OPERADORAS QUEREM TERRENO
DE GRAÇA PARA NOVAS ANTENAS
Um país com 267 milhões de telefones celulares, média de
um linha para cada 1,335 habitante, mas com poucos investimentos em manutenção.
Esta é a conclusão do presidente da CPI das Telefônicas, Domingos Brazão
(PMDB), depois de ouvir o depoimento prestado terça-feira (3), pelo presidente
do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e
Pessoal (Sinditelebrasil), Eduardo Levy. O dirigente reclamou dos custos para
ampliação da rede de antenas de telefonia, que seriam em torno de R$ 500 mil
cada.
Levy sugeriu que as prefeituras se associem às companhias
telefônicas para baratear o custo de instalação, com cessão de terrenos e
instalações, isto é, a doação ou comodato de terrenos para as multinacionais
que controlam a telefonia no País espionado pelo governo do democrata Barack
Obama.
“Só de aluguel do espaço, são pagos R$ 42 mil por antena.
O Brasil possui 60 mil antenas instaladas, mas esse número se mostra
insuficiente”, disse Levy, admitindo a escassez da rede.
Para o presidente da CPI, a origem do problema estaria
nos leilões de privatização das empresas de telefonia. "O governo federal
priorizou um modelo onde, primeiro, tem dinheiro no leilão, pago pela operadora
que vencei a licitação, mas vai faltar lá na frente em investimento. O leilão é
um problema inicial e a falta de antena, a consequência", afirmou Domingos
Brazão.
De acordo com o Sinditelebrasil, foram investidos R$ 25
bilhões no ano passado, em todo o país, com a cobertura de internet 3G
alcançando 3.409 municípios — ultrapassando a meta de 928 cidades estabelecida
até abril deste ano pela Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações.
(Agência Brasil)
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