quarta-feira, 15 de abril de 2015

ESTADOS E MUNICÍPIOS OMITEM
OS GASTOS COM A EDUCAÇÃO 
A pouco mais de 15 dias para o fim do prazo, apenas 963 municípios prestaram contas dos investimentos feitos em educação em 2014, o que equivale a 17,29% do total de cidades do país. Os mais de 80% dos municípios que ainda não prestaram contas têm até o dia 30 de abril para fazê-lo. Caso contrário, terão problemas para receber recursos de convênios ou firmar novas parcerias com o governo federal.
Os dados são do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
A prestação de contas deve ser feita no Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope), disponível no site do FNDE. Até agora, nenhum município de Roraima ou Amapá transmitiu os dados. No Maranhão, apenas dez, o que equivale a 4,6% dos municípios prestaram contas. Na outra ponta, em Sergipe, 36, ou 48% dos municípios do estado transmitiram os dados.
Os estados também devem enviar a prestação de contas. O prazo, no entanto, é maior, até o dia 31 de maio. Até o momento, nenhum estado ou o Distrito Federal prestou contas dos investimentos em educação feitos no ano passado.
Pela Constituição, os entes federativos devem investir no mínimo 25% do que arrecadam em educação. Se o estado ou município não investir esse mínimo em manutenção e desenvolvimento do ensino, o FNDE envia, automaticamente, um comunicado aos tribunais de contas estaduais e ao Ministério Público informando o não cumprimento da norma.
Quem não cumprir o prazo ou não conseguir comprovar o investimento mínimo fica inadimplente no Serviço Auxiliar de Informações para Transferências Voluntárias (Cauc) do governo federal. Com isso, deixa de receber recursos de transferências voluntárias da União e fica impossibilitado de firmar novos convênios com órgãos federais.

►ITAMARATY RECONHECE DÍVIDA COM OEA
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, admitiu hoje (15) que o Brasil está atrasado no pagamento da contribuição obrigatória à Organização dos Estados Americanos (OEA), entidade que reúne as nações do Continente Americano, mas garantiu que o governo vai quitar algumas cotas. “Não é possível pagar integralmente este ano, mas vamos fazer em parcelas. Este ano, particularmente, estamos atravessando [período] de ajuste orçamentário”, ressaltou.
A declaração foi feita durante audiência na Câmara dos Deputados, quando o parlamentar Vanderlei Macris (PSDB-SP) destacou o levantamento publicado pelo jornal Folha de S. Paulo, em janeiro, mostrando que o país só repassou um dólar ao organismo enquanto eram esperados 8,1 milhões de dólares. Em contrapartida, o governo brasileiro repassou R$ 16,24 milhões à União das Nações Latino-Americanas (Unasul) no ano passado – mais que o dobro do valor previsto no Orçamento da União.
Vieira garantiu que as cifras não refletem uma tentativa de enfraquecimento da OEA, em favor da Unasul, por parte do Brasil, e afirmou que não há exclusivismos nas decisões da política externa do país. “Não há discriminação. Vários [países signatários] não pagam. Isso é um problema muito antigo que vem há mais de 50 anos e atravessou todos os governos. São muitos os organismos internacionais, e um país como o Brasil não pode deixar de estar presente em todos. O pagamento é feito dentro das restrições que acontecem”, afirmou ao tentar afastar rumores de calote, citando ainda o apoio brasileiro à candidatura do secretário-geral da OEA, Luiz Almado.
Mesmo garantindo equilíbrio, o ministro destacou a importância da Unasul na solução e prevenção de crises na região, por se fortalecer como esfera de diálogo permanente, e o papel econômico e político do Mercosul. “O comércio entre países que integram o Mercosul cresceu, entre 1991 e o ano passado, mais de 12 vezes. De US$ 4,5 bilhões chegou a US$ 60 bilhões. No mesmo período, o comércio mundial cresceu cinco vezes”, disse.

