quarta-feira, 24 de setembro de 2014

ESTIAGEM ESTÁ AFETANDO
ATÉ O RIO SÃO FRANCISCO 
A pior seca dos últimos 50 anos a atingir o Nordeste segue fazendo estragos. Em decorrência da estiagem prolongada, a principal nascente do rio São Francisco, localizada em São Roque, Minas gerais, está completamente seca. O São Francisco é o maior rio totalmente brasileiro, alcançando 504 municípios em sete estados.
A bacia do São Francisco é a segunda mais importante do país e responde por mais de 90% da geração de energia elétrica que atende ao Nordeste. A expectativa é que a situação seja revertida a partir de novembro, quando começa o período de chuvas nas cabeceiras do rio.
Segundo boletim do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os três principais reservatórios do Nordeste, que tem o rio São Francisco como a principal fonte de abastecimento, estão operando com uma capacidade média abaixo de 25%. Em Sobradinho, o maior reservatório da Região, o nível é de 31,79%.
Em Itaparica, o índice é de 20,48%. As duas unidades são de responsabilidade da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf). Já a barragem de Três Marias, de responsabilidade da Companhia Elétrica de Minas Gerais (Cemig) opera com apenas 5,71% da sua capacidade.
Na avaliação do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHSF), se não chover até o fim de outubro um trecho de 40 quilômetros do rio, entre a Usina Hidrelétrica de Três Marias e o primeiro afluente, o Rio Abaeté, poderá secar.
— É a primeira vez que isso acontece. A Cachoeira Casca D'Anta, que fica a 10 quilômetros, recebe água de outros tributários, mas está com apenas um fio d'água. Isso é emblemático, pois o São Francisco é o rio mais importante do Brasil. A Serra da Canastra tem centenas de nascentes, perenes e intermitentes, e a maioria já secou — diz Faria.
Faria afirmou que, além de preocupante, a notícia da seca na nascente do São Francisco deve servir como um alerta para as pessoas.
Apesar da principal nascente do rio ter secado, o sistema de abastecimento de água e de geração de energia ainda não está afetado em função do rio receber água de outros afluentes. A situação, contudo, pode piorar drasticamente caso as chuvas previstas para ocorrem nas cabeceiras não aconteçam até o final do ano.

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