EMPREITEIRA USA DOCUMENTO
FALSO NA CPMI DA PETROBRÁS
O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI)
da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), admitiu nesta sexta-feira (21)
que pode pedir ao Ministério Público a responsabilização criminal dos
funcionários da empreiteira Engevix. Conforme o senador, a decisão será tomada
caso fique comprovada a falsidade de documentos entregues à comissão. Em nota,
a presidência da CPMI acrescentou que o recurso “será adotado em quaisquer
casos em que haja suspeita de uso de documento falso perante a comissão".
A reação do parlamentar foi motivada pelas suspeitas de que
a empresa teria enviado os mesmos documentos entregues à Justiça no Paraná,
que, no último dia 10, identificou a fraude em notas e cópias de contratos. Ao
avaliar os papéis, o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba,
concluiu que, além da Engevix, outras empreiteiras investigadas na sétima fase
da Operação Lava Jato também entregaram notas fiscais falsas e contratos
fraudulentos para justificar repasses às empresas de fachada, comandadas pelo
doleiro Alberto Youssef.
As notas fiscais e contratos foram reunidos para defesa das
empreiteiras. Na época, Sérgio Moro afirmou que, além de falsos documentos
sobre serviços que não foram prestados, algumas empreiteiras omitiram
informações.
Vice-presidente da Engevix, Gerson de Mello Almada é um dos
presos na sétima fase da Operação Lava Jato, deflagrada faz uma semana. O
engenheiro continua em Curitiba, na Superintendência da Polícia Federal. Os
agentes cumpriram mandados de prisão e de busca e apreensão em São Paulo, Minas
Gerais, Pernambuco, no Rio de Janeiro e Distrito Federal.
Quinta-feira (20), a defesa dos executivos da empresa
encaminhou ao Supremo Tribunal Federal pedido para que o caso seja retirado das
mãos de Sérgio Moro e enviado à Corte Suprema, mais foi recusado pelo relator
do processo do Petrolão, ministro Teori Zawaski.
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