segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

FEUDUC CONVIDA O GOVERNO PARA
DISCUTIR O PATRIMÔNIO HISTÓRICO 
No momento em que uma extensa área da Vila Meriti, o primeiro loteamento que deu origem ao município de Duque de Caxias, com mais de 100 árvores, algumas centenárias, está ameaçado pela especulação imobiliária, a FEUDUC – Fundação Universitária de Duque de Caxias – oferece as suas instalações para abrigar eventos e encontros que possam solidificar as ações do Conselho Municipal de Cultura, que acaba de ser renova em sua composição.
No expediente assinado pelo professor Antônio Augusto Braz, um dos líderes do movimento que impediu a alienação, por meia dúzia de patacas, do valioso acervo da instituição, a instituição, que criou a primeira Faculdade de História a dedicar espaço e tempo não só para ensinar aos futuros professores a História da Baixada Fluminense, mas também a pesquisar cada cantinho do terreno onde pisam, como ocorreu na descoberta de um sambaqui (lugar sagrados dos índios) ao lado das suas instalações, no antigo Núcleo Colonial de S. Bento.
Já é extensa a lista de bens que deveriam integrar o patrimônio artístico e cultural de Duque de Caxias, como a casa na Av. Governador Leonel Brizola (foto ao lado) , onde foi instalada a Prefeitura e o Fórum no dia 31 de dezembro de 1943, data de emancipação da até então Vila Meriti do município mão de Nova Iguaçu. Num feriadão de Finados, a faustosa casa, residência do líder político e empresário Tupinambá de Castro, que entre outras atividades, construiu uma fábrica de macarrão onde, por décadas, funcionou a prefeitura, na Praça Roberto Silveira, e transformou uma antiga fazenda no hoje próspero distrito de Campos Elíseos. O imóvel foi vendido na surdina depois que o hotel de alta rotatividade, em que fora transformado o antigo casarão nas últimas décadas, serviu de palco para o assassinato de ima menina de apenas 8 anos pela ex amante do seu pai. 
No quarteirão ao lado, existia a “Fortaleza”, residência do deputado Tenório Cavalcante, que o ex prefeito Zito prometera, em 2009, transformar em Museu da Política da Baixada, mas está desfigurado por conta de obras de adaptação com fins comerciais. 
Na mesma lista podemos incluir a antiga Matriz de Santo Antônio, na rua José de Alvarenga, vendia pela Diocese para tentar salvar da falência o Colégio São Francisco de Assim, que ocupara o antigo templo depois da inauguração da nova matriz e atual catedral, na av. Governador Leonel Brizola,  e os galpões da antiga Fábrica de Tecidos no Corte Oito demolida para a construção de um centro comercial gospel, ligado a uma das muitas igrejas neopentecostal, projeto abandonado depois que a Receita Federal cobrou da Prefeitura o projeto de demolição, pois a fábrica fora penhorada por conta da disputa entre a empresa dona da extinta fábrica e a Previdência Social.
E dizer que tanto a prefeitura, quanto o Estado dispõem de Secretarias especificamente para cuidar da Cultura, mas que acabam servindo de moeda de troca de nossos governantes em busca de apoios políticos em futuras eleições. 

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