terça-feira, 26 de maio de 2015

GREVE GERAL FECHA INSTITUIÇÕES
FEDERAIS DE ENSINO NESTA QUINTA
Os docentes nas instituições federais de ensino superior do país entram em greve a partir desta quinta-feira (28), por tempo indeterminado. Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, Paulo Rizzo, a crise das universidades está mais profunda.
As negociações com o Ministério da Educação (MEC) não tiveram solução e a greve foi a saída para pressionar o governo a ampliar os investimentos na educação. A diretoria do sindicato reuniu-se com representantes do MEC na última sexta-feira (22), mas não houve acordos entre as partes.
“A reunião foi muito ruim, porque o acordo de organização de carreira que tínhamos firmado com o então secretário de Ensino Superior [Paulo Speller] foi suspensa com a justificativa de falta de autonomia para firmar tal acordo”, disse o presidente. “Eles [representantes do MEC] disseram que não há nada para negociar conosco. ”
A pauta do setor das instituições federais de ensino superior está dividida em cinco eixos: a defesa do caráter público da educação, as condições de trabalho, a garantia de autonomia, a reestruturação da carreira e a valorização salarial dos professores ativos e aposentados. Paulo Rizzo disse que as negociações do momento se referem ao que vai entrar no Projeto de Lei Orçamentária de 2016, com previsão de fechamento no mês de agosto.
Com o anúncio do corte de R$ 9,43 bilhões no Orçamento do ministério em 2015, o presidente do sindicato acredita que as atividades acadêmicas podem ser comprometidas. “Há prédios que não foram construídos, laboratórios que não estão prontos e, se forem suspensos os concursos públicos, vai faltar professor para as universidades”, destacou.
Com o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), que busca ampliar o acesso e a permanência na educação superior, os investimentos aumentaram e a demanda por professores em todas as universidades também.
De acordo com Paulo Rizzo, a greve começa no dia 28 (quinta-feira) para os locais que aprovaram a paralisação e, no decorrer da semana, ocorrerão as adesões das outras instituições de ensino. “Há muitas universidades que esperam as maiores entrarem primeiro em greve para então aderir. ”

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