CPI DO HSBC APROVA QUEBRA
DE SIGILO DE INVESTIGADOS
A CPI do HSBC
aprovou, na tarde desta terça-feira (30), requerimentos pedindo a quebra de
sigilo fiscal e bancário de clientes investigados por denúncias de operações
irregulares com o banco.
A CPI vai
solicitar a quebra de sigilo de dois ex-diretores do Metrô de São Paulo: Paulo
Celso Mano Moreira e Ademir Venâncio de Araújo. Ambos são suspeitos de
irregularidades administrativas. O período em que tiveram conta no HSBC da
Suíça seria coincidente com o tempo em que foram diretores do Metrô de São
Paulo.
A aprovação dos
requerimentos, no entanto, não veio sem polêmica. Alguns senadores questionaram
o momento e a necessidade da quebra de sigilo. O presidente da CPI, senador
Paulo Rocha (PT-PA), informou que a CPI elencou os nomes divulgados pela
imprensa e enviou correspondência com pedido de informação sobre as operações.
— Alguns
responderam, outros não. Assim, a CPI decidiu avançar com o pedido de quebra de
sigilo — explicou Paulo Rocha.
O senador Randolfe
Rodrigues (PSOL-AP), vice-presidente da CPI e autor dos requerimentos para
quebra de sigilo, acrescentou que as correspondências e os requerimentos de
quebra de sigilo foram feitos com base em informações do Conselho de Controle
de Atividades Financeiras (Coaf) – que apontou a existência de “operações
financeiras atípicas”. Para Randolfe, se a CPI não convocar ninguém para depor
nem quebrar sigilo, não precisaria nem existir. Ele ainda disse que a CPI está
trabalhando “há 50 dias e não fez quase nada”.
— CPI prevista
investigar e, para isso, precisamos de matéria-prima, que é a quebra de sigilo.
Quem está limpo não tem o que temer — declarou Randolfe. (Com Agência Senado)
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