domingo, 15 de março de 2015

Zé Ramalho - Admirável Gado Novo - Legendada



POVO NAS RUAS CONDENA A 
CORRUPÇÃO E OS POLÍTICOS 
E povo saiu às rus. Enrolados numa bandeira ou com uma simples camisa verde/amarela, os brasileiros de todo o País demonstraram que são contra a corrupção e desprezam a chamada classe política. Essa dicotomia mostra que o País, nestes 30 anos, desde 15 de março de 1985, data marcada para a posse de Tancredo Neves em substituição ao general João Figueiredo, mudou suas expectativas e que os velhos partidos políticos, até os que ora estão se organizando, envelheceram, perderam a sintonia com o Povo, que pretendem representar no Governo e no Parlamento.
Organizado por grupos da verdadeira sociedade civil, as manifestação espoucaram nos quatro cantos do País e até mesmo no exterior, sem palavras de ordem como antigamente, mas cobrando uma efetiva postura contra a corrupção, como está sendo comprovado na Petrobrás e em outros setores da economia, e por uma reforma política em que os partidos tenham responsabilidade sobre o voto de seus delegados nas Câmaras, no Senado, nas assembleias estaduais e nas mais de 5.500 câmaras de vereadores, onde a principal pauta é como manter o Poder conquistados nas urnas mediante a compra de lideranças locais, da pura e simples troca de favores ou até  promessa de construiu uma porta para o Paraíso.
A situação é tão grave que o deputado Paulo Maluf, fundador do PP, partido que tem o maior número de envolvidos investigados pela Operação Lava Jato, tem a cara de pau de se declarar indignado com a corrupção bilionária na Petrobrás, sem corar de vergonha.
Na semana passada, enquanto um simples gerente da Petrobrás, indicada por critérios político-partidário confessava perante a CPI da Petrobrás que desviara dinheiro da estatal e concordara, em sua delação premiada, devolver US $ 97 milhões de dólares, o ex-presidente da empresa e militante petista de carteirinha, José Sérgio Gabrielle, afirmava que desconhecida a existência de superfaturamento nos contratos com empreiteiras e fornecedores, tudo não passando de uma ação de uns poucos funcionários da empresa que já foi uma das mais importantes petroleiras do mundo.
Pelo visto, nem o Governo, muito menos a classe política entendeu (ou entendeu errado) o recado dado nas ruas em 2013. Neste 15 de março de 2015 o povo, libertado do medo dos tacões da repressão policial, foi às ruas celebrar os 30 anos da Democracia, imperfeita, mas fundamental para desejar o futuro do País e dar um basta à vida de gado que vinha levando, como diz a música de Zé Ramalho.

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