E A CASA CAIU!
A exoneração a pedido do secretário executivo do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Paulo Roberto dos Santos Pinto, foi
publicada no Diário Oficial da União. O decreto é assinado pela presidenta
Dilma Rousseff e pelo ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias. Santos Pinto
é um dos investigados pela Polícia Federal na Operação Esopo, que apura desvio
de recursos públicos.
De acordo com a Polícia Federal (PF) em Minas Gerais, os
danos causados pelo esquema de fraudes e licitações aos cofres públicos chegam
a R$ 400 milhões e as investigações se concentram em fraudes em licitações de
prestação de serviços, construção de cisternas e produção de eventos turísticos
e artísticos.
Anteriormente, o ministério havia exonerado o então
assessor Anderson Brito Pereira, que se entregou m à PF, e o coordenador de
Contratos e Convênios da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego, Geraldo
Riesenbeck. As duas portarias ministeriais foram publicadas na edição de ontem
(10) do Diário Oficial da União. Riesenbeck e o subsecretário de Planejamento
do ministério, Antônio Fernando Decnop, foram presos.
No cumprimento dos
mandatos de prisão e de busca e apreensão, a Polícia Federal encontrou um carro
de luxo na residência de um dos funcionários do Ministério do Trabalho preso
durante a operação.
Em nota, o ministério informou que o processo sobre o
caso tramita em caráter sigiloso e que pediu à polícia informações sobre a
Operação Esopo. Também disse ter solicitado à Advocacia-Geral da União que
acompanhe o caso e informou que vai instaurar processos administrativos
disciplinares para apurar os fatos.
Iniciadas há dois anos, as investigações que culminaram
com a deflagração da Operação Esopo constataram indícios de fraude em
licitações de prestações de serviços, construção de cisternas, produção de
eventos turísticos e festivais artísticos.
Os contratos eram celebrados com organizações da
Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) aptas a fazer parceria com o
governo, mas os serviços contratados ou eram superfaturados ou simplesmente não
eram feitos. Parte do dinheiro recebido pela contratada era repassado a agentes
públicos envolvidos no esquema. As fraudes ocorriam em 11 estados – Espírito
Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Pernambuco, São Paulo, Ceará,
Amapá, Paraná, Roraima e Pernambuco, além do Distrito Federal.
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