TCE AUTORIZA LICITAÇÃO PARA
OBRAS DA CEDAE EM CAXIAS
O Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) liberou
quinta-feira (25), o edital de licitação por concorrência pública da Companhia
Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), no valor estimado de R$ 61.550.283,85,
para execução de obras de ampliação do sistema de abastecimento de água de
Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Embora reconheça a necessidade de
ajustes no edital, a decisão dos conselheiros do TCE de autorizar a
concorrência atende à necessidade urgente da população do município em ter
acesso à rede de abastecimento de água.
Como garantia de que haverá um rigoroso controle sobre a
execução das obras, o presidente do TCE-RJ, Jonas Lopes de Carvalho Junior,
ordenou que técnicos do TCE façam uma auditoria de acompanhamento durante o
andamento das obras. Desde outubro de 2014, essa licitação já havia sido adiada
quatro vezes, por determinação do Tribunal, por inconsistências técnicas
verificadas no edital. A decisão tomada nesta quinta-feira seguiu o voto do
conselheiro-relator, José Maurício de Lima Nolasco.
Na mesma sessão, os conselheiros do TCE-RJ também
analisaram outro edital de licitação da Cedae, no valor total de R$
1.609.571,19, com vistas à execução de obras de assentamento de tronco
alimentador para reforçar o abastecimento de água de dois bairros de Duque de
Caxias: Parque Duque e Parque Beira-Mar.
O plenário seguiu o voto do relator do processo,
conselheiro Marco Antônio Barbosa de Alencar, que manteve o edital adiado até
que o secretário estadual de Obras, José Iran Peixoto Júnior, atenda às
exigências do Tribunal, como o envio dos desenhos do projeto básico e das
especificações técnicas de execução dos serviços, além de outros documentos.
Acompanhando o parecer da conselheira Marianna Montebello
Willeman, o plenário ordenou ainda que o secretário estadual do Ambiente, André
Corrêa, encaminhe, num prazo de 30 dias, documentos relacionados à contratação
de serviços de consultoria técnica para que a Cedae obtenha a certificação
ambiental ISO 14.001:2004. Devem ser enviados o contrato decorrente do edital
de licitação nº 01/2014, as atas e quadros de julgamentos decorrentes do
procedimento licitatório e a comprovação de pesquisas de preços detalhados em
quantitativos e custos.
►A POLÍCIA FEDERAL DO PT
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, deve ser
chamado pela direção do PT para dar explicações sobre operações da Polícia
Federal – subordinada a ele – que estão atingindo diretamente a sigla. A ação
foi aprovada em resolução na última quinta-feira, durante reunião da Executiva
Nacional em São Paulo.
Duas ações polêmicas estão no alvo da conversa: a Lava Jato
e a Acrônimo. Petista histórico e homem de confiança da presidente Dilma
Rousseff, Cardozo é apontado por alas do PT como responsável pela manutenção da
prisão do ex-tesoureiro da sigla João Vaccari Neto e pelas buscas no escritório
de campanha do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), na última
semana.
Segundo o diário eletrônico Brasil/247, portavoz oficioso
do lulismo, o próprio Cardozo já apontou abusos na Acrônimo, que nesta segunda
fase, teve negado, pelo Superior Tribunal de Justiça, o pedido para cumprir
mandados de busca e apreensão na residência oficial do governador, mais um
ponto para ser tocado pelos petistas, que podem interpretar a decisão do
Judiciário como um argumento de que há mesmo abusos por parte dos agentes
federais. Pimentel também criticou duramente a ação.
Neste sábado, em coletiva de imprensa, Cardozo apontou e
criticou "vazamentos seletivos" por parte da Lava Jato e ressaltou
que o governo, no meio de uma crise por conta dos vazamentos de trechos da
delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, não tem
acesso aos autos, uma vez que a delação está sob segredo de Justiça.
►A CAIXA DOIS DE DILMA
Em um dos depoimentos prestados aos investigadores da
Operação Lava Jato, o ex-presidente da UTC, Ricardo Pessoa, afirmou que
repassou R$ 3,6 milhões por meio de “caixa dois” (dinheiro não contabilizado em
prestação de contas eleitorais) à campanha da presidente Dilma Rousseff em
2010. A informação é do jornal O
Estado de S. Paulo.
O dinheiro, segundo o empreiteiro em uma de suas delações
premiadas no âmbito da Lava Jato, foi entregue ao então tesoureiro da campanha
José de Filippi e o então tesoureiro nacional da legenda, João Vaccari Neto.
Este último está preso na sede da Polícia Federal (PF), em Curitiba. A delação
premiada foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira
(25).
