LAVA JATO PODE CHEGAR
ATÉ
ÀS OBRAS NOS
AEROPORTOS
Altos funcionários da Infraero estão na expectativa de que
a nova operação Lava Jato,da Polícia Federal, que levou para a cadeia os donos
e executivos de empreiteiras, possa afetar diretamente as obras e
operações de grandes aeroportos concedidos. O ‘Clube’ que pagava propina a
parlamentares e diretores da Petrobras assumiu pelo menos seis aeroportos nos
leilões.
A UTC teve problemas com o Ministério do Trabalho nas obras de Viracopos |
A bombástica revelação foi feita esta semana pelo
jornalista Leandro Mazzini, em seu blog Coluna da Esplanada, acrescentando que
“as empreiteiras tiveram vultosos empréstimos do BNDES a juros
subsidiados. E há suspeitas, já em investigação, de que essas verbas públicas
podem ter abastecido a quadrilha presa até há poucos meses.”
Para o sempre bem informado Mazzini, uma radiografia das
atuais administradoras dos aeroportos leva aos nomes das empreiteiras cujos
executivos foram alvos da PF.
De acordo com Mazzini, a OAS opera o aeroporto de Cumbica
(Guarulhos), o maior deles. A UTC ganhou o leilão por Viracopos
(Campinas). A Engevix, braço dos argentinos da Inframérica, atua em São Gonçalo
do Amarante (RN), considerado o novo aeroporto de Natal, e no JK, de Brasília.
A Odebrecht cuida do Galeão (Rio) e a Andrade Gutierrez, de Confins (Belo
Horizonte).
A campanha pela privatização dos aeroportos lucrativos no
Brasil foi capitaneada pela estatal alemã Fraport, em parceria com a
construtora Queiroz Galvão, que teve sócios presos.
Até hoje os empregados da Infraero entendem que a decisão
sobre as privatizações dos aeroportos não teve uma base técnica nem econômica e
nem operacional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário