CUT CONVOCA PROTESTO
EM BRASÍLIA CONTA LEVY
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas,
rechaçou apoio da entidade ao ajuste fiscal apresentado pelo ministro da
Fazenda, Joaquim Levy. "Os trabalhadores não podem dar apoio a uma política
econômica em que eles não têm aumento de salário", afirmou o líder
sindical.
Na noite de quinta-feira 11, na abertura do Congresso do PT, em
Salvador, a presidente Dilma Rousseff pediu apoio do partido ao governo na
aprovação das medidas. Na ocasião, sindicalistas ergueram uma faixa com a frase
"Fora plano Levy".
Antes do 5º Congresso, os sindicalistas também assinaram um manifesto
com críticas à política econômica do governo e disse que o Partido dos
Trabalhadores estava imerso em uma "profunda crise"
Freitas condicionou o apoio ao ajuste a duas ações da presidente.
"A presidenta precisa fazer duas coisas importantes para ter o apoio que
ela solicitou da área petista do movimento sindical. Vetar o PL 4330 (projeto
de lei da terceirização) e sancionar o 85/95 (que altera o fator
previdenciário). Com estas duas medidas ela vai ter nosso apoio irrestrito",
assegurou.
CUT quer Joaquim Levy fora do Governo |
A maior central sindical do País convoca sindicatos e trabalhadores de
todos os segmentos para um ato no Palácio do Planalto, às 17h desta terça-feira
16, a fim de pressionar a presidente para a sanção da fórmula 85/95 para a
aposentadoria, contra o que a CUT chama de "nefasto fator
previdenciário".
Na tarde desta segunda-feira 15, representantes da CUT e das principais
centrais sindicais do País se reuniram com os ministros da Previdência
Social, Carlos Gabas, e da Secretária-geral da Presidência da República, Miguel
Rossetto, que deverão apresentar uma proposta alternativa às mudanças no fator
previdenciário.
A CUT informa que, no encontro, reafirmará sua posição pela sanção da
fórmula 85/95 e afirma que o governo "vem acenando com o veto da proposta,
alegando que a implantação do novo cálculo afetará as contas públicas,
desequilibrando a Previdência". (Com Brasil/247)
►CUNHA DEFENDE ROMPIMENTO COM PT
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defendeu
em entrevista ao jornal O Estado
de S. Paulo o fim da aliança PT – PMDB, instituída ainda em 2002,
durante a campanha que elegeu o ex-presidente Lula.
Eduardo Cunha na fila para 2018 |
Cunha classificou a união entre as duas legendas como um “modelo
esgotado”. “Este modelo PMDB com o PT está esgotado. Temos obrigação de dar
sustentabilidade política para o governo dela [Dilma Rousseff]. Mas o PMDB vai
buscar o seu caminho em 2018. Não vejo o PMDB de novo numa candidatura do PT”,
disse o presidente da Câmara.
“O PMDB fez parte do processo de reeleição, faz parte do governo. Mas
não é para dizer amém a tudo o que acontece. E o PMDB dificilmente
repetirá a aliança com o PT em algum momento. Não repetirá”, pontuou Cunha.
Na entrevista, o presidente da Câmara disse que a articulação política
do governo melhorou quando o vice-presidente, Michel Temer, assumiu a função.
No entanto, ele ressaltou que os principais problemas na articulação política
do governo atualmente são fruto de uma “tentativa de sabotagem do PT ao Temer”.
“É muito melhor [a articulação política com Michel Temer]. O que vejo
aqui, pelo cheiro no corredor, é que há ainda problemas com a própria base e
com o governo. Vejo nitidamente que há uma tentativa de sabotagem do PT ao
Michel dentro da articulação. Não tenho dúvida nenhuma disso. E isso é um tiro
no pé, porque a condição, quando levaram o Michel, era que, justamente, você
não vai demitir o vice. Qualquer tentativa de sabotagem do Michel acabará em
ruptura”, disse Cunha.
