JUSTIÇA QUEBRA SIGILO BANCÁRIO DA
PETROBRAS E DO
EX-DIRETOR PRESO
O pedido de quebra de sigilo foi feito pelo Ministério
Público Federal (MPF) para investigar suspeitas de desvios de recursos públicos
na construção da refinaria. De acordo com decisão do magistrado, a quebra de
sigilo é necessária para rastrear a origem e o destino dos valores. As
informações financeiras referem-se ao período de 01/01/2009 e 31/12/2013.
OS PARCEIROS PRESOS |
Em outra decisão divulgada hoje (8), o juiz Sérgio
Fernando Moro rejeitou pedido para transferir Paulo Roberto Costa e o doleiro
Alberto Youssef para o Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná. Ambos foram
presos na Operação Lava Jato, deflagrada no mês passado, pela Polícia Federal.
O ex-diretor e Youssef respondem a dois inquéritos na
Justiça Federal do Paraná. No primeiro, Paulo Roberto Costa é acusado por
desvios de recursos públicos na construção da Refinaria Abreu e Lima, da
Petrobras, em Pernambuco. O ex-diretor também é acusado de obstruir as
investigações da operação. Conforme a investigação, os desvios tiveram a
participação de Paulo Roberto Costa, então diretor de Abastecimento, e de
Youssef, dono de empresas de fachada.
Deflagrada no dia 17 de março, a Operação Lava Jato
desarticulou uma organização que tinha como objetivo a lavagem de dinheiro em
seis estados e no Distrito Federal. De acordo com as informações do Conselho de
Controle de Atividades Financeiras (Coaf), os acusados movimentaram mais de R$
10 bilhões.
Segundo a polícia, o grupo investigado, “além de envolver
alguns dos principais personagens do mercado clandestino de câmbio no Brasil”,
é responsável pela movimentação financeira e lavagem de ativos de diversas
pessoas físicas e jurídicas envolvidas em crimes como tráfico internacional de
drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas,
extração e contrabando de pedras preciosas, além de desvio de recursos
públicos.
Procurada pela Agência
Brasil, a Petrobras informou que ainda não foi intimada da decisão. A
empresa reafirmou seu compromisso de continuar colaborando com o Poder
Judiciário para esclarecimento dos fatos.
A operação foi intitulada Lava Jato porque o grupo usava
uma rede de lavanderias e postos de combustíveis para movimentar o dinheiro. (ABr_
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