 do Código de Processo Civil, que
proíbe ao juiz atuar “em processos nos quais seus cônjuges ou parentes diretos
postulem como advogados da parte”.
“No entanto, muitas vezes eles atuam em nome do escritório,
apenas abdicando de assinar as petições. Findo o processo, o escritório
distribui os honorários entre seus profissionais sem nenhum tipo de controle.
Uma medida que impeça isso não afetará a jurisdição, pois o processo pode ser
redistribuído a outro juiz, e ainda fortalecerá a magistratura e a advocacia”,
acrescentou Furtado.
►JUSTIÇA LACRA GESTORA
DA ÁLCALIS
A juíza Juliana Gonçalves Figueira Pontes, titular da Vara
Única da Comarca de Arraial do Cabo, determinou nesta terça-feira (3) a busca e
apreensão de todos os computadores, livros contábeis, arquivos e documentos que
se encontrarem na sede da Novalcalis, na Região dos Lagos. A juíza determina,
ainda, o imediato arrolamento de todos os bens, móveis e imóveis que se
encontrem na sede da empresa e a lacração do prédio até que o
administrador judicial possa ingressar nele.
A magistrada suspendeu os efeitos da Assembleia Geral
Ordinária da Associação de Empregados para Gestão da Companhia Nacional de
Álcalis - Novalcalis, realizada no dia 3 de janeiro de 2014, que elegeu Thiago
de Souza Brasil Pinheiro para presidência e Alcione de Oliveira Sampaio para diretora
estatutária. Os cargos foram declarados vagos, sendo nomeada como
administradora judicial provisória a advogada Juliana Cesário de Mello Novais
Salles. Ela passará a conduzir os atos ordinários de administração da
associação de empregados da Novalcalis e de suas controladas, Álcalis –
Companhia Nacional de Álcalis, Cirne e Alcanorte, além de promover novas
eleições estatuárias no prazo de 90 dias.
Segundo considerou a juíza Juliana Pontes, há indício claro
de fraude na comprovação da publicação na imprensa de editais de convocação da
assembleia, para demonstrar o cumprimento das normas estatutárias.
“Evidencia-se que a assembleia datada de 3/1/2014, que reelegeu os réus para a
gerência da Novalcalis, está eivada de nulidade insanável”, relatou a juíza.
A Companhia Nacional de Álcalis é uma empresa produtora de
barrilha e sal criada no período do Estado Novo com o objetivo de impulsionar a
industrialização do Brasil. A Álcalis foi fundada em 1943, pelo então
presidente Getúlio Vargas e instalada no então município de Cabo Frio
(atualmente fica em Arraial do Cabo), e iniciou as suas operações apenas no
final dos anos 50.
Em 1992, durante o governo do presidente Fernando Collor de
Mello, a empresa foi privatizada. Em 2006, a produção foi interrompida e o
controle da empresa foi entregue à Novalcalis – Associação dos Empregados para
Gestão da Companhia Nacional de Álcalis.
►TCE-RJ CONDENA EX PREFEITOS DE CAXIAS
Os ex-prefeitos Washington Reis de Oliveira e José Camilo
Zito, de Duque de Caxias, foram punidos nesta terça-feira (3) pelo Tribunal de
Contas do Estado do Rio por irregularidades na prestação de contas do repasse
de R$ 10.500,00 à Associação de Ensino Jardelina Dantas. Juntos, eles terão que
desembolsar R$ 26.668,65. Desse total, R$ 10.397,25 terão que ser pagos
solidariamente pelos dois. Além disso, cada um terá que pagar multa no valor de
R$ 8.135,70.
O repasse, na forma de subvenção, teve como objetivo cobrir
despesas dessa entidade com crianças carentes entre 2008 e 2009. Segundo o
conselheiro José Maurício de Lima Nolasco, relator do processo, os dois
políticos foram condenados porque deixaram de encaminhar ao TCE-RJ documentos
exigidos por lei, como os comprovantes originais de despesas realizadas e o
balancete analítico da entidade beneficiada, comprovando o registro da
subvenção e a aplicação dos recursos recebidos.