►SUÍÇA DEVOLVE R$ 60 MILHÕES DE EX JUIZ
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot e o embaixador da Suíça no Brasil, André Regli, assinaram hoje (15) o acordo de repatriação de R$ 60 milhões ao Brasil. O montante é proveniente das contas do ex-juiz federal João Carlos da Rocha Mattos, condenado esta semana a mais de 17 anos de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, e de sua ex-mulher, Norma Regina Emílio Cunha. O dinheiro está bloqueado na Suíça e deverá ser depositado na conta da União nos próximos dias.
Rocha Mattos foi preso em outubro de 2003 na Operação Anaconda, deflagrada pela Polícia Federal, que desarticulou um esquema criminoso de venda de sentenças judiciais.
O embaixador da Suíça explicou que todo o valor bloqueado será devolvido ao Brasil. “Geralmente os valores confiscados são divididos entre a Suíça e o estado estrangeiro interessado, mas no presente caso a Suíça julgou ser apropriado uma restituição integral levando em conta que os fundos eram provenientes essencialmente da corrupção que prejudicou o estado brasileiro.”
“Nos últimos anos a Suíça adaptou sua legislação sobre lavagem de dinheiro para os novos padrões internacionais, demonstrando a firme decisão de combater a utilização abusiva da sua praça financeira para fins criminosos e de restituir os bens de origem criminosa para os seus proprietários”, ressaltou o embaixador suíço.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que, apesar de a repatriação ter sido baseada na condenação de Rocha Mattos na Suíça, este foi o primeiro caso em que ela foi viabilizada pelo trânsito em julgado da condenação no processo penal no Brasil.
“Há outros recursos que estão bloqueados aguardando estas prestações jurisdicionais não só na Suíça mas em outros países”, disse ele, explicando que, incluindo os valores repatriados hoje, o Brasil já trouxe de volta cerca de R$ 500 milhões e mais R$ 2 bilhões estão bloqueados aguardando julgamento no Brasil.

►EX- DELEGADO VAI RELATAR PEC DOS 16 ANOS
O deputado Laerte Bessa (PR-DF) foi escolhido hoje (15) para ser o relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 171/93, que reduz a maioridade penal de 18 anos para 16 anos. Bessa disputou a vaga com oito deputados que se candidataram ao cargo.
Bacharel em Direito, ex-delegado e diretor da Polícia Civil do Distrito Federal, Bessa disse que vai ouvir todos os posicionamentos sobre o assunto, incluindo a opinião de parlamentares e convidados que ainda serão elencados pelo relator.
Bessa destacou que a comissão criada há uma semana pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tem o dever importante de regulamentar uma situação que está sendo exigida pela sociedade brasileira. “Vamos ouvir atentamente todas as posições, declarações, depoimentos dos colegas e de convidados, e vamos decidir no final, com clareza e respeito à Casa, aquilo que nos foi encomendado e passado com grande responsabilidade”, afirmou.
O relator deve apresentar, nos próximos dias, um plano de trabalho que deve incluir, por exemplo, as indicações de autoridades e especialistas que deverão ser ouvidos pela comissão. A partir de agora, começa a contar o prazo de 40 sessões para que a apresentação e votação do relatório sobre a PEC seja concluída e siga para o plenário da Câmara.

►STF NEGA PROGRESSÃO DE PENA NO MENSALÃO
O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou hoje (15) o pedido de três condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão, para cumprir o restante da pena em casa, no regime aberto. A maioria dos ministros entendeu que os ex-deputados Pedro Corrêa e Pedro Henry e o advogado Rogério Tolentino devem pagar a multa estipulada pela condenação para terem direto ao benefício.
Com base no mesmo entendimento, na semana passada o STF também rejeitou progressão de regime do ex-deputado federal Romeu Queiroz. Segundo os ministros, ele precisa pagar multa de cerca de R$ 1,2 milhão.

Além de processo do mensalão, o ex-deputado Pedro Correa (foto) é alvo da Operação Lava Jato. Ele foi preso semana passada. Segundo o juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações, há indícios de que o ex-deputado continuou recebendo propina do esquema de desvios da Petrobras, mesmo durante o julgamento da Ação Penal do mensalão.

►OPERAÇÃO DÁ CHOQUE NA ELETRONORTE
A Polícia Federal prendeu hoje (15), temporariamente, em Brasília, um alto gestor da Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. (Eletronorte) e um parente. Eles são suspeitos de usar uma empresa de fachada para obter vantagens de outras empresas que mantém contratos com a concessionária de serviço público de energia elétrica. Durante a operação Choque foram cumpridos ainda oito mandados de busca e apreensão em Marília (SP), Porto Velho (RO), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e Brasília.
De acordo com as investigações da PF, em parceria com o Ministério Público Federal e a Controladoria-geral da União (CGU), um gestor da Eletronorte enriqueceu ilicitamente usando uma empresa “laranja”, aberta em nome de parentes. Assim, ele recebia pagamento de outras empresas que mantinham contratos com a concessionária.
Os presos foram levados para a Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal e responderão pelos crimes de corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha, fraudes licitatórias, lavagem de dinheiro.
Criada em de 1973, com sede no Distrito Federal, a Eletronorte gera e fornece energia elétrica aos nove estados da Amazônia Legal – Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Por meio do Sistema Interligado Nacional, também fornece energia a compradores das demais regiões do país.