►INVESTIMENTOS CAEM 46% NOS
ESTAOS
Levantamento realizado pelo jornal Folha de S. Paulo revela que, em decorrência da crise econômica
e da dificuldade de arrecadação, estados adotaram medidas que reduzem investimentos
em 46%.
Segundo a reportagem, capa da edição desta segunda-feira (15), mesmo os
entes mais desenvolvidos padecem de “obras paradas, adiamento de novos projetos
e atrasos em pagamentos de serviços”.
Obras paralisadas e desemprego no setor |
Segundo o levantamento, o volume de investimentos nos 26 estados e no
Distrito Federal teve redução de R$ 11,3 bilhões, nos quatro primeiros meses de
2014 (valor já corrigido pela inflação), para R$ 6,2 bilhões no mesmo período
do ano passado – queda de 46%. A reportagem mostra casos em que esses cortes
orçamentários foram quase totais: em Minas Gerais foi de 97%, enquanto no
Distrito Federal foi de 91%.
Obras públicas e compra de equipamentos, lembra a Folha, são algumas das atividades
atingidas pela restrição no investimento por parte dos estados. “Entre as dez
maiores economias do país, só a Bahia elevou seu volume de investimentos no
ano”, registra a reportagem, lembrando que até projetos de menor porte em
setores como mobilidade e saneamento, por exemplo, serão atingidos pelas
restrições.
O jornal informa ainda que, sem os recursos de investimento,
governadores tentam ao menos manter em andamento os projetos já iniciados. “Sem
essas obras, a economia como um todo acaba sendo afetada. O mercado de máquinas
para construção, por exemplo, estima para este ano uma queda de 36% na demanda
de novos equipamentos – valor comparável apenas ao registrado em 2009, em meio
à crise internacional. Além disso, com a crise atual os gastos dos governos
ficam limitados e acabam voltados à remuneração de servidores, a projetos já
existentes e ao custeio da máquina”, acrescenta o jornal, descrevendo a
situação de alguns estados
►NOVA ALTA NO CALOTE
As dívidas de consumidores em atraso por mais de 90 dias
foi a mais alta do ano. Em maio, elas superaram em 4,8% às registradas no mês
anterior, quando a inadimplência teve alta de 1,8%. A taxa mais elevada desde o
começo do ano até então tinha sido a de janeiro com variação de 4,1%. Em
fevereiro, o índice caiu em 0,9% e voltou a subir em março com taxa de 0,2%.
Os dados são da pesquisa em torno do Indicador Serasa
Experian de Inadimplência do Consumidor. Comparado a maio do ano passado, os
pagamentos não quitados no prazo aumentaram 14,9%. Essa mesma taxa foi
registrada no acumulado de janeiro a maio sobre o mesmo período de 2014.
Na avaliação dos economistas da Serasa Experian, o avanço
da inadimplência é consequência da elevação das taxas de desemprego, do impacto
da inflação sobre a renda do consumidor e dos sucessivos aumentos das taxas de
juros.
As dívidas com os bancos, que aumentaram 5,5% em relação a
abril, foi o que mais influenciou no crescimento da inadimplência. O valor
médio nos cinco primeiros meses do ano ficou em R$ 1.270,29 ou 0,6% acima de
igual período do ano passado.
As dívidas não bancárias – cartões de crédito, financeiras,
lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de
energia elétrica e água – tiveram alta de 4,9% na virada do mês. Nesse caso, o
valor médio no acumulado dos cinco meses alcançou R$ 420,96, quantia 32,6%
maior do que no mesmo período de 2014.
Já a inadimplência medida por títulos de protestos cresceu
6,9% na comparação com abril e o valor no acumulado desde janeiro foi R$
1.372,77, com recuo de 4,7% em relação ao registrado entre janeiro e maio do
ano passado. A devolução de cheques por falta de fundos aumentou 2,1% sobre
abril e o valor no acumulado do ano foi 10,8%, superior ao do mesmo período do
ano passado, com um total de R$ 1.854,27.
