DESEMBARGADOR DEFENDE
MELHOR
RELAÇÃO DA JUSTIÇA COM A
MÍDIA
O desembargador Fernando
Foch, presidente do Fórum Permanente do Direito à Informação e membro da
Comissão Mista de Comunicação Institucional do Tribunal de Justiça do Estado do
Rio (TJRJ), acredita que o estreitamento da relação com a mídia é o melhor
caminho para a população conhecer como funciona o Poder Judiciário fluminense.
O desembargador elogiou a estreia do programa de rádio, considerando uma forma
de aproximar o judiciário ao cidadão. Para o desembargador,
“Quanto mais
transparência tiver o poder, maior será a democracia”.
Para o desembargador, o
Judiciário é a instância, no sentido amplo, a qual recorrem as pessoas em casos
de conflitos, inclusive, conflitos contra o próprio Estado, ou seja, a União, o
estado membro, os municípios, assim por diante.
“Então, é extremamente
importante que a população conheça a estrutura e compreenda como funciona o
Poder Judiciário.
Para Fernando Foch, o principal
obstáculo está no próprio Judiciário, porque os juízes têm uma percepção,
digamos assim, secular, de que magistrado não fala. Ele, de fato, não fala
sobre o processo que está entregue a ele. Mas o magistrado integra a sociedade
e é membro de um dos pilares do Estado, que é o Poder Judiciário.
Para Foch, “esse
recolhimento dos magistrados, de um modo geral, e como consequência, dos
tribunais, é a maior dificuldade. A segunda dificuldade é a incompreensão que a
sociedade tem sobre nossa atuação. Mas a grande causa dessa incompreensão é a
nossa incapacidade de comunicação. É importantíssimo que nós divulguemos o que
fazemos aqui, os nossos serviços, os nossos órgãos, os programas que estão fora
da atividade jurisdicional propriamente dita, como os programas sociais que o
Judiciário desenvolve no Rio de Janeiro.
Para ele, o Judiciário
deve mostrar à mídia como o esse Poder funciona, sendo absolutamente
transparente, acessível, enfim, aberto à mídia. Isso aí, inclusive, corrige
certas distorções dessa apreciação crítica do Poder Judiciário, que decorre da
nossa incapacidade de comunicação.
“Vemos na mídia, muitas
vezes, críticas que são procedentes, que merecem reflexão, ao mesmo tempo em
que vemos outras que são absolutamente infundadas, justamente pela falta da
compreensão sobre o Judiciário. Dessa forma, estando a mídia mais crítica,
tanto melhor será para a sociedade que o Judiciário seja transparente ao
máximo, ou seja, acessível à mídia. Não queremos uma mídia que não seja
crítica, mas uma mídia que conheça o Poder Judiciário. Dessa forma, estará
prestando um serviço público, inclusive ao Poder Judiciário” – conclui o
desembargador Fernando Foch.
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