►GRÁFICA COMPLICA A VIDA DE VACCARI
A prisão preventiva do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, na manhã desta quarta-feira (15) foi motivada, de acordo com a Polícia Federal (PF) e com o Ministério Público Federal (MPF), pela existência de “indícios concretos” de reiterada prática criminosa assim como pela "comprovação clara” de crimes como lavagem de dinheiro e fraude contra o sistema financeiro. Vaccari nega as acusações.
O tesoureiro também é suspeito de operar um esquema criminoso que desviava recursos de publicidade de órgãos públicos por meio de gráficas. Segundo as investigações, essas empresas eram forçadas a emitir notas fiscais falsas para dar legalidade a pagamento de altos valores.
“Verificamos o pagamento para uma gráfica com a ausência da prestação de serviço. Isso nós já temos comprovado. São notas bem genéricas, em que constam apenas serviços gráficos”, explicou o procurador Carlos Santos Lima, em entrevista coletiva em Curitiba.
A mulher de Vaccari, Giselda Rose Lima, e a cunhada dele, Marice Correia Lima, também foram alvos da 12ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na manhã de hoje (15). Contra a mulher de Vaccari foi expedido mandado de condução coercitiva. Contudo, ela foi ouvida por agentes da Polícia Federal em casa. Em relação a Marice Correia Lima, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos decorrentes da Lava Jato, expediu mandato de prisão temporária. Ela ainda não foi localizada pela PF.
Para o MPF, Vaccari exercia papel semelhante ao do doleiro Alberto Youssef, como uma espécie de operador do esquema de fraudes em contratos da Petrobras e de empresas de publicidade com órgãos públicos. “A posição de João Vaccari é muito semelhante [à do doleiro Alberto Youssef] no sentido de que ele aparece como operador, representante de um esquema político-partidário dentro da Petrobras”, disse o procurador.
Segundo o delegado da Polícia Federal Igor Romário de Paula, desde 2004, João Vaccari Neto “desafia” as autoridades “reiteradamente”. “Nem uma ação penal da Justiça de São Paulo, em 2010, o intimidou em nada”, frisou o delegado. A prisão de Vaccari, acrescentou Romário de Paula, está embasada também em depoimentos de cinco presos em fases anteriores da Lava Jato e comprovação documental “clara” de práticas ilícitas.
“A prisão não ocorreu baseada apenas nas delações, mas no material fornecido por esses delatores e também em documentos apreendidos na operação. É bem claro o material apreendido contra ele. Já há indícios concretos de crimes”, disse o delegado da PF.
Segundo o procurador Carlos Santos Lima, algumas transações financeiras, como a compra de um apartamento pela filha de Vaccari no valor superior a R$ 1 milhão, e movimentações bancárias superiores a R$ 300 mil nos últimos três anos na conta da mulher do tesoureiro do PT, sem comprovação da origem dos recursos, apontam o crime de lavagem de dinheiro.
Ainda não há previsão sobre a data em que ele prestará depoimento à Justiça.

►PLANALTO AVALIA O RISCO VACCARI
O Palácio do Planalto avalia que foi um erro da direção do PT não convencer o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, a pedir licença do cargo e vai tratar sua prisão como algo dentro da "normalidade" no âmbito de investigações autônomas da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.
Segundo dois assessores presidenciais ouvidos pela Folha, não cabe ao governo se posicionar oficialmente sobre a prisão, porque ele é tesoureiro do PT e não atuou na mesma função nas campanhas da presidente Dilma Rousseff.
Isto não impede, afirmam, que ministros petistas falem do assunto em caráter pessoal e partidário, mas a orientação é evitar trazer para dentro do Palácio do Planalto a repercussão negativa que será gerada pela prisão de Vaccari.
Um assessor disse à Folha que a presidente avaliava que o melhor caminho era o tesoureiro petista ter pedido licença do cargo, mas não fez nenhuma pressão neste sentido por considerar que esta é uma decisão do partido e não podia ser assumida pelo governo.
O ex-presidente Lula também defendia o afastamento de Vaccari do cargo até que as investigações fossem concluídas, mas a cúpula do partido não conseguiu convencer o tesoureiro de adotar este caminho.
Vaccari afirmou na semana passada, em depoimento à CPI da Petrobras, que ainda tinha apoio interno para permanecer no cargo.
Agora, tanto o governo como a direção do PT aguardam a divulgação dos motivos que levaram à prisão de João Vaccari para que possa ser feita uma análise mais profunda sobre o que pode ser gerado pela nova fase da Operação Lava Jato. 

