CNI DEFENDE CORTE DE GASTOS
PÚBLICOS PARA CONTER INFLAÇÃO
Provocada pela
resistência da inflação em cair, a nova alta da taxa Selic – juros básicos da
economia – eleva os custos para o setor produtivo, informou a Confederação
Nacional da Indústria (CNI). Em comunicado, a entidade voltou a defender o
corte de gastos públicos para ajudar a conter os preços sem a necessidade de
novas elevações nos juros. Em reunião encerrada hoje (2), o Comitê de Política
Monetária (Copom) do Banco Central (BC)
decidiu elevar a Selic de 10,75% ao ano para 11% ao ano.
Na avaliação da
CNI, a contenção do ritmo de crescimento das despesas do governo ajudaria a
segurar a inflação sem impor custos exclusivamente ao setor produtivo. “Isso [a
desaceleração dos gastos públicos] minimizaria os efeitos negativos da alta dos
juros na atividade industrial. A opção única pelo incremento da Selic para
tentar trazer o IPCA [Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo] para o
centro da meta faz com que os custos do ajuste recaiam integralmente no setor
produtivo”, criticou a entidade.
Segundo a
confederação, o IPCA, índice oficial de inflação, acumulado em 12 meses está
próximo ao teto da meta, de 6,5%, para 2014. Para a CNI, as pressões
inflacionárias continuam fortes por causa de fatores que não dependem
exclusivamente dos juros, como o fim da desoneração da tarifa de energia, o
repasse atrasado da alta do dólar para os preços e a resistência dos preços dos
serviços.
“O IPCA
encontra-se sistematicamente acima da meta, e as previsões para o ano se
deterioraram desde a última reunião do Copom. As expectativas apontam para um
IPCA em torno de 6,30% em 2014, valor muito próximo ao teto do objetivo
definido pelo governo, de 6,50%”, destacou a CNI. (Wellton Máximo –Agência
Brasil)
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