domingo, 30 de março de 2014

PARA GABEIRA, PASADENA É O
MENSALÃO DO GOVERNO DILMA 
O ex-deputado federal Fernando Gabeira relaciona o caso da polêmica compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA) por US $ 1,2 bilhão pela Petrobras com o chamando “mensalão” do Governo Lula. Segundo Gabeira, o novo episódio pode ressoar ainda por muito tempo, mas diz que não tem esperança de que depois disso todos se convençam de que a Petrobrás foi devastada
Para Gabeira, os críticos da Petrobrás não são bons brasileiros. Bons são os que se apossaram dela e a fizeram perder R$ 200 bilhões nestes 13 anos e despencar no ranking das grandes empresas do mundo.
O ex deputado destaca que o líder do governo, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), disse que a perda desse dinheiro faz parte do jogo capitalista de perde e ganha.
“Se fosse numa empresa privada, dificilmente seus diretores resistiriam no cargo. Em Pasadena enterrou-se dinheiro público. O que deveria ser mais grave em termos políticos”.
Para Gabeira, Pasadena é uma boa versão com sotaque latino para Waterloo.
“Dilma Rousseff afirma que assinou a compra da refinaria no Texas sem conhecer as cláusulas. Depois disso conheceu. Ela lançou uma nota para explicar o momento em que não sabia. E se esqueceu de explicar todos os anos de silêncio e inação”.
Conforme o noticiário dos últimos dias, os diretores da Petrobrás, que teriam omitido as cláusulas que enterram mais de US$ 1 bilhão em Pasadena, continuaram nos seus cargos até a coisa explodir.
“Tenho a impressão de que tentaram sentar-se em cima da refinaria de Pasadena. Sentaram-se numa baioneta, porque não se esconde um negócio desastroso de mais de US$ 1 bilhão. Os fatos começam a se desdobrar, agora que os olhares se voltam para esse refúgio dos nacionalistas, defensores da Pátria enriquecidos”.
Ainda segundo Gabeira, uma empresa holandesa cobrou US$ 17 milhões da Petrobrás por serviços que não constavam do contrato, enquanto a primeira parcela da compra em Pasadena foi declarada como US$ 360 milhões no Brasil, mas no documento enviado às autoridades americanas, foi registrada como uma compra de US$ 420 milhões. Refinarias compradas no Japão têm as mesmas cláusulas do contrato desastroso de Pasadena.
Com um tom de nostalgia, o polêmico Gabeira lembra a campanha do “Petróleo é Nosso” dos anos 50:
“A Petrobrás da nossa juventude, dos gritos de "o petróleo é nosso", se tornou o reduto preferido dos dois grandes partidos que nos governam. O petróleo é deles, do PT e do PMDB. Levaram o slogan ao pé da letra e suas pegadas na maior empresa do País demonstram que devoram até aquilo que dizem amar. (Fonte: Brasil/247).

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