domingo, 14 de junho de 2015

DILMA FALA GROSSO E O PT
DECIDE FICAR NO GOVERNO
O PT rejeitou neste sábado (13), durante a reunião de encerramento do 5º Congresso Nacional do partido, em Salvador, a proposta para mudar estratégia econômica [Ajuste Fiscal] do governo, com as críticas centradas no ministro da Fazenda, Joaquim Levy. A decisão foi uma resposta ao duro discurso da Presidente Dilma Rousseff, que abandonou uma reunião importante na Bélgica para participar do Congresso do PT. Na abertura do congresso, quinta-feira (11Ia presidenta Dilma Rousseff disse que o governo teve a coragem de fazer os ajustes fiscais e pediu aos militantes que apoiem as medidas e ajudem a defender sua gestão de críticas.
Segundo Dilma, as mudanças na economia não reduzem o compromisso do governo com as causas defendidas historicamente pelo partido. Dilma Rousseff advertiu que não há um Plano B, pois a arca do Tesouro não tem dinheiro para continuar bancando os diversos programas sociais – como Pronatec, Minha Casa e até o Bolsa Família – que garantiram a permanência do PT no poder até as eleições de 2018.
Durante o congresso, o PT também decidiu manter a aliança política com PMDB. Por maioria de votos, os delegados do partido encaminharam ao Diretório Nacional a deliberação final sobre as formas de financiamento da legenda. No entanto, prevalece a decisão anterior da cúpula da legenda de não aceitar mais doações financeiras de empresas.
As propostas que criticavam o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e propunham a volta da cobrança da CPMF, conhecido como imposto do cheque, foram rejeitadas pela maioria. No discurso de encerramento do congresso, o presidente do PT, Rui Falcão, defendeu o apoio dos militantes ao governo da presidenta Dilma Rousseff.
"Todo o debate que foi feito revela que, depois desse congresso, o PT vai ter que mudar mais. O PT não será mais o mesmo, seja nas suas relações internas, seja acentuando nossa autonomia de formular políticas públicas em relação ao nosso governo, que nós apoiamos, mas queremos que avance. Queremos dar sustentação, mas queremos empurrar também para que a gente não ingresse numa fase recessiva e para que nosso país volte à trajetória de desenvolvimento econômico", disse Falcão.
O presidente também prestou solidariedade a João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do partido, preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Falcão defendeu ainda manifestações livres e democráticas, como as passeatas em defesa dos direitos LGBT, conhecidas como Parada Gay.
"Vaccari foi preso injustamente, numa campanha nítida para tentar criminalizar o PT. Ele não fez nada além de seguir as orientações partidárias e nossas diretrizes, no que dizia respeito à arrecadação financeira. Vaccari nunca se apropriou de nenhum centavo em benefício próprio, nunca cometeu nenhuma irregularidade, e está sendo incriminado, porque o alvo específico é atingir nosso partido”, declarou o presidente.
Na sexta-feira (12), no segundo dia do congresso do partido, o ex-presidente Lula lançou uma campanha para arrecadar fundos para a legenda. O ex-presidente fez a primeira doação simbólica e pediu que a militância petista volte a fazer contribuições financeiras para o partido. A iniciativa ocorreu após o partido ter anunciado que não vai mais aceitar doações de empresas privadas.

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