Além de ter detalhado os pagamentos, Pessoa também entregou
aos investigadores, conforme o Estadão,
uma planilha intitulada “pagamentos ao PT por caixa dois”.
Em outro depoimento, conforme informações da Folha de S. Paulo, Pessoa afirmou que
fez contribuições para a campanha ao governo do Estado de São Paulo do petista
Aloizio Mercadante em 2010. Hoje, Mercadante é ministro-chefe da Casa Civil do
governo Dilma.
Conforme dados da Justiça Eleitoral, a UTC fez uma doação
no valor de R$ 250 mil à campanha de Mercadante. Apesar disso, os
investigadores ainda não sabem se a doação é fruto do esquema de corrupção na
Petrobras.
“Desconheço o teor da delação premiada do senhor Ricardo
Pessoa. A empresa UTC, por ocasião da campanha ao Governo do Estado de São
Paulo, em 2010, fez uma única contribuição, devidamente contabilizada e
declarada à Justiça Eleitoral, no valor de R$ 250 mil reais, conforme
demonstrado em minha prestação de contas aprovada pela Justiça Eleitoral”,
rebateu Mercadante por meio de nota oficial.
►R$ 20 MILHÕES NO COFRINHO
DE COLLOR
O ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL) aparece como o
político beneficiado com a maior quantia entre os 18 nomes apontados pelo
empresário Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, de acordo com reportagem da
revista Veja. Segundo a
revista, o empresário disse que repassou R$ 20 milhões a aliados do senador
alagoano como comissão por um contrato de R$ 650 milhões fechado pela UTC com a
BR Distribuidora.
Uma das subsidiárias da Petrobras, a BR Distribuidora tinha
como diretor, na época, o engenheiro José Zonis. A reportagem sustenta que
Zonis foi indicado ao cargo por Collor, após ameaçar romper com o governo. O
delator contou que a oferta de contrato para a UTC foi feita pelo ex-ministro
Pedro Paulo Leoni Ramos, amigo do ex-presidente da República, que o levou ao
encontro de Zonis.
Ricardo Pessoa disse que Pedro Paulo, mais conhecido como
PP, deixou claro que seu fiador no negócio era o senador petebista.
“O dono da UTC contou aos investigadores que, após a
reunião com o diretor, a empreiteira aceitou o acordo, ganhou os contratos e
pagou a Pedro Paulo e a Fernando Collor nada menos que 20 milhões de reais”,
diz trecho da reportagem assinada por Robson Bonin. O empreiteiro entregou ao
Ministério Público planilhas com as datas dos desembolsos e narrou detalhes dos
encontros com e da entrega do dinheiro, afirma Veja. Pessoa disse que aceitou fechar
o negócio por saber que Collor estava por trás das tratativas.
Ao todo, 18 nomes de seis partidos (PT, PSDB, PMDB, PP, PTB
e PSB) foram apontados pelo dono da UTC como beneficiários de recursos
destinados por sua empresa mediante esquema de desvio de recursos da Petrobras.
A segunda maior quantia citada pelo delator aparece associada ao ex-tesoureiro
do PT João Vaccari Neto, um dos presos da Lava Jato. Segundo Ricardo Pessoa, R$
15 milhões foram entregues ao petista. O terceiro maior montante é o atribuído
à campanha à reeleição da presidente Dilma no ano passado, R$ 7,5 milhões
►LULA E AS PEDALADAS DE
DILMA
O ex-presidente Lula estimulou pessoalmente o responsável
pela análise das contas do governo Dilma Rousseff no TCU (Tribunal de Contas da
União) a contestar as chamadas "pedaladas fiscais". O movimento
ocorreu no mesmo período em que o petista começou a criticar abertamente a
condução da gestão de sua afilhada política.
Segundo a Folha de S. Paulo, Lula disse ao ministro José
Múcio Monteiro, de quem é próximo, achar razoável que o órgão pedisse
explicações sobre as manobras. Nelas, bancos públicos usam seus recursos para
pagamentos do governo, o que é ilegal.
A conversa se deu quando o voto do ministro, contestando o
atraso no repasse, já estava pronto. Segundo relatos, Lula disse que isso
"daria um susto" na presidente.
O voto de Múcio concluía que as manobras que a equipe do
ex-ministro da Fazenda Guido Mantega fez entre 2013 e 2014 feriram a Lei de
Responsabilidade Fiscal.
Às vésperas do julgamento no TCU, marcado para 17 de junho,
o relator do processo, ministro Augusto Nardes, indicou a integrantes do
governo que a tendência era que o órgão rejeitasse as contas de 2014 do governo
federal.
