SUPERVIA PARALISOU O
RIO!
IMAGINE NA COPA DO
MUNDO!
Um simples
descarrilamento de uma composição que saíra da Central para o terminal de
Saracuruna, no segundo distrito de Duque de Caxias, por volta das 5:15hs da
manhã desta terça-feira, e acabou derrubando um poste e a rede elétrica de
todos os cinco ramais, deixando cerca de 600 mil passageiros sem transporte por
mais de 12 horas. A Supervia, concessionárias dos ramais ferroviários que ligam
a Baixada à Capital, não dispõem de planos de contingência, não tem diálogo com
as outras concessionarias da região (Metrõ, ônibus e barcas), nem tem sistema
de devolução automática das passagens vendidas. Sem dinheiro para pegar outro
meio de transporte, milhares de passageiros das linha que ligam Japeri, Santa
Cruz, Belford Roxo, Saracuruna e Gramacho ao centro do Rio precisaram andar
sobre os trilhos e dormentes, pedir carona e tentar sacar dinheiro (quem tinha
conta bancária) nos caixas eletrônicos.
Foi preciso que o
prefeito Eduardo Paes acionasse a Fetransport e a Rioônibus e firmassem um
acordo verbal de compensação, para que os passageiros da Supervia pudessem
viajar, mesmo espremidos, nos ônibus e metrô, que chegou a fechar as portas da
estação da Pavuna, na Zona Norte, devido ao grande número de passageiros que tentavam chegar ao trabalho
por outros meios.
O Secretário de Transporte Júlio Lopes, que continuou no
cargo mesmo depois do desastre em Santa Tereza, em agosto de 2011 e resultou na
morte de seis pessoas e deixou 57 feridas, garantiu que os serviços da Supervia
estarão modernizados em 2016, com a renovação da via permanente, com a troca
dos dormentes de madeiras por outros de concreto, da malha ferroviária e a
chegada dos novos trens, comprados pelo Governo do Estado, que irão substituir
a frota atual, que reúne composições com mais de 50 abis de uso.
Júlio Lopes não perdeu o sorriso, nem a fleuma ao admitir
que os serviços ferroviários são vítimas de décadas de abandono por parte do
governo, esquecendo-se, por puro oportunismo, que há mais de 7 anos ele ocupa a
Secretaria de Transportes, isto é, desde o primeiro dia de governo de Sérgio
Cabral, que continua voando de helicópteros chapa branca, a pretexto de que as
estradas do Estado do Rio, que ele mesmo administra, são muito perigosas,
principalmente no trajeto Palácio Guanabara-Angra dos Reis, onde ele costuma passar
os fins de semana, quando não está em Paris ou Nova York.
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