FEUDUC CONVIDA O GOVERNO PARA
DISCUTIR O PATRIMÔNIO HISTÓRICO
No momento em que uma extensa área da Vila Meriti, o primeiro loteamento
que deu origem ao município de Duque de Caxias, com mais de 100 árvores,
algumas centenárias, está ameaçado pela especulação imobiliária, a FEUDUC –
Fundação Universitária de Duque de Caxias – oferece as suas instalações para
abrigar eventos e encontros que possam solidificar as ações do Conselho
Municipal de Cultura, que acaba de ser renova em sua composição.
No expediente assinado pelo professor Antônio Augusto Braz, um dos líderes
do movimento que impediu a alienação, por meia dúzia de patacas, do valioso
acervo da instituição, a instituição, que criou a primeira Faculdade de
História a dedicar espaço e tempo não só para ensinar aos futuros professores a
História da Baixada Fluminense, mas também a pesquisar cada cantinho do terreno
onde pisam, como ocorreu na descoberta de um sambaqui (lugar sagrados dos
índios) ao lado das suas instalações, no antigo Núcleo Colonial de S. Bento.
Já é extensa a lista de bens que deveriam integrar o patrimônio
artístico e cultural de Duque de Caxias, como a casa na Av. Governador Leonel
Brizola (foto ao lado) , onde foi instalada a Prefeitura e o Fórum no dia 31 de dezembro de
1943, data de emancipação da até então Vila Meriti do município mão de Nova
Iguaçu. Num feriadão de Finados, a faustosa casa, residência do líder político
e empresário Tupinambá de Castro, que entre outras atividades, construiu uma
fábrica de macarrão onde, por décadas, funcionou a prefeitura, na Praça Roberto
Silveira, e transformou uma antiga fazenda no hoje próspero distrito de Campos
Elíseos. O imóvel foi vendido na surdina depois que o hotel de alta
rotatividade, em que fora transformado o antigo casarão nas últimas décadas,
serviu de palco para o assassinato de ima menina de apenas 8 anos pela ex
amante do seu pai.
No quarteirão ao lado, existia a “Fortaleza”, residência do deputado
Tenório Cavalcante, que o ex prefeito Zito prometera, em 2009, transformar em
Museu da Política da Baixada, mas está desfigurado por conta de obras de
adaptação com fins comerciais.
Na mesma lista podemos incluir a antiga Matriz
de Santo Antônio, na rua José de Alvarenga, vendia pela Diocese para tentar
salvar da falência o Colégio São Francisco de Assim, que ocupara o antigo
templo depois da inauguração da nova matriz e atual catedral, na av. Governador
Leonel Brizola, e os galpões da antiga
Fábrica de Tecidos no Corte Oito demolida para a construção de um centro comercial
gospel, ligado a uma das muitas igrejas neopentecostal, projeto abandonado
depois que a Receita Federal cobrou da Prefeitura o projeto de demolição, pois
a fábrica fora penhorada por conta da disputa entre a empresa dona da extinta
fábrica e a Previdência Social.
E dizer que tanto a prefeitura, quanto o Estado dispõem de Secretarias
especificamente para cuidar da Cultura, mas que acabam servindo de moeda de
troca de nossos governantes em busca de apoios políticos em futuras eleições.
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