A subvenção foi concedida durante a gestão de Washington
Reis de Oliveira. O ex-prefeito José Camilo Zito, por sua vez, era a autoridade
responsável pelo encaminhamento de todos os documentos relativos a essa
prestação de contas.
►TCE-RJ CONDENA EM
VOLTA REDONDA
A ex-secretária de Cultura de Volta Redonda Rosane
Gonçalves Pinto tem 30 dias para devolver aos cofres públicos, com recursos
próprios, o valor de R$ 11.680,43 (4.307,1047 Ufir-RJ), que corresponde a parte
da subvenção de R$ 16.575,00 concedida, em 2011, ao Bloco Carnavalesco Unidos
de Santa Rita, que, por sua vez, também responderá pelo débito solidariamente.
A decisão é do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ), em sessão plenária
realizada nesta terça-feira (3/3), acompanhando voto do conselheiro-relator
José Maurício de Lima Nolasco.
Dentre as irregularidades identificadas na prestação de
contas têm destaque a inexistência de habilitação da entidade para receber a
subvenção e comprovação irregular de despesas. O TCE-RJ detectou, também,
incorreções como ausência de prova de regularidade do mandato da diretoria do
bloco carnavalesco e apresentação de recibos de pagamentos, ao invés de RPAs
(Recibos de Pagamentos Autônomos) e notas fiscais identificadas irregularmente,
entre outras.
A ex-secretária de Cultura também foi multada em R$
8.135,70 (3 mil Ufir-RJ) por ter aprovado a subvenção a uma entidade que se
encontrava em situação irregular. O processo correu à revelia, já que Rosane
Gonçalves Pinto não apresentou a sua defesa.
►EX-PREFEITO VAI DEVOLVER
R$ 19 MIL
O Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) determinou,
na sessão desta terça-feira (3/3), que o ex-prefeito de Nova Friburgo Sérgio
Xavier de Souza terá que devolver aos cofres públicos, com recursos próprios, a
quantia de R$ 19.163,10 (equivalente a 7.066,30 Ufir-RJ). O valor, atualizado,
corresponde aos R$ 18 mil concedidos pela prefeitura, nos anos de 2011 e 2012,
à Associação dos Aposentados e Pensionistas de Nova Friburgo, para a realização
de atividades de assistência social para idosos portadores de necessidades
especiais.
Em sua defesa, Sérgio Xavier de Souza alegou que a
subvenção foi aprovada pela Lei Municipal nº 3940/2011, pelo controle interno e
a procuradoria-geral do município. O TCE-RJ, porém, rejeitou a defesa
apresentada pelo ex-prefeito, por ter identificado que os integrantes da
associação utilizaram o dinheiro em festas de confraternização, passeios
turísticos e outras atividades que não se enquadram nos serviços básicos de
assistência social. A decisão dos conselheiros do TCE-RJ acompanha o voto do
conselheiro-relator José Maurício Nolasco.
►MACACU VAI DEVOLVER
DINHEIRO
O presidente da Fundação Municipal de Turismo, Meio
Ambiente e Urbanismo de Cachoeiras de Macacu (Macatur), Antônio Rossi Machado
Bastos, e o dono da empresa WA Sport, William Coelho Soares, terão que
devolver, solidariamente, R$ 2.519,32 (928,99 Ufir-RJ) aos cofres públicos. A
decisão foi tomada na sessão plenária desta terça-feira (3) pelo Tribunal de
Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ).
O Tribunal considerou irregular a prestação de contas da
subvenção no valor R$ 1.875,00 concedida, em 2010, pela Macatur à WA Sport,
para que confeccionasse 100 conjuntos de camisas e calções a serem usados pelo
bloco carnavalesco Esperança Clube da Melhor Idade. De acordo com o voto do relator,
conselheiro Júlio L. Rabello, para comprovar a despesa a empresa apresentou um
documento sem valor fiscal.
►JAPERI DEBATE MELHORIAS DA EDUCAÇÃO
A primeira audiência pública do Ministério Público pela Educação
(MPEduc) em Japeri, na Baixada Fluminense, atraiu o maior público do projeto no
Estado do Rio: mais de 300 professores, pais de alunos, dirigentes públicos e
estudantes debateram problemas e soluções da educação pública local durante
quatro horas na tarde desta 2ª feira (2).
