HOSPITAL INFANTIL SERÁ
FECHADO PARA OBRAS
Primeiro hospital infantil público da Baixada, o Ismélia
da Silveira surgiu nos anos 60 do Século passado a partir de um grupo de amigos
que se preocupava com a falta de atendimento às crianças, o que elevava o
índice de mortalidade infantil a níveis só registrados em casos de guerra
civil. Para tanto, o médico Moacyr do Carmo, o jornalista Ruyter Poubel e o
professor e músico Nelson Cintra, idealizador do bairro Jardim Primavera, no
segundo distrito, criaram a Associação das Companheiras da Criança, que alugou
um antigo salão de bilhar num sobrado na Av. Nilo Peçanha, esquina com a rua
Etelvina Chaves, cujo aluguel era fruto das contribuições de centenas de
pequenos empresários, que aderiam ao projeto de construção do primeiro Hospital
Infantil da Baixada.
Além de apoio de lideranças políticas e empresariais, o
Dr. Moacyr do Carmo conseguiu uma madrinha de peso, a então primeira dama do
antigo Estado do Rio, a Sra. Ismélia da Silveira. Com uma verba destinada a
ajudar obras sociais no antigo Estado do Rio, a esposa do governador Roberto
Silveira garantiu o funcionamento até que, depois de eleito prefeito (1966), o
Dr. Moacyr do Carmo desapropriou uma área entre a estrada de ferro e a Av.
Presidente Kennedy, assumindo, para o município, a responsabilidade de manter o
primeiro hospital infantil público da Baixada Fluminense, que recebe pacientes
dos municípios vizinhos e até da Zona Norte e subúrbios do Rio de Janeiro.
Com a entrada em funcionamento da UPA Pediátrica, a
Secretaria de Saúde do município vai concentrar na nova unidade todos os
atendimentos ambulatoriais e de emergência, hoje a cargo do Hospital infantil.
Depois de reformado e com sua capacidade ampliada, o Infantil será um hospital
para menores de 12 anos, que não terá urgência ou emergência, o que reduzirá o
fluxo de pessoas e pacientes naquele local, pois os primeiros atendimentos
serão da responsabilidade da UPA Pediátrica.
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