PEZÃO CONFESSA: DIVIDA DO
RJ CHEGA A R$ 700 MILHÕES
O governador
do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão admitiu hoje (19), durante a formatura
de 79 novos peritos criminais da Polícia Civil, que o estado passa por
dificuldades, mas garantiu que a segurança pública continuará sendo
prioridade. “O estado vai investir na melhoria dos serviços e para isso,
liberou verba para reformas do Instituto Médico Legal (IML) e dos postos de
polícia”.
Os
funcionários da limpeza e da segurança do IML estão em greve há mais de uma
semana por atrasos no pagamento dos salários.
Segundo Pezão, as dificuldades
enfrentadas são reflexos da dependência do estado nas atividades do petróleo.
Mesmo com a perda de R$ 8 bilhões, o governador disse que tomará medidas e que
dentro de 90 dias achará uma saída para resolver os problemas e manter as
conquistas.
"É
um momento difícil do estado e nunca escondi isso, venho mostrando desde
novembro que a gente teve uma queda grande na nossa receita e que vamos
atravessar esta crise. O estado tem as suas finanças equilibradas, já vimos
algumas saídas e semana que vem acho que vamos ter uma boa notícia. Na
segunda-feira (23) o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, vota os depósitos
judiciais que vai dar um conforto ao estado, ressaltou Pezão, acrescentando que
a segurança continua a ser prioridade, e que o estado vai se adequar ao
problema momentâneo.
O
governador explicou que a dívida total gira em torno de R$ 700 milhões, mas o
estado tem a receber mais de R$ 8 bilhões de dívida ativa. "Eu estou
fazendo um programa para negociar caso a caso com os devedores. O que o estado
deve é um quinto do que tem a receber. Estou lutando muito para receber esses
recursos. Estamos começando a fazer essa negociação, que não é fácil, são
devedores de muitos anos, mas vamos receber".
Ainda não
há uma solução para o abandono do prédio do Instituto de Criminalística Carlos
Éboli e também para os problemas enfrentados pelos funcionários do IML. Pezão
admitiu ter passado a atividade de manutenção das delegacias e do IML para a
Polícia Civil, foi um erro do início do primeiro governo, mas que agora
disponibilizou recursos e que uma subsecretaria vai cuidar da manutenção dos
prédios.
Para o
chefe de Polícia Civil, Fernando Veloso o cenário já foi mais difícil do que a
polícia enfrenta hoje. Veloso acredita que o governador se sensibilizou e
liberou recentemente uma verba para fazer a reforma dos Postos Regionais de
Polícia Técnica e Científica.
"Não
é o ideal, mas estamos melhor do que em um passado recente. A gente tem uma
situação orçamentária preocupante, mas não é só a polícia do Rio, é em todos os
estados. A gente de fato tem enfrentado uma série de questões e estamos
tentando atenuar esses problemas. São questões que ultrapassam até a esfera de
decisão da polícia, mas a gente tem conseguido superar a maior parte delas.
Algumas reformas já começaram, outras estão em processos de licitações ou vão
começar em breve", explicou.
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