O recado chegou a Lula, que viu se desenhar o cenário
favorito para a oposição: uma possível reprovação das contas de Dilma pelo TCU,
que pode ser reiterada no Congresso, abriria espaço para um processo de
impeachment contra a presidente.
Aliados dizem que Lula passou então a defender o adiamento
do parecer sobre as contas. No julgamento, em decisão inédita, o TCU deu 30
dias para que Dilma explicasse as irregularidades.
Questionado sobre a conversa entre o ex-presidente e Múcio,
o Instituto Lula, por meio de sua assessoria, disse que Lula "repudia e
lamenta a reiterada prática do jornal Folha de S.Paulo de lhe atribuir
afirmações a partir de supostas fontes anônimas, dando guarida e publicidade a
todo o tipo de especulação".
O ministro Múcio foi procurado, mas não respondeu até o
momento.
Uma ala do Planalto vê este como mais um sinal de que o
ex-presidente quer se distanciar de Dilma e creditar à sucessora a crise do
governo, eximindo-se de qualquer responsabilidade.
Lula tem criticado Dilma publicamente e chamou sua gestão
de "governo de mudos". Para o petista, a presidente, ele e o PT estão
"no volume morto".
Os mais críticos a Lula dizem que o movimento de ataque e,
em seguida, recuo, tem sido comum no comportamento do ex-presidente em relação
a Dilma. Eles lembram quando, nos bastidores, o petista estimulou que parlamentares
do PT votassem contra o ajuste fiscal do governo em nome de bandeiras do
partido. Diante da real possibilidade de derrota, porém, Lula pediu união à
bancada.
Outro setor do governo diz que o ex-presidente está
"irritado e inquieto" com os resultados do governo e acredita que as
críticas "para fora" podem surtir mais efeito do que os conselhos
diretos à presidente.
Caso queira ser candidato em 2018, apostam esses petistas,
Lula não pretende deixar seu projeto político afundar dessa maneira.
►PROPINA DA UTC NO TCU
O ex-presidente da UTC Ricardo Pessoa disse, em sua delação
premiada, que pagou R$ 1 milhão para o Tribunal de Contas da União (TCU)
liberar a licitação da usina nuclear Angra 3. Ele contou também que pagava R$
50 mil mensais ao advogado Tiago Cedraz, filho do atual presidente do TCU,
Aroldo Cedraz, em troca de informações privilegiadas. As informações são do
jornal Folha de S. Paulo.
O delator afirmou que, após ter suas pretensões atendidas
no tribunal, o consórcio do qual a UTC, a Camargo Corrêa, a Odebrecht e a
Andrade Gutierrez faziam parte, foi contratado pela Eletronuclear para fazer a
montagem da usina atômica. A obra tem custo total de R$ 3,2 bilhões. O caso foi
relatado no TCU pelo ministro Raimundo Carreiro, atual vice-presidente do
tribunal de contas.
Segundo Pessoa, o TCU apontou inicialmente uma série de
problemas, como sobrepreço de R$ 314 milhões em relação ao orçamento e
“limitada competitividade”. De acordo com o empresário, Tiago lhe disse que
precisaria de R$ 1 milhão para liberar a licitação.
Na decisão final, o ministro relator mudou seu entendimento
inicial, que era pela suspensão do procedimento, e liberou o processo
licitatório. Carreiro afirmou à Folha que jamais recebeu a quantia e nunca
conversou com o filho de seu colega sobre o assunto. Já Tiago Cedraz declarou
que vai processar Ricardo Pessoa pela acusação.
►PRODUTORES DE MANDIOCA
PEDEM SOCORRO
Em meio “à maior crise do setor nos últimos 15 anos”,
produtores de mandioca torcem para que o elogio que a presidenta Dilma Rousseff
fez à raiz, classificando-a como “uma das maiores conquistas do Brasil”,
indique que o governo pretende ajudá-los a superar as dificuldades.
“Os produtores ficaram sensibilizados [com a possibilidade]
de a fala da presidenta motivar os ministérios da Agricultura e da Fazenda a
liberar recursos que nos ajudem a superar esta forte crise”, disse à Agência Brasil o presidente da
Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca, João Eduardo
Pasquini. Ele fez referência à fala da presidenta no lançamento dos Primeiros
Jogos Mundiais Indígenas, que ocorrerão em outubro, em Palmas, no Tocantins.
