DILMA FALA GROSSO E O
PT
DECIDE FICAR NO GOVERNO
O PT rejeitou neste sábado (13), durante a reunião de
encerramento do 5º Congresso Nacional do partido, em Salvador, a proposta para
mudar estratégia econômica [Ajuste Fiscal] do governo, com as críticas
centradas no ministro da Fazenda, Joaquim Levy. A decisão foi uma resposta ao
duro discurso da Presidente Dilma Rousseff, que abandonou uma reunião
importante na Bélgica para participar do Congresso do PT. Na abertura do
congresso, quinta-feira (11Ia presidenta Dilma Rousseff disse que o governo
teve a coragem de fazer os ajustes fiscais e pediu aos militantes que apoiem as
medidas e ajudem a defender sua gestão de críticas.
Segundo Dilma, as mudanças
na economia não reduzem o compromisso do governo com as causas defendidas
historicamente pelo partido. Dilma Rousseff advertiu que não há um Plano B,
pois a arca do Tesouro não tem dinheiro para continuar bancando os diversos
programas sociais – como Pronatec, Minha Casa e até o Bolsa Família – que
garantiram a permanência do PT no poder até as eleições de 2018.
Durante o congresso, o PT também decidiu manter a aliança
política com PMDB. Por maioria de votos, os delegados do partido encaminharam
ao Diretório Nacional a deliberação final sobre as formas de financiamento da
legenda. No entanto, prevalece a decisão anterior da cúpula da legenda de não
aceitar mais doações financeiras de empresas.
As propostas que criticavam o ministro da Fazenda, Joaquim
Levy, e propunham a volta da cobrança da CPMF, conhecido como imposto do
cheque, foram rejeitadas pela maioria. No discurso de encerramento do
congresso, o presidente do PT, Rui Falcão, defendeu o apoio dos militantes ao
governo da presidenta Dilma Rousseff.
"Todo o debate que foi feito revela que, depois desse
congresso, o PT vai ter que mudar mais. O PT não será mais o mesmo, seja nas
suas relações internas, seja acentuando nossa autonomia de formular políticas
públicas em relação ao nosso governo, que nós apoiamos, mas queremos que
avance. Queremos dar sustentação, mas queremos empurrar também para que a gente
não ingresse numa fase recessiva e para que nosso país volte à trajetória de
desenvolvimento econômico", disse Falcão.
O presidente também prestou solidariedade a João Vaccari
Neto, ex-tesoureiro do partido, preso na Operação Lava Jato, da Polícia
Federal. Falcão defendeu ainda manifestações livres e democráticas, como as
passeatas em defesa dos direitos LGBT, conhecidas como Parada Gay.
"Vaccari foi preso injustamente, numa campanha nítida
para tentar criminalizar o PT. Ele não fez nada além de seguir as orientações
partidárias e nossas diretrizes, no que dizia respeito à arrecadação
financeira. Vaccari nunca se apropriou de nenhum centavo em benefício próprio,
nunca cometeu nenhuma irregularidade, e está sendo incriminado, porque o alvo
específico é atingir nosso partido”, declarou o presidente.
Na sexta-feira (12), no segundo dia do congresso do
partido, o ex-presidente Lula lançou uma campanha para arrecadar fundos para a
legenda. O ex-presidente fez a primeira doação simbólica e pediu que a
militância petista volte a fazer contribuições financeiras para o partido. A
iniciativa ocorreu após o partido ter anunciado que não vai mais aceitar
doações de empresas privadas.
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