JUIZ NEGA TRANSFERÊNCIA EX-DIRETOR
DA PETROBRÁS PARA PRESÍDIO FEDERAL
O juiz
Sergio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, rejeitou pedido para
transferir o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto
Youssef para o Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná. Ambos foram presos na
Operação Lava Jato, deflagrada no mês passado, pela Polícia Federal.
De
acordo com decisão do juiz, o ex-diretor e o doleiro devem permanecer na
carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba. Para o magistrado, a
permanência na PF é medida de segurança, sendo que os acusados ficaram
conhecidos devido à operação e não podem ficar com presos comuns.
Apesar
de reconhecer as suspeitas envolvendo os presos, o juiz também entendeu que a
transferência poderia atrapalhar o andamento do processo, sendo que o juizado
deveria ser deslocado para Catanduvas.
Paulo
Roberto Costa e Alberto Youssef respondem a dois inquéritos na Justiça Federal
do Paraná. No primeiro, Paulo Roberto Costa é acusado por desvios de recursos
públicos na construção da Refinaria Abreu e Lima, da Petrobras, em Pernambuco.
O ex-diretor também é acusado de obstruir as investigações da operação.
Conforme a investigação, os desvios tiveram a participação de Paulo Roberto
Costa, então diretor de Abastecimento, e de Youssef, dono de empresas de fachada.
Deflagrada
no dia 17 de março, a Operação Lava Jato desarticulou uma organização que tinha
como objetivo a lavagem de dinheiro em seis estados e no Distrito Federal. De
acordo com as informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras
(Coaf), os acusados movimentaram mais de R$ 10 bilhões.
Segundo
a polícia, o grupo investigado, “além de envolver alguns dos principais
personagens do mercado clandestino de câmbio no Brasil”, é responsável pela
movimentação financeira e lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e
jurídicas envolvidas em crimes como tráfico internacional de drogas, corrupção
de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração e
contrabando de pedras preciosas, além de desvio de recursos públicos.
A
operação foi intitulada Lava Jato porque o grupo usava uma rede de lavanderias
e postos de combustíveis para movimentar o dinheiro. (ABr)
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