quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

BOLSISTAS DA UNIVERCIDADE
NÃO PODEM SER TRANSFERIDOS
A presidenta do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UniverCidade, a estudante de relações internacionais Letícia Portugal, disse que a preocupação dos alunos da instituição é que grande parte dos universitários é composta por bolsistas, que não seriam atendidos com a transferência para outras universidades. “A medida do MEC [Ministério da Educação] de transferir os estudantes não garante as bolsas e isso implica que a maioria dos alunos vai para a rua, porque não têm condição de pagar. E ainda temos uma grande parte de terça-feira  (21), no centro do Rio, da manifestação que reuniu 500 pessoas, segundo cálculos da Polícia Militar, para pedir a federalização da instituição e da Universidade Gama Filho. Do alto do carro de som da manifestação, ela  disse que se a educação fosse prioridade no país, não haveria tanta violência.
O professor de turismo e de comunicação da UniverCidade, Ricardo Oliveira, disse que os problemas na instituição se arrastam há três anos, incluindo atrasos nos pagamentos dos professores. Ele defendeu que a questão seja analisada por um grupo ligado ao Ministério da Educação e até por especialistas em causas jurídicas. Para Oliveira, o descredenciamento das instituições foi um erro. “O descredenciamento não é bom para ninguém. É um jogar a poeira para debaixo do tapete. Um problema que se arrasta por muito tempo”, disse.
A professora de direito Regina Cavalcanti disse que os problemas que atingem também os funcionários da UniverCidade vão além dos salários. Segundo ela, a instituição também não pagava os direitos trabalhistas dos empregados. “Desde 2003 que não temos o Fundo de Garantia [do Tempo de Serviço] depositado. Uma amiga foi retirar o fundo para comprar um imóvel e não pôde porque não tinha fundo. Salário integral a gente não recebia. Por isso estamos neste movimento”. (Cristina Indio do Brasil, repórter da Agência Brasil)

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