►MPF INVESTIGA TERCEIRISAÇÕA NA OI
O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) determinou
a continuidade de inquérito policial que apura se a Oi praticou crimes em
relações de trabalho na central de telemarketing no Rio, entre 2002 e 2004. A
1ª Turma do Tribunal julgou quarta-feira (10) um habeas corpus impetrado em
nome do presidente da empresa, Bayard Gontijo, e de Ronaldo Iabrudi, que
presidiu a Telemar (hoje Oi) de 2002 a 2006, e da gerente jurídica Marcela Lima
Rocha. A decisão seguiu o entendimento da Procuradoria Regional da República da
2ª Região (PRR2) e concedeu parcialmente a ordem apenas para reconhecer a
prescrição do crime de frustração de direito trabalhista (art. 203 do Código
Penal).
A PRR2 defendeu junto ao Tribunal que não fosse suspensa a apuração da Polícia
Federal por justa causa ou prescrição. Os crimes inicialmente investigados eram
frustração de direito trabalhista, falsidade ideológica, anotação falsa e
omissão de anotação em carteira de trabalho. Para o procurador regional da
República Rogério Nascimento, autor do parecer do MPF sobre o caso, só a
frustração de direito trabalhista prescreveu, enquanto o prazo de prescrição
dos demais se estende até 2016."A apuração deve prosseguir enquanto houver suspeita minimamente fundada, como ocorre nesse caso, e se admite somente essa medida extrema quando há prova inequívoca de ausência de crime ou de extinção da punibilidade, sob pena de violação à legislação”, explica o procurador regional Rogério Nascimento. “O trancamento de inquérito policial é medida de alta excepcionalidade por implicar em restrição do direito difuso à segurança e à confiabilidade e credibilidade da Polícia, Ministério Público e Justiça. ”
No inquérito, é apurado se a celebração de contratos simulados com cooperativa de trabalho visou a terceirizar ilegalmente atividades de call center da Telemar, ocultando o real empregador da equipe. A defesa dos executivos alega ser ilegal a investigação criminal, pois a terceirização irregular de call center é um tema controvertido na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o que atestaria ausência de dolo. A defesa também alegou que a legislação em vigor na época dos fatos permitia tal prática. Para o MPF, a situação não afastaria o eventual dolo de dirigentes e colaboradores.
O entendimento do MPF foi acolhido por maioria, com votos favoráveis do relator do habeas corpus, desembargador Paulo Espírito Santo, e do desembargador Abel Gomes. Já o desembargador Ivan Athié acolheu a tese da defesa. (Com a Assessoria de Comunicação/PRR/RK/ES).
►FESTIVAL LANÇA CD DOS VENCEDORES
Um dos
pontos altos da Festa de Santo Antônio, em Duque de Caxias, que terminou neste
domingo (14), foi o lançamento, pela secretaria de Cultura e Turismo do CD com
as dez músicas finalistas do Festival Estudantil da Música Brasileira,
realizado em setembro no Teatro Raul Cortez. A vencedora do festival foi a
cantora a e compositora Sarah Pessanha, com a canção Contraditório. O lançamento do CD aconteceu na Biblioteca
Municipal Leonel Brizola, reunindo além dos artistas vencedores, familiares e
fãs.
Sarah Penha foi a grande vencedora |
Antes
do lançamento do álbum, os vencedores do festival se apresentaram no palco
externo do teatro Raul Cortez. Elvis Marlon (“Rei, Não!”), Adrift
(“Passos e Pedras”), La Nouva (“Dona Laura”), Marcos Jonnhy (“Te Amo”),
Subversivos do Submundo (“Essa é pra você”), Robson Laia (“Eu quero ser”),
Duplo Disparo (“Tapa na Cara da Sociedade”), Marcelly Amaro (“Morar na sua
rua”) e Loucos Sonhadores (“Você Não Sabe o Que é Sofrer”), e a vencedora,
Sarah Pessanha.
