JUCÁ CRITICA IMPROVISO DO
GOVERNO NO AJUSTE FISCAL
Apesar de reconhecer a necessidade dos ajustes promovidos
pelo governo para reverter a crise — como o contingenciamento de recursos
orçamentários que deverá ficar em torno R$ 70 bilhões — o senador Romero Jucá
(PMDB-RR) criticou nesta sexta-feira (22) a forma como vem sendo conduzido o
processo.
Na avaliação do senador, os ajustes deveriam ter começado
pelo que chamou de uma “animação econômica”, com a ampliação dos programas de
concessões, da parcerias público-privadas e com o fortalecimento da relação com
os investidores. Só depois, apontou Jucá, é que deveria ser discutido o aumento
de tributos e mudanças em benefícios trabalhistas.
— O governo começou cortando ou ajustando ou discutindo ou
realinhando alguns direitos, alguns programas sociais, como se isso fosse a
solução de algo que se buscava para resolver o problema, e não é. Esse é um
pequeno componente do que tem que se fazer — disse Jucá, da tribuna do
Plenário.
Após garantir a recuperação da segurança jurídica, da
credibilidade do governo e da previsibilidade da economia, afirmou, o Executivo
deveria ter cortado o valor de contratos de custeio e a reduzido o número de
ministérios.
— O governo faria essa movimentação interna de cortes que
está fazendo agora com um pouco de contingenciamento — assinalou.
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