“REDE” TRABALHA FIRME PELA
REELEIÇÃO DE DILMA ROUSSEFF
Depois de se recusar a participação do 2º turnos das
eleições de 2010, o que facilitou a eleição de Dilma Rousseff, Marina Silva, a
ex ministra de Lula segue trombando com as principais lideranças políticas nos estados
de S. Paulo, Minas Gerais e Paraná, onde o governador de Pernambuco e
presidenciável Eduardo Campos teria condições de conseguir votos suficientes
para derrotar a atual ocupante do Palácio do Planalto.
Depois de inviabilizar o apoio do líder ruralista Ronaldo
Caiada, do DEM, à candidatura de Campos, o que o aproximaria dos principais
líderes do agronegócio, Marina Silva resolveu brigar pelo lançamento de
candidatura própria do PSB, mas lançado pela Rede, ao Governo de Minas Gerais,
quebrando um acordo de cavalheiros selado entre Campos e Aécio Neves, pelo qual
os dois presidenciáveis não se imiscuiriam nas disputas em seus respectivos
estados. A tese da candidatura própria, que até o PT de Rui Falcão condena, é
uma forma bizarra de atrapalhar a montagem de um palanque “campista” em Minas
Gerais que, ao lado de S. Paulo e Rio de Janeiro, concentra o maior número de
eleitores, número suficiente para derrubar o favoritismo de Dilma Rousseff
advinda das regiões Norte e Nordeste, onde o coronelismo sempre é a favor do
Governo Central. Foi a entrada do Rio Grande do Sul pela disputa do Palácio do
Catete, controlado pelo grupo café-com-leite (SP, grande produtor de café, e
Minas Gerais, de leite), que resultou na Revolução de 30, quando as tropas do
gaúcho e desconhecido Getúlio Vargas “amarraram seus cavalos” no Obelisco em
frente ao Palácio Monroe, sede do Senado e ambos demolidos (nessa obra, Cabral
e Eduardo Paes estão de fora) para as obras do metrô em direção a Botafogo.
O grupo de assessores de Marina Silva, que não tem
expressão política, nem votos, mantém a ex ministra do Meio Ambient, amiga de
longa data de Lula, presa numa rede em que os demais partidos são satanizados,
a partir do PSDB de Aécio e Geraldo Alckmin. Enquanto em São Paulo a turma de Marina
insiste na tese da candidatura própria, o que levaria a eleição para o segundo
turno, entre o atual governador e o ex ministro da Saúde, Alexandre Padilha,
que teria o apoio político e financeiro dos prefeitos petistas e do Governo
Federal, em Minas Gerais o objetivo dos amigos de Marina é facilitar a eleição
do ex ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, solapando o principal palanque de
Aécio Neves.
Pelo visto, os seguidores de Marina Silva aprenderam como
atrapalhar a caminhada de Eduardo Campos nos manuais que orientaram o famoso
“Cabo Anselmo”, um ativista infiltrado pelos líderes da Ditadura nas
manifestações de Março de 1964, inclusive na revolta dos marinheiros contra os
oficiais, num ponto inegociável de qualquer instituição militar: a hierarquia.
E os gauchos chegaram ao Rio de Janeiro (Foto: Rick Ipanema)
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