POVO NAS RUAS CONDENA A
CORRUPÇÃO E OS POLÍTICOS
E povo saiu às rus. Enrolados numa bandeira ou com uma
simples camisa verde/amarela, os brasileiros de todo o País demonstraram que
são contra a corrupção e desprezam a chamada classe política. Essa dicotomia
mostra que o País, nestes 30 anos, desde 15 de março de 1985, data marcada para
a posse de Tancredo Neves em substituição ao general João Figueiredo, mudou
suas expectativas e que os velhos partidos políticos, até os que ora estão se
organizando, envelheceram, perderam a sintonia com o Povo, que pretendem
representar no Governo e no Parlamento.
Organizado por grupos da verdadeira sociedade civil, as
manifestação espoucaram nos quatro cantos do País e até mesmo no exterior, sem
palavras de ordem como antigamente, mas cobrando uma efetiva postura contra a
corrupção, como está sendo comprovado na Petrobrás e em outros setores da
economia, e por uma reforma política em que os partidos tenham responsabilidade
sobre o voto de seus delegados nas Câmaras, no Senado, nas assembleias
estaduais e nas mais de 5.500 câmaras de vereadores, onde a principal pauta é
como manter o Poder conquistados nas urnas mediante a compra de lideranças
locais, da pura e simples troca de favores ou até promessa de construiu uma porta para o
Paraíso.
A situação é tão grave que o deputado Paulo Maluf, fundador
do PP, partido que tem o maior número de envolvidos investigados pela Operação
Lava Jato, tem a cara de pau de se declarar indignado com a corrupção
bilionária na Petrobrás, sem corar de vergonha.
Na semana passada, enquanto um simples gerente da
Petrobrás, indicada por critérios político-partidário confessava perante a CPI
da Petrobrás que desviara dinheiro da estatal e concordara, em sua delação
premiada, devolver US $ 97 milhões de dólares, o ex-presidente da empresa e
militante petista de carteirinha, José Sérgio Gabrielle, afirmava que
desconhecida a existência de superfaturamento nos contratos com empreiteiras e
fornecedores, tudo não passando de uma ação de uns poucos funcionários da
empresa que já foi uma das mais importantes petroleiras do mundo.
Pelo visto, nem o Governo, muito menos a classe política
entendeu (ou entendeu errado) o recado dado nas ruas em 2013. Neste 15 de março
de 2015 o povo, libertado do medo dos tacões da repressão policial, foi às ruas
celebrar os 30 anos da Democracia, imperfeita, mas fundamental para desejar o
futuro do País e dar um basta à vida de gado que vinha levando, como diz a música
de Zé Ramalho.
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