►PETROBRAS VENDE PARTICIPAÇÃO NO PRE SAL
A Petrobras pretende colocar à venda participações em blocos do pré-sal para arrecadar até US$ 14 bilhões entre 2015 e 2016. O processo está sob coordenação do Bank of America e deve se restringir às áreas de concessão e à fatia de 10% em Libra, do regime de partilha. Neste caso, estariam fora da lista áreas de cessão onerosa, como Búzios, e a participação mínima de 30% em Libra, prevista em lei.
De acordo com levantamento do jornal Valor Econõmico, o ativo mais valioso da petroleira no pré-sal é o bloco BM¬S-11, onde estão concentrados os campos de Lula (já em produção), Iracema e Iara. Lula produz cerca de 340 mil barris de óleo por dia.
Outro importante ativo é o bloco BM¬S¬9, que concentra os campos de Lapa e Sapinhoá – este responde por cerca de 20% do total produzido no pré-sal

►TUDO OU NADA EM S. GONÇALO
O vereador gonçalense Ricardo Pericar ((SDD) fez uma proposta ao prefeito Neilton Mulin: o nobre vereador se ofereceu para ocupar o cargo de Diretor do Departamento de Iluminação Pública do município. Se, em 90 dias, ele não conseguir colocar o departamento nos trilhos e tirar S. Gonçalo das trevas, ele não só abandona o cargo, mas também renuncia ao mandato. 
O edil teve a inusitada ideia depois de participar de uma Audiência Pública para discutir os repetidos apagões em S. Gonçalo, área de concessão da italiana Ampla, que é processada pelo Ministério Público Estadual e pelo Procon/RJ justamente pela péssima qualidade dos serviços oferecidos à população de S. Gonçalo, Niterói, Duque de Caxias (parte) e mais de 30 municípios, que antes eram servidos pela Centrais Elétricas Fluminense – a extinta CERJ.
Será que o pastor da Universal e vereador Carlos de Jesus, que hoje ocupa a Secretaria d Esporte e Lazer de Duque de Caxias, aceitaria um desafio semelhante, como, por exemplo, recuperar em 90 dias todas as quadras de esporte de Duque de Caxias, principalmente pelo fato das próximas Olimpíadas serem no Rio de Janeiro? Ele poderia também negociar uma parceria com o Tigres para a  utilização do Centro de Treinamento do Time do bairro Capivari, único clube de futebol profissional da Baixada que disputa o Campeonato de Futebol do Rio de Janeiro na Série A, que já recebeu as partidas contra o Botafogo e o Fluminense?

►TCE FISCALIZA LICITAÇÕES DE ESTACIONAMENTOS
Com queda na receita enquanto cresce a frota de veículos, muitos prefeitos estão decididos a abrir concessão para empresas privadas explorarem os estacionamentos em vias públicas, que são mantidas com o dinheiro dos impostos, o que reduz as despesas de manutenção das áreas de estacionamento das concessionárias.
Com esse foco, o Tribunal de Contas do Estado do Rio vem auditando os editais divulgados pelos municípios, de forma a manter a máxima lisura e transparências nas licitações. Por isso mesmo, o O edital de concorrência para a concessão da exploração do sistema de estacionamento rotativo em Rio Bonito recebeu uma série de determinações do Tribunal de Contas (TCE-RJ), na sessão plenária desta terça-feira (14).
De acordo com o voto do relator, conselheiro José Maurício Nolasco, a Prefeitura de Rio Bonito somente poderá promover na data marcada (13 de maio) a licitação do serviço, que tem prazo de 15 anos e o valor estimado de R$ 15.624.576,00, se tiverem sido cumpridas todas as exigências do TCE-RJ. Uma delas é a justificativa para a fixação da tarifa básica de R$ 2 por hora.
Entre outras explicações, a prefeita de Rio Bonito, Solange Almeida, terá que apresentar ao TCE-RJ elementos técnicos que justifiquem que a tarifa básica fixada em R$ 2 por hora seja necessária para ampliar a rotatividade do sistema, permitindo a sua adequada utilização pelos usuários.
O TCE-RJ também exige informações sobre o estudo econômico e o fluxo de caixa previsto na concessão, de forma a comprovar que o período de 15 anos seja necessário para possibilitar tarifas acessíveis à população e um retorno adequado do capital investido no serviço à empresa vencedora da licitação.
O Tribunal de Contas do Estado do Rio também adiou a licitação da Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (Cptrans) que, por meio de edital, escolherá a empresa que terá direito de explorar e administrar, por dez anos, os estacionamentos rotativos de veículos nas vias públicas da cidade. O valor estimado do contrato está estimado em R$ 94.541.847,92. A decisão dos conselheiros do TCE-RJ seguiu o voto do relator Marco Antonio Barbosa de Alencar.
O presidente da Cptrans, Gilmar Silva de Oliveira, terá que cumprir algumas exigências feitas pelo TCE-RJ para que o edital seja aprovado. Ele terá que informar, por exemplo, qual será o destino dos valores arrecadados através do pagamento de tarifa, quando ocorrer falta do tíquete de estacionamento.

