TERMINAL MULTIMODAL
DO
RIO SERÁ EM QUEIMADOS
O governo do estado do Rio de Janeiro decidiu retomar o
uso de ferrovias para o transporte de cargas. Nesta quarta-feira (30) foi
anunciado o início da construção do primeiro terminal multimodal ferroviário
do estado. A opção é uma alternativa para desafogar o tráfego nas principais
rodovias e interligar indústrias aos portos fluminenses.
A um custo de R$ 240 milhões, o terminal multimodal será
implantado no município de Queimados, na Baixada Fluminense, com
capacidade para transportar 2 milhões de toneladas de produtos de alto valor
agregado, como petroquímicos, têxteis e automobilísticos.
De acordo com a subsecretária da Secretaria de
Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio, Dulce Ângela Arouca, Queimados foi
escolhido pela proximidade estratégica com o Arco Metropolitano - via
expressa prevista para ser inaugurada antes da Copa do Mundo – que integrará os
municípios metropolitanos, sem a necessidade de os veículos precisarem cruzar
as cidades. Dessa forma, será possível integrar os municípios de Itaboraí, sede
do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj) com o porto instalado
em Itaguaí.
“Retomar a ferrovia é bastante importante, porque estamos
falando do transporte de carga de alto valor agregado, estamos falando de
riqueza e de empregos”, declarou Dulce. Segundo ela, toda a malha
ferroviária já está pronta e será apenas reativada para o uso em grande escala.
O terminal multimodal ferroviário terá impacto
também sobre os municípios de Nova Iguaçu e Japeri, que junto com Queimados têm
um dos menores Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Rio. Nessas cidades
está prevista a contratação de 1,3 mil profissionais.
Operado pela empresa Muito Logística Multimodal, o
terminal está previsto para funcionar em 2015, com capacidade de carregar cerca
de 120 mil contêineres e reduzir o fluxo nas estradas em cerca de 100 mil
caminhões. Na mesma época está prevista a entrada em funcionamento do terminal
interligado em Mogi das Cruzes, em São Paulo, integrando a malha ferroviária do
Sudeste. (ABr)
►CONTA-PETRÓLEO TEM
DÉFICIT DE US$ 6 BI
A conta-petróleo, que mostra as exportações e importações
de petróleo e derivados, está deficitária em US$ 6 bilhões no primeiro
quadrimestre deste ano. Apesar do saldo negativo, o desempenho é melhor que o
registrado no mesmo período de 2013, quando havia déficit de US$ 8,5 bilhões.
Houve melhora nas exportações da commodity,
que cresceram 9,1% de janeiro a abril ante o mesmo período do ano passado. A
maior parte do crescimento concentrou-se em abril, com alta de 27% nas vendas
externas na comparação com igual mês de 2013. Sem o petróleo, a balança
comercial, negativa em US$ 5,56 bilhões no ano, estaria positiva em US$ 493
milhões.
No ano passado, o petróleo foi responsável por vários
resultados negativos na balança comercial. A parada para manutenção de
plataformas brasileiras e o aumento da demanda interna por combustíveis
contribuíram para queda nas vendas e alta nas importações brasileiras. No
início de 2013, a balança também sofreu o impacto de importações tardiamente
registradas do produto, em função de uma mudança nas regras da Receita Federal.
Para 2014, o governo anunciou normalização da situação, o que ainda não ocorreu
completamente. O secretário de Comércio Exterior do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Daniel Godinho, disse na
sexta-feira (2), ao comentar os resultados da balança comercial em abril, que a
situação atual da conta-petróleo está de acordo com as expectativas do governo.
“É coerente com o que nós vínhamos anunciando”, disse. (ABr)
►ONS
SUGERE CORTE NA OFERTA DE ENERGIA
Diante
da falta de chuva e da queda dos níveis dos reservatórios da hidroelétricas,
que fornecem 65% da energia elétrica consumida no país, técnicos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) têm defendido um corte
imediato de 3 mil a 4 mil megawatts (MW) médios no abastecimento de energia do país. O montante
equivale a cerca de 4% a 6% da carga diária de eletricidade do sistema interligado nacional.
Para
o ONS, que já levou
recomendação nesse sentido à presidente
Dilma Rousseff, isso seria capaz de elevar em oito a dez pontos
percentuais o nível dos reservatórios ao término do período seco (fim de
novembro).
O
problema, mais uma vez, depende da difícil escolha da presidente: na redução
voluntaria do consumo por parte da indústrias, haveria queda de produção, com
impacto nos custos e até no nível de emprego. No segundo casso, será que a
candidata Dilma Rousseff aconselharia a presidente Dilma Rousseff a racionar o
consumo de energia na hora da nova das nove ou do futebol, exatamente na Copa
do Mundo?