Segundo o boletim de análise econômica setorial divulgado
mensalmente pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Escola
Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, o preço médio mensal pago ao produtor
pela tonelada de mandioca caiu de R$ 562,96 em dezembro de 2013 para R$ 175,15
em abril deste ano. Pasquini disse que o valor não parou de cair nos últimos
dois meses e que há produtores vendendo a tonelada do produto por R$ 140.
“Os preços estão muito abaixo do custo de produção, que
gira em torno de R$ 220 a tonelada. É um prejuízo enorme para os produtores”,
acrescentou Pasquini. De acordo com o representante dos produtores de mandioca,
há alguns meses o setor vem pleiteando a ajuda do governo. A principal
reivindicação é que o governo federal compre o produto industrializado, ou
seja, a farinha de mandioca, por um valor mínimo, a fim de forçar a alta do
preço.
“Não seriam necessários muitos recursos. Calculamos que
entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões poderiam amenizar os problemas que o setor
vem enfrentando”, disse Pasquini.
A associação de produtores estima que 1 milhão de pessoas
trabalhem na cadeia produtiva da mandioca. Com 26 milhões de toneladas de raiz
de mandioca produzidas anualmente, o Brasil é o maior produtor mundial e os
estados do Pará e do Paraná, os maiores produtores nacionais. Pasquini
enfatizou que o plantio é importante fonte de renda de agricultores familiares
e um recurso alimentar de grande valia em regiões carentes.
Procurado, o Ministério da Agricultura disse que o governo
estuda a reivindicação dos produtores e está prestes a publicar portaria
estipulando preços mínimos para a raiz e seus subprodutos. Além disso, o
Conselho Interministerial de Estoques de Alimentos deve anunciar em breve sua
decisão quanto à possibilidade de o governo comprar mandioca diretamente dos
produtores para formar estoques.
►JUSTIÇA DO RJ PROÍBE
FOTOS DE SUSPEITOS
A Defensoria Pública do Estado do Rio obteve liminar que
proíbe a divulgação de imagens de pessoas presas como suspeitas, sem motivo
legítimo para investigação criminal – a chamada "apresentação de
presos". O Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh) do órgão entrou
com ação civil pública, em 2013, que foi rejeitada pelo Estado mediante efeito
suspensivo, o que impedia que a decisão fosse colocada em prática.
A liminar obtida na última segunda-feira (22) tem o
objetivo de garantir os direitos individuais e evitar a exposição precoce do
suspeito. Assim, a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária e as
polícias ficam impedidas de convocar os veículos de comunicação e fazer a
exposição dos presos, o que é considerado abuso de autoridade.
"O que verificamos através da mídia é que atualmente
quem mais pratica esse tipo de conduta é a Polícia Civil. Essa liminar já está
em vigor, os órgãos podem não ter sido intimados oficialmente, mas já é válida.
Então, quem descumprir será submetido às consequências legais, como
responsabilidade civil, administrativa e até abuso de autoridade", disse o
defensor público titular do Nudedh, Daniel Lozoya.
Segundo ele, caso a decisão não seja respeitada, a
Defensoria Pública fará ainda solicitação de uma multa que, apesar de não estar
estipulada, pretende pedir que seja fixada em R$ 10 mil para cada caso de
descumprimento. A divulgação de imagens só será permitida nos casos
fundamentados como motivo legítimo para auxiliar as investigações e garantir
que outras vítimas façam identificação do suspeito e apresente denúncia. No
entanto, é necessário que a autoridade policial responsável pelo caso apresente
uma justificativa.
Daniel Lozoya destaca que a decisão não afeta a prática do
Disque-Denúncia, que divulga imagens de foragidos com o objetivo de conseguir
ajuda da sociedade para localizar o fugitivo. "Essa decisão não afeta em
nada o Disque-Denúncia, porque quem tem uma ordem judicial de prisão e está
foragido da justiça, com a divulgação podemos obter ajuda para localizar a
pessoa. A decisão pretende atingir apenas as pessoas que já estão presas a
passar pela situação humilhante de tirar fotos para a imprensa
forçadamente."
Em nota, a Secretaria de Estado de Administração
Penitenciária informa que não apresenta presos à imprensa. Já a Polícia Militar
e a Polícia Civil informam que vão cumprir a regulamentação.
►MISSA POR EX VEREADOR NESTA SEGUNDA
Será celebrada nesta segunda-feira (29), às 19 horas, na
Catedral de Santo Antônio, a Missa pelo 7º Dia do falecimento do ex vereador
Elyseu Adail Alvarenga, que completara o 103º aniversário no domingo passado
(21) e faleceu na última terça-feira (22).