►PAPELARIA FORNECIA MERENDA ESCOLAR
O Tribunal de Contas do Estado do Rio condenou o ex-prefeito de Seropédica, Darci dos Anjos Lopes, a ressarcir o município em R$ 131.272,72, o equivalente a 48.406,18 Ufir-RJ, pela prática de sobrepreço na compra de merenda escolar. O ex-prefeito também foi multado em R$ 8.135,70 por não ter respondido aos questionamentos feitos pelo TCE-RJ no processo relatado pelo conselheiro Marco Antonio Barbosa de Alencar. O fornecimento da merenda escolar foi contratado com empresa especializada na venda de material para escritóro..
O valor a ser devolvido pelo ex-prefeito, no total de R$ 131.272,72, é referente ao preço pago a mais pela aquisição de 54 toneladas de carne bovina (patinho) e 89 toneladas de frango (coxa e sobrecoxa) junto à empresa Luluquinha Papelaria, Processamento de Dados, Material de Limpeza e Bazar Ltda, contratada pela Prefeitura de Seropédica, em 2008, para fornecer alimentos para os alunos da rede pública municipal, ao custo de R$ 1.470.770,00.
De acordo com a tabela de preços de mercado da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em fevereiro de 2008, o quilo do patinho valia R$ 8,71, mas saiu a R$ 9,16 para a população de Seropédica. Já o quilo de frango (coxa e sobrecoxa), que valia R$ 4,69, segundo a FGV, foi adquirido a R$ 5,41 pelo ex-prefeito Darci dos Anjos Lopes.

►PREGÃO ADIADO NA SECRETARIA DE SAÚDE
O Tribunal de Contas do Estado do Rio adiou  o pregão eletrônico da Secretaria de Estado de Saúde para contratação de empresa especializada na gestão de estoque e infraestrutura da Coordenação de Armazenagem (CAR), pelo valor estimado de R$ 75.954.295,68. O serviço incluirá controle logístico via internet, digitalização de todo o fluxo documental, com abastecimento aos municípios, às unidades hospitalares e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
O voto do conselheiro Marco Antonio Alencar traz uma série de determinações a serem cumpridas pelo secretário estadual de saúde, Felipe dos Santos Peixoto, para a realização do edital. Caso o pregão seja realizado antes do cumprimento das exigências do TCE-RJ, a iniciativa poderá ser considerada ato ilegal e antieconômico.
Entre as determinações do Tribunal de Contas está o encaminhamento de cópia da publicação do aviso de licitação em jornal de grande circulação, dando publicidade ao ato.
O TCE-RJ também exigiu a definição de um prazo no edital, para que a empresa vencedora da licitação providencie as instalações de armazenagem dos materiais hospitalares, conforme determina o projeto básico.

►IGP-10 TEM ALTA DE 1,27% EM ABRIL
A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) ficou em 1,27% em abril deste ano, taxa superior às observadas em março (0,83%) e em abril do ano passado (1,19%). Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), em 12 meses, o IGP-10 acumula alta de preços de 3,46%.
O IGP-10 é uma das versões do Índice Geral de Preços (IGP): registra a inflação de preços desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais e é utilizado como indexador de contratos, como o de locação, isto é, afeta diretamente o valor do aluguel a cada 12 meses.
O avanço da inflação de março para abril foi influenciado pelos preços no atacado e pelo custo da construção. A taxa do subíndice de Preços ao Produtor Amplo, que analisa o atacado, quase dobrou, ao passar de 0,75% em março para 1,45% em abril. O subíndice de Custo da Construção subiu de 0,24% para 0,69% no período.
O subíndice de Preços ao Consumidor, que analisa o comportamento dos produtos e serviços no varejo, teve queda, ao passar de 1,29% em março para 1,01% em abril. O IGP-10 é calculado com base em preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês atual.

