ATÉ O DIA 20 MPF
DENUNCIA 15
DOS ENVOLVIDOS NO PETROLÃO
O Ministério Público Federal acredita já ter provas
suficientes para pedir a condenação de 15 pessoas investigadas na Operação Lava
Jato. A lista inclui 11 executivos de grandes empreiteiras, ex-diretores da
Petrobras e lobistas. Os políticos envolvidos, por terem direito a foro
privilegiado e só podem ser processados perante o STF e o STJ, só deverão ser
denunciados na reabertura ado ano judiciário, em 6 de janeiro, quando terminam
as férias forenses de fim de ano.
As provas fornecidas por Paulo Roberto Costa e Alberto Yousseff sustentarão a denúncia |
As denúncias devem ser apresentadas antes do recesso do
Judiciário, em 20 de dezembro. Ao contrário do Mensalão, que obrigou o
procurador geral da república Roberto Gurgel a apelar para a Teoria do
Conhecimento dos Fatos para incluir as principais liderança do PT, a começar pelo ex ministro José
Dirceu, pois não havia prova material das reuniões com políticos para repartir
o dinheiro do Caixa Dois do Partido dos Trabalhadores, o Juiz Sérgio Moron, da
13ª Vara Federal do Paraná, teve ao seu dispor e soube como manejar a Delação
Premiada, em que um dos participantes da quadrilha se dispõe a fornecer as
provas dos crimes mediante redução da pena a que seria condenado sem essa colaboração.
Por conta da delação premiada de Paulo Roberto Costa,
Alberto Yousseff e até de diretores das empreiteiras, será possível ao
Ministério Público Federar “desenhar” o esquema que fraudavas licitações,
quando ocorria, em benefício das empresas que dirigiam. Assim, constam entre os
futuros réus nomes como o de Renato Duque, que responderá pelos crimes de
organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro, Paulo Roberto Costa,
que acertou acordo de delação premiada e cumpre prisão domiciliar, Fernando
Baiano, apontado como 'operador' do PMDB na estatal, e o doleiro Alberto
Youssef.
A maioria já cumpre prisão preventiva na Superintendência
da Polícia Federal em Curitiba. Os executivos pertencem a seis grandes empresas
que mantinham contratos, com valores superiores a R$ 59 bilhões, com a
Petrobras: Camargo Corrêa, Mendes Junior, OAS, Galvão Engenharia, Engevix e
UTC.
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