Ele foi eleito em 1950, na segunda legislatura da recém-criada
Câmara de Vereadores de Duque de Caxias, cuja primeira eleição ocorrera em
1947, após a derrubada do Estado Novo implantando em 1937 por Getúlio Vargas,
que assumira o Governo em outubro de 1930.
Irmão de José de Alvarenga, que participara da campanha
pela emancipação da Vila Meriti, que em 31 de dezembro de 1943 fora desmembrada
de Nova Iguaçu, Eliseu Alvarenga assistiu, com lágrimas nos olhos e ao lado de
diversos amigos, à celebração da última missa na antiga Matriz de Santo Antônio,
prática quer ele realizava todos os domingos desde a inauguração da antiga
Matriz, em 1939 e que fora construída em frente à sua casa, na rua José de
Alvarenga, homenagem da Câmara ao seu irmão.
Em sessão em homenagem a todos os vereadores eleitos desde
1947, realizada no dia 5 de maio de 2010 por iniciativa do então presidente do
Legislativo Municipal, Delmar Lyrio Mazinho, Elyseu Alvarenga recebeu das mãos
do ex presidente da Câmara, Walderino de Souza Nascimento, a placa
comemorativa, que fora entregue a todos os ex vereadores ou aos seus herdeiros.
►A IMPAGÁVEL DÍVIDA DE ESTADOS E MUNICÍPIOS
Na pauta do Plenário Câmara constam ainda emendas do Senado
ao Projeto de Lei Complementar 37/15, do deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ),
que permite a aplicação da renegociação de índice de correção das dívidas
estaduais com a União independentemente de regulamentação.
De acordo com as emendas, a União terá até o dia 31 de
janeiro de 2016 para assinar com os estados e municípios os aditivos contratuais,
independentemente de regulamentação. Após esse prazo, o devedor poderá
recolher, a título de pagamento à União, o montante devido com a aplicação da
lei.
A Lei Complementar 148/14 muda o índice de correção das
dívidas de estados, do Distrito Federal e de municípios com a União, tornando-o
mais vantajoso. Entretanto, até o momento, a falta de regulamentação não
viabilizou a assinatura dos aditivos devido ao temor do governo federal de
diminuir a arrecadação no atual período do ajuste fiscal.
► PARA O PMF NÃO HÁ CERVEJA SEM ALCOOL
O Ministério Público Federal expediu recomendação ao
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para que altere o item da
Proposta Brasileira para os Padrões de Identidade e Qualidade dos Produtos de
Cervejaria do Mercosul, elaborada pelo Ministério, que se refere a rotulagem de
cerveja sem álcool, excluído a expressão “pode” da expressão - "Pode
conter álcool em até 0,5% vol”, passando a constar a seguinte frase de
advertência: "Contém álcool em até 0,5% vol.". O MPF também
recomenda que sejam realizadas fiscalizações periódicas em relação ao teor
alcoólico residual máximo em porcentagem de volume, com tolerância de 0,1% para
mais ou para menos.
Embora o MPF queira a alteração do item, a procuradora da
República Silva Mocellin, autora da recomendação, considera que a proposta do
Ministério da Agricultura para o Mercosul “representa inegável avanço na
regulamentação da matéria”. Ela justifica a exclusão da palavra “pode” em razão
de gerar dúvida no consumidor.
Em relação a rotulagem da cerveja zero, o MPF não
recomendou nenhuma alteração. E, portanto, permanece a redação que afirma que
“na rotulagem da cerveja sem álcool somente poderá ser utilizada a expressão
zero álcool, zero%, 0,0% álcool ou similares no produto que contiver até 0,05%
vol. de álcool residual”.
A recomendação foi encaminhada à ministra da Agricultura,
Kátia Abreu, pelo coordenador da 3ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF
(Consumidor e Ordem Econômica), subprocurador-geral da República José Elaeres
Teixeira.
►EDUCAÇÃO SOB RÁIO X DO MPF NO RJ
Escolas sem professores suficientes e com diretores não
eleitos internamente são dois problemas da rede estadual de ensino na zona
oeste carioca. Esses casos foram apontados em 2/3 e mais de 80% dos
questionários do projeto Ministério Público pela Educação (MPEduc) respondidos
por gestores de 31 colégios estaduais na Barra da Tijuca, Jacarepaguá e
arredores.
Para debater a qualidade desse universo de escolas, os Ministérios
Públicos Federal (MPF) e Estadual (MP/RJ) organizam nesta segunda-feira, 29 de
junho, entre 14h e 17h, uma audiência pública onde serão colhidas opiniões de
professores, pais, alunos e representantes da Secretaria de Estado de Educação
(Seeduc). O evento será em Curicica, no CIEP 321 Dr. Ulysses Guimarães (R. da
Reverência, 375).
