quinta-feira, 3 de abril de 2014

CNI DEFENDE CORTE DE GASTOS
PÚBLICOS PARA CONTER INFLAÇÃO
 Provocada pela resistência da inflação em cair, a nova alta da taxa Selic – juros básicos da economia – eleva os custos para o setor produtivo, informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em comunicado, a entidade voltou a defender o corte de gastos públicos para ajudar a conter os preços sem a necessidade de novas elevações nos juros. Em reunião encerrada hoje (2), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu elevar a Selic de 10,75% ao ano para 11% ao ano.
Na avaliação da CNI, a contenção do ritmo de crescimento das despesas do governo ajudaria a segurar a inflação sem impor custos exclusivamente ao setor produtivo. “Isso [a desaceleração dos gastos públicos] minimizaria os efeitos negativos da alta dos juros na atividade industrial. A opção única pelo incremento da Selic para tentar trazer o IPCA [Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo] para o centro da meta faz com que os custos do ajuste recaiam integralmente no setor produtivo”, criticou a entidade.
Segundo a confederação, o IPCA, índice oficial de inflação, acumulado em 12 meses está próximo ao teto da meta, de 6,5%, para 2014. Para a CNI, as pressões inflacionárias continuam fortes por causa de fatores que não dependem exclusivamente dos juros, como o fim da desoneração da tarifa de energia, o repasse atrasado da alta do dólar para os preços e a resistência dos preços dos serviços.
“O IPCA encontra-se sistematicamente acima da meta, e as previsões para o ano se deterioraram desde a última reunião do Copom. As expectativas apontam para um IPCA em torno de 6,30% em 2014, valor muito próximo ao teto do objetivo definido pelo governo, de 6,50%”, destacou a CNI. (Wellton Máximo –Agência Brasil)

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