quinta-feira, 8 de maio de 2014

PROFESSORES CRUZAM OS
BRAÇOS NA SEGUNDA-FEIRA 
Profissionais de educação das redes estadual e municipal do Rio de Janeiro iniciam greve na segunda-feira (12) por tempo indeterminado. A decisão foi tomada ontem (7), em assembleia da categoria, no Clube Municipal, na Tijuca, zona norte da cidade. A Secretaria Estadual de Educação lamentou a decisão que vai prejudicar os alunos.
Segundo Marcelo Santana, da coordenação do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-RJ), entre as reivindicações conjuntas estão o reajuste de 20% nos salários, um terço da carga horária para planejamento de aulas fora de sala e redução de 40 para 30 horas na carga horária de funcionários administrativos.
Marcelo Santana antecipou que haverá outra assembleia na próxima quinta-feira (15) para avaliar o movimento, que teve início devido à falta de cumprimento do acordo firmado entre as secretarias de Educação do estado e do município com o Supremo Tribunal Federal, em outubro, após a greve do ano passado.
Ontem a categoria fez uma paralisação por 24 horas. Na avaliação da Secretaria de Estado de Educação (Seeduc), dos 75 mil professores da rede estadual, apenas 302 não compareceram e todas as escolas e funcionaram normalmente.
Segundo Marcelo Santana, a paralisação tanto na rede estadual, como na municipal, atingiu 40% dos profissionais. A secretaria municipal do Rio não informou quantos profissionais paralisaram as atividades.
Os professores pedem também eleição direta para diretores de escolas estaduais. A secretaria estadual explicou que a escolha é feita por processo seletivo interno em quatro etapas: avaliação curricular, prova, entrevista e treinamento. “Eleição não é possível no estado devido ao fato de haver localidades com muita influência política e a eleição para diretor torna-se uma eleição com apoios de políticos. O processo seletivo também é mais democrático, pois permite que um professor se candidate ao cargo de diretor de escola na capital, mesmo que ele seja de outra região”, explicou acrescentando que o STF aceitou a posição e a interpretação da Seeduc.
Sobre o reajuste salarial, o órgão estadual informou que a proposta de aumento de 8% ainda precisa passar por votação na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Em relação a um terço da carga horária para o planejamento de aulas, a secretaria argumenta que já cumpre a medida, pois a hora-relógio em sala de aula equivale a 50 minutos. 

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