JUSTIÇA FEDERAL DECIDE
OUVIR SENADOR BOLIVIANO
“O senador será
ouvido em juízo com vistas a preservar provas que podem ser importantes. A
expectativa é que ele [Pinto Molina] ateste a verdade e relate todo o processo
vivido”, ressaltou à Agência Brasil o advogado Ophir Cavalcante Junior, que
defende o diplomata Eduardo Saboia.
Pinto Molina ficou
455 dias abrigado na Embaixada do Brasil na Bolívia. Ele foi retirado da
Bolívia rumo ao Brasil em uma operação, organizada por Saboia, desencadeando
uma crise diplomática. O então chanceler Antônio Patriota foi substituído por
Luiz Alberto Figueiredo Machado. Em junho de 2012, o Brasil concedeu asilo
diplomático ao senador, mas o governo boliviano não deu o salvo-conduto para
ele deixar o país.
No Brasil há 15
dias, Pinto Molina é classificado como um “delinquente comum” pelo governo
boliviano. O senador nega as acusações relativas a desvios de recursos públicos
e corrupção. No total, são mais de 20 processos.
Na semana passada,
esteve em Brasília uma missão boliviana de alto nível, formada por três
ministros integrantes do Ministério Público, que apresentou documentos ao
Ministério da Justiça sobre os processos judiciais envolvendo Pinto Molina.
Paralelamente,
Saboia é alvo de investigações de uma comissão de sindicância, formada por dois
embaixadores e um auditor da Receita Federal. O grupo apura as responsabilidades
do diplomata na retirada de Pinto Molina da Embaixada do Brasil na Bolívia. O
ex encarregado de Negócios é acusado de quebra de hierarquia. A defesa de
Saboia nega.
Nenhum comentário:
Postar um comentário