A expectativa de procuradores da República e promotores de
Justiça é identificar o que tem causado o baixo desempenho das escolas
estaduais na capital. No Índice da Educação Básica (Ideb) de 2013, elas não
atingiram a nota mínima de 6 (escala de 0 a 10): 5,4 nos anos iniciais e 3,7
nos anos finais do ensino fundamental. Responsáveis pela audiência, os
procuradores Maria Cristina Cordeiro e Sérgio Pinel e os promotores Renato Luiz
Moreira e Rogério Alves convidaram gestores escolares e dirigentes de órgãos
públicos e ainda garantiram a distribuição de cerca de 16 mil convites para
pais, alunos e professores nas 31 escolas, que somam mais de 22 mil alunos.
Um raio-x semelhante das escolas municipais na região foi feito numa audiência realizada em maio. Houve queixas sobre insegurança, equipamentos deteriorados e falta de transporte dos alunos. A audiência será no CIEP 321 Dr. Ulisses Guimarães (R. da Reverência, 375, Curicica).
Um raio-x semelhante das escolas municipais na região foi feito numa audiência realizada em maio. Houve queixas sobre insegurança, equipamentos deteriorados e falta de transporte dos alunos. A audiência será no CIEP 321 Dr. Ulisses Guimarães (R. da Reverência, 375, Curicica).
Desta vez, as inscrições são feitas pelo e-mail mpeduc.audienciapublica@mprj.mp.br,
que também ficará disponível para comentários de quem não puder ir.
►PETROBRAS SAIRÁ DO PRÉ SAL?
A participação da Petrobras na exploração do pré-sal será
discutida em sessão temática no Plenário do Senado nesta terça-feira (30). A
discussão se dará a partir do Projeto de Lei do senador José Serra (PSDB-SP),
que libera (não proíbe, como afirmam os adversários da proposta) a estatal da
função de operadora única do pré-sal e a desobriga da participação mínima de 30%
dos blocos licitados. O Senado aprovou na semana passada um pedido de urgência
para a tramitação da matéria.
O assunto é polêmico e divide os senadores. Os defensores
da proposta acreditam que estão aliviando a Petrobras ao retirar a obrigação de
participar com 30%, uma vez que a empresa não teria recursos em caixa. A medida
também ajudaria, avaliam, a acelerar a exploração do pré-sal, pois não seria
preciso aguardar os investimentos da estatal. Já os críticos do projeto
argumentam que a proposta é desnecessária e enfraquece a empresa.
Para debater a questão, foram convidados o ex-presidente da
Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, o presidente do Instituto
Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, Jorge Marques de Toledo Camargo,
o secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério
de Minas e Energia, Marco Antônio Martins Almeida, e o diretor do Centro
Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires.
Também estarão presentes o professor da Universidade de São
Paulo (USP), Ildo Luís Sauer, o diretor executivo da Associação Brasileira da
Indústria de Máquinas e Equipamentos, Alberto Machado; o gerente geral de
E&P- Pré-sal da Petrobras, Daniel Cleverson Pedroso, e o consultor
legislativo da Câmara dos Deputados Paulo César Ribeiro Lima.
► FRAUDES NAS LICITAÇÕES ELETRÔNICAS
A Comissão de Finanças e Tributação aprovou na quarta-feira
(24) projeto do deputado Geraldo Resende (PMDB-MS) que proíbe o uso de “robôs”
nos pregões eletrônicos promovidos pelo governo federal para a compra de
produtos e serviços. Os infratores poderão ser impedidos de fazer contratos com
a administração pública por dois anos e estarão sujeitos à pena de detenção de
seis meses a dois anos e multa.
Os robôs foram muito utilizados nas últimas eleições, para
inflar as campanhas que não sensibilizavam o eleitorado, ou difundir ataques a
adversários do patrocinador do robô.
O relator, deputado Alfredo Kaefer (PSDB-PR), defendeu a aprovação do substitutivo da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática que determina pena de detenção, prevista na Lei de Licitações, que se aplica a quem impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato de procedimento licitatório.
Segundo o parlamentar, a matéria não possui implicação em aumento de despesa ou diminuição de receita pública, não cabendo pronunciamento quanto aos aspectos financeiros e orçamentários do projeto.
Quanto ao mérito da proposta, Kaefer defendeu que a utilização dos robôs estabelece condições injustas de competição. “Os fornecedores do Poder Público que não estivessem dispostos a recorrer a estes artifícios dificilmente poderiam sair vitoriosos em uma licitação”, afirma o deputado.