►CRISE DERRUBA TELEJORNAL DO SBT
Independe dos estragos da Operação Lava Jato, a queda no consumo, a alta dos juros e da inflação, continua tendo repercussão nos mais diversos setores do empresariado brasileiro, até no mercado da Mídia, inclusive emissoras de rádio e TV. Esta semana, o apresentador Silvio Santos decidiu acabar com telejornal Notícias da Manhã, gerando a demissão de 40 funcionários vinculados à apresentação do noticioso.
Os apresentadores Neila Medeiros, Bruno Vicari, Patrícia Rocha e Carolina Aguaidas continuam no SBT, mas a emissora confirma que não conseguiu reaproveitar todos os empregados.
Desde a véspera do Carnaval, o SBT aplicou cortes no uso de helicópteros e em viagens. A emissora segue a tendência de concorrentes como a Band, que planeja enxugar de 5% a 6% dos custos, cancelando programas como Agora É Tarde, além de demissões no Rio de Janeiro e outros Estados. A rede de TV da família Saad também estuda eliminar 200 empregos.

►CALOTE SOBE 15,8% NO 1º TRIMESTRE
O número de pessoas que não conseguem honrar os compromissos financeiros aumentou 15,8% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. Na passagem de fevereiro para março, houve alta de 0,2%. Na comparação de março deste ano com o mesmo mês de 2014, o aumento chega a 13,4%. Os dados são do Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor.
Segundo os economistas da Serasa, embora o consumidor esteja mais cauteloso em assumir novas dívidas, a alta das taxas de juros, da inflação e do desemprego levou ao aumento dos níveis de inadimplência no primeiro trimestre de 2015.
Os dados mostram que os cheques sem fundos apresentaram elevação de 25,1% em março sobre o resultado de fevereiro. Os títulos protestados tiveram crescimento de 25%. Já as dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água etc.) tiveram queda de 2,3% e com os bancos, de 1,5%.
O valor médio das dívidas não bancárias cresceu 35% no primeiro trimestre do ano, na comparação com o mesmo período de 2014. O valor médio dos títulos protestados, dos cheques sem fundos e das dívidas com os bancos também teve alta, de 3,4%, 9,8% e 0,4%, respectivamente. 

►FORÇA TAREFA CONTRA A DENGUE EM CAXIAS
Desde o dia 6 de abril, uma força tarefa da Secretaria de Saúde de Duque de Caxias, composta por  carros e motos UBVs, circula nos bairros que apresentam índices maiores da presença do Aedes aegypti.
A ação é realizada pela manhã (6h) e à tarde (18h). Os horários são estratégicos no combate ao mosquito fora do período da insolação. Estes veículos substituem o conhecido carro-fumacê. O UBV aplica o inseticida assim como o antigo, mas sem disparar fumaça. A pulverização consiste na aplicação espacial do inseticida, que é liberado diretamente para as residências, sem prejudicar outros animais domésticos ou contaminar a população.
Nesta quarta-feira (15/04), nas praças do Relógio (Centro) e Enzo Cavour (Jardim Primavera), agentes da Coordenadoria de Vigilância Ambiental realizaamo visitas domiciliares para redução de criadouros através de eliminação mecânica (destruição ou vedação com capas de caixa d´agua), tratamento com larvicida quando necessário, além de distribuição de folhetos educativos.
 As mesmas ações acontecerão nas praças da Estação/Saracuruna (17); Mantiquira (18); e na Vila São José em frente ao Colégio Maria Tenório (06/05).
"Precisamos conscientizar a população sobre as ações e as precauções sobre os cuidados necessários para evitar a proliferação do mosquito, como, água parada em recipientes, pneus e reservatórios. Ainda que tenhamos uma diminuição nos índices em relação ao ano passado, estamos intensificando estas ações nos bairros que apresentam concentração mais elevada da presença do mosquito já formado, neste caso, torna-se importantíssimo o uso dos carros UBV", disse a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Sandra Victória Cerqueira Martins.

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