quinta-feira, 19 de março de 2015

PEZÃO CONFESSA: DIVIDA DO
RJ CHEGA A R$ 700 MILHÕES 
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão admitiu hoje (19), durante a formatura de 79 novos peritos criminais da Polícia Civil, que o estado passa por dificuldades, mas garantiu que a segurança pública continuará sendo prioridade. “O estado vai investir na melhoria dos serviços e para isso, liberou verba para reformas do Instituto Médico Legal (IML) e dos postos de polícia”.
Os funcionários da limpeza e da segurança do IML estão em greve há mais de uma semana por atrasos no pagamento dos salários. 
Segundo Pezão, as dificuldades enfrentadas são reflexos da dependência do estado nas atividades do petróleo. Mesmo com a perda de R$ 8 bilhões, o governador disse que tomará medidas e que dentro de 90 dias achará uma saída para resolver os problemas e manter as conquistas. 
"É um momento difícil do estado e nunca escondi isso, venho mostrando desde novembro que a gente teve uma queda grande na nossa receita e que vamos atravessar esta crise. O estado tem as suas finanças equilibradas, já vimos algumas saídas e semana que vem acho que vamos ter uma boa notícia. Na segunda-feira (23) o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, vota os depósitos judiciais que vai dar um conforto ao estado, ressaltou Pezão, acrescentando que a segurança continua a ser prioridade, e que o estado vai se adequar ao problema momentâneo.
O governador explicou que a dívida total gira em torno de R$ 700 milhões, mas o estado tem a receber mais de R$ 8 bilhões de dívida ativa. "Eu estou fazendo um programa para negociar caso a caso com os devedores. O que o estado deve é um quinto do que tem a receber. Estou lutando muito para receber esses recursos. Estamos começando a fazer essa negociação, que não é fácil, são devedores de muitos anos, mas vamos receber". 
Ainda não há uma solução para o abandono do prédio do Instituto de Criminalística Carlos Éboli e também para os problemas enfrentados pelos funcionários do IML. Pezão admitiu ter passado a atividade de manutenção das delegacias e do IML para a Polícia Civil, foi um erro do início do primeiro governo, mas que agora disponibilizou recursos e que uma subsecretaria vai cuidar da manutenção dos prédios.
Para o chefe de Polícia Civil, Fernando Veloso o cenário já foi mais difícil do que a polícia enfrenta hoje. Veloso acredita que o governador se sensibilizou e liberou recentemente uma verba para fazer a reforma dos Postos Regionais de Polícia Técnica e Científica.

"Não é o ideal, mas estamos melhor do que em um passado recente. A gente tem uma situação orçamentária preocupante, mas não é só a polícia do Rio, é em todos os estados. A gente de fato tem enfrentado uma série de questões e estamos tentando atenuar esses problemas. São questões que ultrapassam até a esfera de decisão da polícia, mas a gente tem conseguido superar a maior parte delas. Algumas reformas já começaram, outras estão em processos de licitações ou vão começar em breve", explicou.

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