Os “robôs eletrônicos” são programas de computador usados para fazer lances automáticos nos pregões eletrônicos. As propostas são feitas de forma constante, em fração de segundos, logo após um competidor dar um lance. Desse modo, o fornecedor que usa o robô consegue manter-se sempre com o menor preço e, portanto, à frente dos outros competidores.
O projeto ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de ir ao Plenário. (Com a Agência Câmara de Notícias)
O relator, deputado Alfredo Kaefer (PSDB-PR), defendeu a aprovação do substitutivo da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática que determina pena de detenção, prevista na Lei de Licitações, que se aplica a quem impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato de procedimento licitatório.
Segundo o parlamentar, a matéria não possui implicação em aumento de despesa ou diminuição de receita pública, não cabendo pronunciamento quanto aos aspectos financeiros e orçamentários do projeto.
Quanto ao mérito da proposta, Kaefer defendeu que a utilização dos robôs estabelece condições injustas de competição. “Os fornecedores do Poder Público que não estivessem dispostos a recorrer a estes artifícios dificilmente poderiam sair vitoriosos em uma licitação”, afirma o deputado.
Os “robôs eletrônicos” são programas de computador usados para fazer lances automáticos nos pregões eletrônicos. As propostas são feitas de forma constante, em fração de segundos, logo após um competidor dar um lance. Desse modo, o fornecedor que usa o robô consegue manter-se sempre com o menor preço e, portanto, à frente dos outros competidores.
O projeto ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de ir ao Plenário. (Com a Agência Câmara de Notícias)
►SENADOR DO PDT CONTESTA JANENE
O senador
Cristovam Buarque (PDT-DF, ex Reitor da Universidade de Brasília,) rebateu as
críticas que o ministro da Educação, Renato Janine, fez ao projeto de lei de
sua autoria que autoriza o governo a federalizar colégios estaduais e
municipais. A proposta foi aprovada na Comissão de Educação, Cultura e Esportes
(CE) na terça-feira (23) e, se não houver recurso para votação no Plenário, irá
diretamente para a Câmara dos Deputados.
Janine
fez ressalvas ao projeto na quarta-feira (24), após uma reunião com o presidente
do Senado, Renan Calheiros. Como argumento contrário à federalização, o
ministro disse, por exemplo, que a educação é competência comum da União, dos
estados e dos municípios.
Cristovam
rebateu:
—
Continua assim, mas a União terá responsabilidade pela carreira dos
professores, pela qualidade das escolas. Não terão essa responsabilidade os
municípios e os estados, mas a União. Os estados continuarão participando na
definição das especificidades do currículo e de outras atividades.
De acordo
com Cristovam, a federalização vai levar um longo tempo para chegar a todo o
país.
— A
proposta que elaborei e que foi aprovada permite que em dois anos haja uma
revolução educacional em uma cidade, em duas, em três, em cinco ou em dez
cidades, mas não em todas as 5.564. Para isso chegar a todas as cidades, vamos
precisar de 20 anos. O projeto de lei fala em 3 milhões de crianças novas por
ano sob o patrocínio da União. Ele fala também que não podemos aplicar
automaticamente esse padrão das escolas federais, que são as melhores do
Brasil, e estou totalmente de acordo.
Para o
ministro da Educação, também seria um erro centralizar toda a educação pública
em Brasília. Cristovam argumentou:
—
Centralizar a gestão é um erro. Por isso, o projeto permite e defende a
descentralização, escola por escola, como já é hoje nas universidades, nas
escolas técnicas, nas escolas militares. Ou seja, será mais descentralizada do
que é hoje, quando o chefe é o prefeito. Aí o chefe vai ser a comunidade de
cada escola.
O senador
fez questão de dizer que, apesar das divergências, tem “o maior respeito” pelo
titular do Ministério da Educação. (Com Agência Senado)
►IRMÃO DE PALOCCI NA LAVA JATO
Em
depoimentos pela delação premiada na Lava Jato, o ex-presidente da construtora
Camargo Corrêa Dalton Avancini revelou detalhes sobre uma reunião em que se
discutiu o pagamento de propina ao PMDB no empreendimento da usina Angra 3. O
contrato estava estimado em R$ 18 bilhões.
Adhemar Palocci |
Segundo
ele, o encontro teria acontecido em agosto de 2014, na sede de outra construtora,
a UTC, com a presença do presidente global da Andrade Gutierrez Energia, Flavio
Barra, e o Diretor Superintendente na Odebrecht Infraestrutura, Fábio Gandolfo,
além de outras empreiteiras.
