PREVENÇÃO CONTRA O APAGÃO
VAI CUSTAR MAIS R$ 200 MILHÕES
A entrada em operação de usinas termelétricas na Região
Nordeste para fornecer 1.100 megawatts (MW) extras e garantir a segurança do
sistema elétrico vai custar R$ 200 milhões ao contribuinte apenas neste mês. As
usinas foram ligadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) no último dia 5,
depois do blecaute, provocado por uma queimada, que atingiu a região no final
de agosto.
A informação foi divulgada hoje (12) pelo diretor do
Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp. O custo adicional
deve-se ao fato de o custo da energia termelétrica (a gás e a óleo) ser mais
alto do que o de outras fontes. A previsão é que as usinas sejam mantidas pelo
menos até o final deste mês.
“Nós propomos manter até setembro, porque este é um mês
de maior intensidade de queimada. Enquanto houver a possibilidade de foco de
calor que possa repetir um evento dessa natureza, a gente vai propor que se
opere suportando contingência dupla. Em termos de encargos, se for só o mês de
setembro, deve adicionar R$ 200 milhões a serem pagos pelo consumidor”, disse
Chipp.
O diretor do ONS também defendeu a expansão da
contingência dupla (N-2) para garantir uma maior segurança do sistema em caso
de problemas no país. O sistema hoje é de contingência única (N-1). O N-2 está
sendo fase de implantação em Brasília.
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE),
Maurício Tolmasquim, disse que a contingência dupla aumenta também os custos da
transmissão da energia elétrica. Por isso, é preciso avaliar onde é necessário
fazer isso. Há outras opções para aumentar a segurança do sistema, segundo ele,
como aumentar a possibilidade de isolar os problemas e evitar grandes efeitos
cascatas nos blecautes.
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