domingo, 21 de setembro de 2014

AO LADO DE CRIVELLA, DILMA VOLTA
A UTILIZAR O TERROR CONTRA MARINA 
Em sua quarta visita ao Rio de Janeiro, desta vez acompanhada do senador Marcelo Crivella, candidato a governador pelo PRTB, a presidente Dilma Rousseff voltou difundir o terror contra uma possível eleição de d Marina Silva, do PSB, relacionando as restrições doutrinárias da ex Ministra do Meio Ambiente do Governo Lula contra os riscos ambientais da utilização do petróleo e do carvão como base da nossa matriz energética. Nas outras visitas ao Rio, Dilma fez campanha ao lado de Pezão, Garotinho e Lindbergh. 
O mote de Dilma Rousseff no discurso que fez no palanque instalado na Praça do Pacificador, no centro de Duque de Caxias, foi o de que, ao considerar a hipótese de retirar do pré sal o título de principal fonte de energia do País, Marina Silva estaria abrindo mão de bilhões de reais que seria investidos pelas empresas privadas que participaram do leilão do pré sal.
Ao lado do senador Marcelo Crivella, sobrinho do bispo Edir Macedo, fundador e principal dirigente da Igreja Universal, Dilma insinuou mais uma vez e para centenas de fiéis, levados pelos pastores da IURD no município para esse comício, que o abandono do pré sal, no caso de uma vitória de Marina Silva, representaria a perda de milhares de emprego na indústria do petróleo no Estado do Rio.
“Tem gente aí dizendo que não é estratégico para o país explorar o petróleo do pré-sal. Mas a quantidade de emprego que vai gerar é muito grande. Esses empregos vão se situar perto do local de produção, e isso é aqui no Rio de Janeiro”, afirmou Dilma, em referência à adversária Marina, que vem negando reiteradamente a hipótese de desacelerar tais investimentos.
A presidente concentrou o discurso na exploração do petróleo, a principal atividade econômica do estado e tema caro ao eleitorado fluminense. Voltou a repetir que não permitiria a alteração de regras de distribuição de royalties do petróleo para contratos já licitados, mas não se comprometeu a evitar alterações em futuras concessões. Faz parte da estratégia do PT vincular Marina e o candidato a vice-presidente do PSB, deputado Beto Albuquerque, a iniciativas destinadas à perda de royalties para o estado do Rio de Janeiro e municípios fluminenses. 
“Royalties do petróleo são devidos ao Rio, porque assim nós decidimos há anos atrás. Quando alguém quer mudar, não pode querer mudar para trás. Se quiser mudar, muda para frente”, afirmou.
A presidente só não explicou aos eleitores porque seu Governo, que em ampla maioria no Congresso, não moveu uma palha contra a derrubada do veto à emenda do deputado federal Ibsen Pinheiro, que retirou dos estados produtores de petróleo (Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo) a exclusividade do recebimento dos royalties, uma indenização que as empresas petrolíferas pagam aos governos locais (estados e municípios) para enfrentar os problemas decorrentes das atividades petrolíferas, em especial os vazamentos de óleo, como ocorreu em janeiro de 2010, na Reduc, com o vazamento de 1,3 milhão de barris, o que impediu a pesca por vários meses, mas, decorridos 14 anos do acidente, a Petrobrás ainda não indenizou os pescadores que ficaram sem poder trabalhar.
A visita de Dilma a Duque de Caxias, cujo prefeito, Alexandre Cardoso, foi expulso do PSB justamente por apoiar abertamente a reeleição da Presidente, obrigou a presidenciável Marina Silva a desmarcar um ato no mesmo dia na cidade. De acordo com integrantes da campanha pessebista, a prefeitura alegou que não seria seguro realizar dois comícios ao mesmo tempo no município.

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