►MANTIDA A REDUÇÃO
DA VAZÃO EM REPRESAS
A Agência Nacional de Águas (ANA) prorrogou até 31 de
julho a redução da água que é liberada pelos reservatórios de Sobradinho e
Xingó, no Rio São Francisco. Com isso, ambos continuam autorizados a liberar a
partir de 1.100 metros cúbicos por segundo em vez do patamar mínimo de 1.300
metros cúbicos por segundo.
Segundo a agência, a medida visa a garantir a produção de
energia do Sistema Nordeste e atender ao uso múltiplo dos recursos hídricos por
causa do menor volume de chuvas na bacia do São Francisco nos últimos anos.
Desde a Resolução nº 442, de 8 de abril de 2013, está em vigor o patamar de
1.100 metros cúbicos por segundo.
De acordo com a resolução, a Companhia Hidroelétrica do
São Francisco, responsável por aplicar a redução temporária, está sujeita à
fiscalização da agência e deve dar publicidade de informações técnicas da
operação aos usuários da bacia e ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São
Francisco.
Audiência pública promovida pela Comissão de
Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado, no dia 2 de abril, debateu a
redução da vazão do Rio São Francisco que tem afetado a atividade econômica e a
população no Nordeste. Setores como a agricultura, prejudicada pela menor
disponibilidade de água para irrigação, a navegação e a pesca têm sofrido
prejuízos devido à queda do nível do São Francisco. (ABr)
►EX-DIRETOR DA PETROBRAS DE VOLTA À PF
O juiz
Sergio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, determinou o retorno do
ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa para a carceragem da Polícia
Federal (PF) em Curitiba. A medida foi tomada para garantir a integridade
física de Costa, investigado na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
Após
ser preso, o ex-diretor permaneceu na carceragem da PF até decisão do juiz, que
prorrogou a prisão dele, após receber denúncia por suspeitas de fraudes em
contratos da Petrobras. Depois da decisão, Paulo Roberto Costa foi transferido
para o Presídio de Piraquara, em Curitiba. O magistrado ainda vai julgar um
pedido para transferi-lo para o Presídio Federal de Catanduvas.
Deflagrada
no dia 17 de março, a Operação Lava Jato desarticulou uma organização que tinha
como objetivo a lavagem de dinheiro em seis estados e no Distrito Federal. De
acordo com as informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras
(Coaf), os acusados movimentaram mais de R$ 10 bilhões.
Segundo
a polícia, o grupo investigado, “além de envolver alguns dos principais
personagens do mercado clandestino de câmbio no Brasil”, é responsável pela
movimentação financeira e lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e
jurídicas envolvidas em crimes como tráfico internacional de drogas, corrupção
de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração e
contrabando de pedras preciosas, além de desvio de recursos públicos.
A
operação foi intitulada Lava Jato porque o grupo usava uma rede de lavanderias
e postos de combustíveis para movimentar o dinheiro. (ABr)
►VINHO GAÚCHO SOB
SUSPEITA
BEBIDA PERIGOSA |
Treze vinícolas são investigadas pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento por adulterar vinhos com antibióticos no
Rio Grande do Sul. O fungicida natamicina era usado como conservante, o que é
ilegal. Segundo José Fernando Werland, chefe do Serviço de Inspeção de
Alimentos de Origem Vegetal do ministério no estado, a substância é autorizada
para uso em capas de queijos e salames. A adulteração foi detectada por
testes realizados por laboratórios do Ministério da Agricultura em 2013.
De 54 empresas testadas, foram detectadas alterações em
vinhos da Gilioli, Casa Motter, Indústria e Comércio de Bebidas Del Colono, São
Luiz, Vinhos Bampi, VT Vinhos, Cooperativa Vitivinicola, Vinícola Victor
Emanuel, Santini, Capelleti, Adega Silvestri. I.A Sandi e Indústria de Comércio
de Bebidas CMS. No total, existem 680 indústrias de vinho no Rio Grande do Sul.
A presença do antibiótico foi constatada em lotes de
vinhos de mesa suaves. Procurada, a Associação Gaúcha de Vinicultores (Agavi)
informou que condena a ação das empresas. O diretor da entidade, Darci Dani,
disse que é do interesse do setor identificar os envolvidos e as falhas no
processo de produção. (ABr com informações
da TVE-RS)
►GOVERNO INVESTIGA
CASO DA VACA LOUCA EM MT
O Ministério da Agricultura informou na sexta (2) ter
recebido do laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal
(OIE) a confirmação de um caso de encefalopatia espongiforme bovina, conhecida
como doença da vaca louca, registrado num frigorífico do grupo JBS/Friboi, em
Mato Grosso. Ainda falta saber se o caso apresentado é um caso atípico ou um
caso clássico. O laboratório, que funciona na Inglaterra, deve encaminhar o
diagnóstico no final da próxima semana.
Exames realizados no Laboratório Nacional Agropecuário de
Pernambuco concluíram que é um caso atípico, quando a doença surge de forma
esporádica e espontânea e não está relacionada à ingestão de alimentos contaminados.
