DESEMPREGADOS DO GRUPO GALILEU
NÃO CONSEGUEM RECEBEM O FGTS
Além de toda a dor de cabeça causada aos alunos pela má gestão da Universidade Gama Filho (UGF) e
do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade), descredenciadas pelo
Ministério da Educação (MEC), o grupo Galileu, que recebeu R$ 100 milhões dos
fundos de pensão Postalis e Petros, ainda deixaram na rua da amargura
desempregados os cerca de 1.700 profissionais nas duas instituições, que não podem
receber o auxílio desemprego, muito menos levantar o Fundo de Garantia, porque
suas demissões foram verbais, sem a devida anotação em suas Carteiras de
Trabalho, para serem homologadas pela Justiça do Trabalho
A situação dos desempregados da Galileu foi discutida nesta quarta-feira
(21) pela Comissão do Trabalho, Legislação Social e Seguridade Social da
Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), que levará o caso ao Tribunal Regional
do Trabalho (TRT).
“Estamos acompanhando cada passo dessa situação a fim de garantir os
direitos trabalhistas”, disse o presidente do colegiado, deputado Paulo Ramos
(PDT), que fará nova audiência sobre o tema com o tribunal.
Enquanto os professores e demais ex empregados das duas universidades
passam pro privações absurdas, o Governo ainda não decidiu como os Fundos de
Pensão dos empregados a Petrobrás e dos Correios vão receber de volta os R$ 100
milhões emprestados ao Grupo Galileo, através da compra de debêntures
conversíveis em ações, em que as garantias eram as futuras mensalidades dos
cerca de 5.000 alunos de Medicina da Gama Filho. Com as duas Universidades
foram transferidas para outras instituições de ensino, não há uma fonte segura
para cobertura dos valores sacados nas contas dos fundos Petros e Postalis,
administrados por gestores indicados pelo próprio Governo.
Durante o encontro, o presidente do Sindicato dos Professores do
Município do Rio e Região (SinproRio), Wanderley Quêdo, explicou que o edital
do Ministério da Educação (MEC) que escolheu as instituições que receberiam os
alunos da Gama Filho e UniverCidade não previu o aproveitamento total dos
profissionais. “O MEC só garante, pelo edital, a contratação de 250
profissionais pelas instituições que constituem o consórcio. O restante ficaria
sem perspectiva, ou seja, mais de mil profissionais que estão passando por muitas
dificuldades”, contou Quêdo, que disse que a intervenção do TRT é fundamental
para o cumprimento dos direitos trabalhistas. As instituições escolhidas pelo
MEC para abrigar alunos e parte dos profissionais foram a Universidade Estácio
de Sá (Unesa) e a Universidade Veiga de Almeida (UVA).
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