Avancini
também apontou o diretor de Planejamento e Engenharia da Eletronorte e irmão do
ex-ministro Antônio Palocci, Adhemar Palocci, como um dos envolvidos no esquema
na estatal.
“Paloccinho
teria algum envolvimento com o recebimento das propinas”, diz trecho da
delação.
►POSTE
DE DILMA TEM NOME E SOBRENOME
A
abertura de investigação autorizada pelo STJ em torno do governador de Minas
Gerais, o ex-Ministro do Desenvolvimento Econômico Fernando Pimentel, acabou
por revelar o nome do candidato que Dilma iria recomentar para a sua sucessão,
na eventualidade de Lula não poder disputar o cargo. Esse mesmo, o governador
Fernando Pimentel.
A
revelação foi feita nesse sábado pelo colunista Claudio Humberto, segundo o
qual a Operação Acrônimo, da Polícia Federal, que investigava Benedito
Rodrigues Neto, o Bené, empresário em Brasília, agora se concentra no
governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel. Considerado um dos políticos
mais promissores do PT, Pimentel era a “arma secreta” de Dilma para a eleição
presidencial de 2018. Só a eventual candidatura de Lula a demoveria da intenção
de apoiá-lo em sua sucessão.
Dilma
é amiga de Fernando Pimentel há muitos anos, desde quando, muito jovens em
Minas, foram presos e condenados pela ditadura.
A
presidente acompanha, desolada, o desenvolvimento da Operação Acrônimo. Ela não
interfere, mas se mantém solidária ao velho amigo.
Pimentel
surpreendeu os políticos e enfrentou o PT, aliando-se a Aécio Neves (PSDB) para
eleger Marcio Lacerda (PSB) prefeito de BH.
A
jornalista Carolina Oliveira, primeira-dama de Minas, criou o site
comunicadoimprensa.com.br para
responder acusações da “Acrônimo
►O FIM DOS LIXÕES EM CAXIAS
O Ministério Público Estadual em Duque de Caxias
recebeu nesta quarta-feira (24), representantes da Prefeitura e das empresas
que tiveram os caminhões apreendidos no dia 17, para a assinatura do Termo de
Ajustamento de Conduta (TAC), com o objetivo de reverter o valor da multa de R$
30 mil em ações de limpeza e revitalização do bairro Jardim Gramacho. O
secretário de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento, Luiz Renato Vergara;
e o Procurador Geral do município, André Marques, participaram da reunião com o
advogado de sete das 12 empresas e o dono de um dos caminhões, mediada pelo
promotor José Marinho.
“A assinatura desse TAC é muito importante para a Prefeitura
e, principalmente, para o morador de Jardim Gramacho. Primeiro, porque tem um
sentido pedagógico, mostrando às pessoas que é preciso ter respeito com a
população do bairro. Tem também um valor moralizador com a execução da lei e
fiscalização ostensiva para garantir que o problema não volte a ocorrer. E, por
último, é o resgate da dignidade da região, onde pretendemos construir um
bairro modelo”, destacou Luiz Renato.
No TAC ficou definido que as empresas Limpa Rio
(Transporte Mark Dill); Novo Mineirão; Plano B Empreendimento, Entulho e
Serviços; Eletro Ferragens Conde de Bonfim; Baratão Entulho; Real Entulho; e
Wellington de Lima prestarão serviços de limpeza avaliados em R$ 20 mil sob a
orientação da secretaria municipal de Meio Ambiente, Agricultura e
Abastecimento em um prazo de 120 dias, com a liberação imediata dos veículos.
Com o manifesto contendo apenas um erro material, o
dono da empresa Jopami Entulho, Luiz Loureiro de Lima, garantiu que vai
consertar o documento e se prontificou a ajudar nos serviços de limpeza organizado
pela prefeitura para o cumprimento do TAC, mesmo já tendo sido absolvido da
pena.
“Estou há um ano e meio nesse ramo e tenho buscado
estar sempre na lei. Nesse caso foi uma orientação errada que me passaram, mas
vou providenciar para que tudo seja consertado. Quero, inclusive, poder ajudar
no que for possível para revitalização de Jardim Gramacho. Minha empresa é
sediada no bairro e jamais faria o descarte em lugar não autorizado”, explicou
o empresário.
O único veículo que ainda não tem uma situação
definida é o do criador de porcos, Luciano Romualdo da Silva. Segundo a
secretaria municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento, a criação
desses animais em área urbana é proibida e o caso será encaminhado à vigilância
sanitária para realização de uma fiscalização.
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