INQUÉRITO SOBRE
DESVIOS NA
ABREU E LIMA JÁ ESTÁ
NO STF
O juiz Sergio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal em
Curitiba, determinou hoje (19) que a investigação sobre os supostos desvios de
recursos públicos na construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, seja
encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF). No processo, o ex-diretor da
Petrobras Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef e outros acusados são
investigados por lavagem de dinheiro. Segundo o Ministério Público, a obra foi
orçada em R$ 2,5 bilhões e alcançou gastos de R$ 20 bilhões.
A decisão de Moro foi tomada seguindo despacho do
ministro Teori Zavascki, que determinou a suspensão de oito ações penais
oriundas das investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Segundo o
ministro, a íntegra dos processos da Operação da Lava Jato deve ser encaminhada
ao Supremo para que a Corte decida sobre o desmembramento dos processos.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), os
desvios na construção da refinaria ocorreram por meio de contratos
superfaturados feitos com empresas que prestaram serviços à Petrobras entre
2009 e 2014. Segundo o MP, a obra foi orçada em R$ 2,5 bilhões, mas custou até
agora mais de R$ 20 bilhões. De acordo com a investigação, os desvios tiveram a
participação de Paulo Roberto Costa, então diretor de Abastecimento, e de
Youssef, dono de empresas de fachada, segundo o órgão.
Na defesa prévia apresentada à Justiça, os advogados do
ex-diretor informaram que os pagamentos recebidos das empresas do doleiro,
identificados como repasses ou comissões, foram decorrentes de serviços de
consultoria prestados. No entanto, de acordo com o juiz, a Polícia Federal e o
Ministério Público não encontraram provas de que os serviços foram prestados.
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