BOLSISTAS DA UNIVERCIDADE
NÃO PODEM SER TRANSFERIDOS
A presidenta do Diretório
Central dos Estudantes (DCE) da UniverCidade, a estudante de relações
internacionais Letícia Portugal, disse que a preocupação dos alunos da
instituição é que grande parte dos universitários é composta por bolsistas, que
não seriam atendidos com a transferência para outras universidades. “A medida
do MEC [Ministério da Educação] de transferir os estudantes não garante as
bolsas e isso implica que a maioria dos alunos vai para a rua, porque não têm
condição de pagar. E ainda temos uma grande parte de terça-feira (21), no centro do Rio, da manifestação que
reuniu 500 pessoas, segundo cálculos da Polícia Militar, para pedir a
federalização da instituição e da Universidade Gama Filho. Do alto do carro de
som da manifestação, ela disse que se a
educação fosse prioridade no país, não haveria tanta violência.
O professor de turismo e de
comunicação da UniverCidade, Ricardo Oliveira, disse que os problemas na
instituição se arrastam há três anos, incluindo atrasos nos pagamentos dos
professores. Ele defendeu que a questão seja analisada por um grupo ligado ao
Ministério da Educação e até por especialistas em causas jurídicas. Para
Oliveira, o descredenciamento das instituições foi um erro. “O
descredenciamento não é bom para ninguém. É um jogar a poeira para debaixo do
tapete. Um problema que se arrasta por muito tempo”, disse.
A professora de direito Regina
Cavalcanti disse que os problemas que atingem também os funcionários da UniverCidade
vão além dos salários. Segundo ela, a instituição também não pagava os direitos
trabalhistas dos empregados. “Desde 2003 que não temos o Fundo de Garantia [do
Tempo de Serviço] depositado. Uma amiga foi retirar o fundo para comprar um
imóvel e não pôde porque não tinha fundo. Salário integral a gente não recebia.
Por isso estamos neste movimento”. (Cristina Indio do Brasil, repórter da
Agência Brasil)
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