TAXA NA
CONTA DE LUZ VAI
SUPRIR
CAIXA DOS PARTIDOS
Apesar da
crise e do pacote de medidas do Palácio do Planalto, cortando benefícios de
trabalhadores, pensionistas e aposentados, deputados e senadores se uniram e aprovaram
uma medida que triplica o volume destinado ao Fundo Especial de Assistência
Financeira aos Partidos Políticos, o chamado Fundo Partidário. Na proposta de
Orçamento Geral da União de 2015, aprovado pelo Congresso na noite desta
terça-feira (17), o fundo passará dos atuais R$ 289,5 milhões para R$ 867,5
milhões.
Para
tanto, o senador Romero Jucá (PMDB-PA), relator do projeto, remanejou cerca de
R$ 2,7 bilhões destinados à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), usada
para custear nos últimos anos o desconto na conta de luz. Mas o reajuste na
tarifa de energia fez com que esse dinheiro – que o governo pretendia usar para
ajudar na recuperação das contas públicas – ficasse disponível”, diz trecho da
reportagem publica no sábado pelo “Estado de São Paulo”.
O senador
Romero Jucá (PMDB-RR), justificou essa medida como um primeiro passo em direção
a uma das propostas do PT visando o combate à corrupção no país: o
financiamento público de campanhas eleitorais. “Ampliar o fundo é uma
necessidade dos partidos e o início das discussões do financiamento público”,
admitiu Jucá.
“Cada um dos 265 novos parlamentares que
ingressaram neste ano no Congresso contará com cerca de R$ 10 milhões em
emendas, dos quais metade para o setor de saúde”, afirmou o senador Romero
Jucá. Jucá também defendeu o orçamento impositivo para investimentos e
políticas públicas, além do já aprovado para emendas parlamentares por meio da
Emenda Constitucional 86. Ele disse que o projeto orçamentário em votação é uma
“peça de ficção” porque depende da boa vontade do Tesouro para efetuar os
gastos. “Eu defendo um orçamento impositivo para não ficarmos à mercê de
contingenciamentos”, opinou.
Se, por
um lado, parlamentares conseguiram aumento de receita para emendas
parlamentares, por outro o relator do Orçamento admitiu que os reajustes
solicitados por servidores do Ministério Público, da Defensoria Pública e da
Justiça Federal não foram concedidos.
A
projeção de receita toma como base um crescimento de 0,8% do Produto Interno
Bruto (PIB) em 2014, um IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – principal
base de cálculo da inflação) da ordem de 6,5% e uma taxa Selic de 11,97%. (Com
Agência Senado)
Nenhum comentário:
Postar um comentário