Aos
18 anos e moradora do bairro Vila São Luiz, Sarah Pessanha está acostumada a
mostrar seu talento de voz e violão em bares da cidade. Ela elogiou o
festival que abriu as portas para muitos outros artistas. “A prefeitura está de
parabéns. O festival de música deu a oportunidade aos jovens, principalmente,
de mostrar seu valor. Tive a oportunidade de conhecer muita gente famosa e
fazer novas amizades no meio musical”, disse a artista. O festival teve mais de
100 inscrições. (Fotos: Felipe Papel/SMAIC)
►FALTA DINHEIRO PARA NOVOS PRESÍDIOS
A notícia é recorrente: rebeliões em presídios em todo o país. Foi o que
aconteceu no início do ano no Complexo Prisional do Curado, no Recife e há
alguns dias no presídio de Governador Valadares (MG). Com a terceira maior
população carcerária do mundo e déficit de 210.436 vagas, os recursos para
construção reforma e ampliação de presídios caíram mais de 30% em 2015.
Conforme levantamento do Contas Abertas, os repasses do Fundo Penitenciário
Nacional (Funpen) somaram R$ 39,3 milhões entre janeiro e maio de 2015. No
mesmo período do ano passado, o montante foi de R$ 56,5 milhões, isto é, R$
17,2 milhões a mais. A queda acontece apesar da dotação autorizada para 2015
ser maior do que para 2014. Neste ano, R$ 616,1 milhões estão autorizados para
o Funpen, contra R$ 494 milhões do ano passado.
A não execução dos recursos previstos para o Fundo, no entanto, não é
novidade. Entre 2001 e 2014, o governo federal deixou de aplicar R$ 4,1
bilhões. Em 2012, por exemplo, apenas 11,6% dos R$ 949,3 milhões, maior dotação
anual da história do Funpen, foram efetivamente utilizados. O Fundo é
severamente atingido pela reserva de contingência, que possui o intuito de
fazer superávit primário. Neste ano, por exemplo, 32,7% dos recursos do Funpen,
o equivalente a R$ 201,7 milhões, estão “parados” nessa iniciativa. Com as
dotações orçamentárias que não saem do papel, a “disponibilidade”, isto é, o
“saldo contábil” do Fundo, não para de aumentar. Cerca de R$ 2,3 bilhões estão
legalmente disponíveis para Fundo, sem serem aplicados. Em 2000, o saldo
disponível e não aplicado atingiu apenas R$ 175,2 milhões. A partir de 2004, as
disponibilidades do fundo superaram os R$ 300 milhões. Em 2008, 2009 e 2010, os
valores foram de R$ 514,7 milhões, R$ 610,3 milhões e R$ 795,6 milhões.
Desde 2011, entretanto, o saldo contábil do fundo ultrapassou a barreira
dos bilhões. Em 2012, o valor das disponibilidades alcançou R$ 1,4 bilhão,
passando para R$ 1,8 bilhão em 2013. O patamar de R$ 2 bilhões foi atingido no
ano passado.
►SOBRA PRESOS E FALTAM VERBAS
A nova população carcerária brasileira é de 711.463 presos. Os números
apresentados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a representantes dos
tribunais de Justiça brasileiros neste mês levam em conta as 147.937 pessoas em
prisão domiciliar. Para realizar o levantamento inédito, o CNJ consultou os
juízes responsáveis pelo monitoramento do sistema carcerário dos 26 estados e
do Distrito Federal.
De acordo com os dados anteriores do CNJ, que não contabilizavam prisões
domiciliares, em maio deste ano a população carcerária era de 563.526. “Até
hoje, a questão carcerária era discutida em referenciais estatísticos que
precisavam ser revistos. Temos de considerar o número de pessoas em prisão
domiciliar no cálculo da população carcerária”, afirmou o supervisor do
Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema
de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF/CNJ), conselheiro Guilherme Calmon.
Em geral, a prisão domiciliar é concedida a presos com problemas de
saúde que não podem ser tratados na prisão ou quando não há unidade prisional
própria para o cumprimento de determinado regime, como o semiaberto, por
exemplo. Além de alterar a população prisional total, a inclusão das prisões
domiciliares no total da população carcerária também derruba o percentual de
presos provisórios (aguardando julgamento) no País, que passa de 41% para 32%.
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