O caso clássico, o mais perigoso, envolve contaminação por intoxicação
alimentar e, segundo o ministério, não há indícios de que isso tenha ocorrido.
Para confirmar que o caso é atípico, foram identificados
49 animais nascidos um ano antes e um ano depois do registro da vaca louca. Mas
as amostras de todos deram negativo para a doença. O resultado faz o ministério
acreditar que a vaca contraiu a doença por velhice e não por intoxicação. (ABr)
►JBS/FRIBOI EXPLICA O
CASO DE VACA LOUCA
O Frigorífico JBS/Friboi deu explicações aos investidores
em ações sobre a suspeita de um caso de encefalopatia espongiforme bovina,
popularmente conhecida como doença da vaca louca, em uma unidade em Mato
Grosso. A empresa enviou comunicado à Comissão de Valores Mobiliários, no qual
diz que é o mesmo caso divulgado pelo Ministério da Agricultura na semana
passada.
Para Miguel Gularte, presidente da JBS Mercosul, o caso
não deve representar impacto nas exportações brasileiras ou no consumo de carne
no mercado interno. De acordo com o Ministério da Agricultura, a suspeita é que
se trate de um caso atípico, quando a doença surge de forma esporádica e
espontânea, e não está relacionada à ingestão de ração contaminada. Segundo ainda
o ministério, o animal sob suspeita, que tinha idade avançada (12 anos), foi
criado no pasto com sal mineral.
A carne não chegou a entrar no mercado de consumo. A nota
da JBS/Friboi afirma que o frigorífico onde foi identificada a suspeita conta
com a presença diária de fiscais agropecuários federais. “A rígida fiscalização
sanitária e a capacidade técnica da equipe impediu o que o produto chegasse ao
consumidor final, garantindo total controle sanitário e ambiental”, diz o
texto.
No ano passado, após a confirmação de um caso de doença
da vaca louca em um animal morto em 2010 em Sertanópolis (PR), vários países
suspenderam a compra da carne brasileira, embora também se tratasse de EEB
atípica. (ABr)
►O PORRE VAI CUSTAR MAIS CARO
Um dia depois de anunciar aumento de tributação sobre as
bebidas frias (cervejas, refrigerantes, isotônicos e refrescos), a Receita
Federal admitiu erro de divulgação nas tabelas e confirmou que o impacto para o
consumidor será maior do que o previsto. Em nota oficial, o órgão informou que
os preços subirão, em média, 2,25% para o consumidor final, e não 1,3% como
divulgado na terça (29).
A tabela com a atualização dos preços de referência,
usados para calcular o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o
PIS/Cofins das bebidas, foi publicada na quarta (30) no Diário Oficial da União com números diferentes dos divulgados aos
jornalistas. Depois de questionamentos ao longo do dia, a Receita esclareceu
que os números que saíram no Diário
Oficial são os corretos.
No comunicado, a Receita admitiu que os números foram
ajustados e que houve erros na divulgação das tabelas. “A Receita Federal
esclarece que foram constatadas inconsistências nas informações divulgadas à
imprensa acerca dos valores de bebidas frias. Após ajustes na planilha
divulgada, o montante de variação dos preços estimados no varejo aos
consumidores poderá ser até 2,25%, em média, e não 1,3%”, esclareceu o texto.
As novas tabelas com os preços das bebidas só entrarão em
vigor em junho. Ao anunciar o reajuste das tabelas, o secretário da Receita
Federal, Carlos Alberto Barreto, informou que o aumento de tributos renderia R$
1,5 bilhão a mais para o governo neste ano. Segundo o órgão, a previsão está
mantida.
Em entrevista coletiva para fazer o balanço da entrega da
declaração do Imposto de Renda, o secretário da Receita havia se recusado a
comentar a diferença entre as tabelas. Ele informou apenas que o órgão emitiria
um posicionamento até o fim da noite.
Desde 2008, as bebidas são tributadas conforme modelo
misto que envolve uma tabela de preços no varejo, de acordo com o volume e o
tipo de embalagem. Sobre os valores é aplicada uma alíquota, que não incide
sobre 100% do preço, mas sobre um redutor, hoje equivalente a 30% do preço, e
esse redutor será reajustado, gradativamente, para 52,5% do preço final até
2015.
No início de abril, o governo havia reajustado o redutor,
o que provocou aumento médio de 0,4% no preço das bebidas e renderá R$ 200
milhões para o governo em 2014. Ontem, o governo elevou os preços de
referência, cuja tabela estava desatualizada desde maio de 2012, com base em
preços de outubro de 2011, elevando a arrecadação em mais R$ 1,5 bilhão.
Ao anunciar o socorro para o setor elétrico, em março, o
governo havia informado que aumentos de impostos seriam usados para cobrir o
aporte de R$ 4 bilhões ao fundo que financia a redução das tarifas do setor
elétrico. No entanto, ontem à noite, Barreto alegou que as tabelas dos preços
das bebidas foram atualizadas segundo critérios técnicos. (ABr)
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