PROFESSORES CRUZAM OS
BRAÇOS NA SEGUNDA-FEIRA
Profissionais de educação das redes estadual e municipal
do Rio de Janeiro iniciam greve na segunda-feira (12) por tempo indeterminado.
A decisão foi tomada ontem (7), em assembleia da categoria, no Clube Municipal,
na Tijuca, zona norte da cidade. A Secretaria Estadual de Educação lamentou a
decisão que vai prejudicar os alunos.
Segundo Marcelo Santana, da coordenação do Sindicato
Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-RJ), entre as reivindicações
conjuntas estão o reajuste de 20% nos salários, um terço da carga horária para
planejamento de aulas fora de sala e redução de 40 para 30 horas na carga
horária de funcionários administrativos.
Marcelo Santana antecipou que haverá outra assembleia na
próxima quinta-feira (15) para avaliar o movimento, que teve início devido à
falta de cumprimento do acordo firmado entre as secretarias de Educação do
estado e do município com o Supremo Tribunal Federal, em outubro, após a greve
do ano passado.
Ontem a categoria fez uma paralisação por 24 horas. Na
avaliação da Secretaria de Estado de Educação (Seeduc), dos 75 mil professores
da rede estadual, apenas 302 não compareceram e todas as escolas e funcionaram
normalmente.
Segundo Marcelo Santana, a paralisação tanto na rede
estadual, como na municipal, atingiu 40% dos profissionais. A secretaria
municipal do Rio não informou quantos profissionais paralisaram as atividades.
Os professores pedem também eleição direta para diretores
de escolas estaduais. A secretaria estadual explicou que a escolha é feita por
processo seletivo interno em quatro etapas: avaliação curricular, prova,
entrevista e treinamento. “Eleição não é possível no estado devido ao fato de
haver localidades com muita influência política e a eleição para diretor
torna-se uma eleição com apoios de políticos. O processo seletivo também é mais
democrático, pois permite que um professor se candidate ao cargo de diretor de
escola na capital, mesmo que ele seja de outra região”, explicou acrescentando
que o STF aceitou a posição e a interpretação da Seeduc.
Sobre o reajuste salarial, o órgão estadual informou que
a proposta de aumento de 8% ainda precisa passar por votação na Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Em relação a um terço da carga horária
para o planejamento de aulas, a secretaria argumenta que já cumpre a medida, pois
a hora-relógio em sala de aula equivale a 50 minutos.
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