O evento, que contou com o prefeito
Ivaldo Barbosa dos Santos (Timor), abriu espaço a mais críticas do que elogios
sobre a situação das redes municipal e estadual de ensino. As queixas ouvidas
incluíram a falta de transparência em gastos e iniciativas, a merenda escolar,
a necessidade de reformas e climatização nas escolas, entre outras.
Na abertura, o procurador da República Eduardo El Hage
apontou os objetivos do MPEduc e expôs dados como o orçamento da educação
pública (quase R$ 63 milhões) e as notas no Ideb 2013 (4,3 e 3,1 nos anos
iniciais e finais). “O dinheiro público é bem usado? O que afeta os alunos em
Japeri?”, perguntou El Hage, que coordena o MPEduc local com a promotora de
Justiça Renata Cossatis.
Na quadra lotada da Escola Municipal Ary Schiavo, mais de
30 pessoas no público e na mesa solene opinaram, inclusive vereadores. A
professora Inês Pereira atacou a falta de acesso à informação: “O portal de
transparência ficou invisível de tão transparente!”. E as professoras Catarina
Rosa Araújo e Pâmela Motta cobraram a convocação de concursados. Segundo a
secretária municipal de Educação, Roberta Bailune, a carência de professores já
foi comunicada à Procuradoria do Município, que deve convocar em breve.
Houve críticas sobre os mais diversos temas: falta de
escolas agrícolas e técnicas, curtas jornadas de aulas, comissão de licitação,
falta de plano de saúde para os professores, a qualidade da merenda e a
capacitação dos professores. Sobre essa capacitação, a secretária de educação
Roberta Bailune disse que o Município avalia como garantir 1/3 da carga horária
do professor para seus estudos, como a legislação prevê. “O professor e
pesquisador e reconhecemos a importância dessa alteração”, alegou a secretária,
segundo a qual o governo atual reformou e ampliou 25 das 33 escolas municipais.
Obras em escolas e creches, inclusive a instalação de
ar-condicionado, foram reivindicadas por alguns professores e moradores. Outros
participantes enalteceram avanços recentes na educação em Japeri. Já a
professora Patrícia Machado, do CACS-Fundeb (Conselho de Acompanhamento e
Controle Social do Fundeb), atacou a política de municipalização das escolas
estaduais, ao que a diretora pedagógica da Metropolitana I (rede estadual),
Neide Aparecida, rebateu que Estado e Município devem ser parceiros. Ao final,
o prefeito Timor anunciou que adotará uma gestão mais transparente.
►PREFEITO PASSEIA DE LITORINA
Retorno do trem turístico a Miguel Pereira segue firme e
Paraíba do Sul reforça o Projeto para a região. O prefeito Claudio Valente e o Coordenador do Projeto que
busca a volta do Trem Turístico para Miguel Pereira, Geraldino Fraga,
realizaram, no dia 04/02, uma visita técnica na Litorina* da ONG Movimento
Nacional Amigos do Trem estacionada na sua Sede Operacional localizada na
cidade de Juiz de Fora.
A visita técnica teve como objetivo avaliar a Litorina que
poderá atender o trem de turismo entre Miguel Pereira e Paraíba do Sul, projeto
que irá beneficiar com a geração de novos empregos, renda e o turismo regional.
Segundo o prefeito Claudio Valente, sua gestão não medirá
esforços para concretizar o sonho de muitos miguelenses, a expectativa do
comércio local e da rede hoteleira de implantar o trem de turismo, novamente:
“Trata-se de um projeto de grande interesse público para as comunidades
atendidas pelo trem”, declarou o prefeito.
Na outra ponta está a cidade de Paraíba do Sul que, por
intermédio da ONG, manifestou interesse em unir forças para o sucesso e rapidez
na implantação do Trem Turístico. O projeto é uma Parceria do DNIT,
Amigos do Trem e das prefeituras, visando valorizar e zelar
pelo patrimônio público ferroviário da região.
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