terça-feira, 1 de abril de 2014

PMs E BOMBEIROS DENUNCIAM
FALTA DE SUPORTE NAS UPPS 
O presidente da Associação de Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro, Vanderlei Ribeiro, criticou a forma como vem sendo feito o policiamento nas áreas onde foram instaladas unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que tem resultado em mortes de militares e ferimentos em outros, vítimas de ataques de emboscada durante a noite e madrugada.
Segundo Vanderlei, o Estado não tem dado aos policiais o suporte necessário para quem trabalha nessas unidades, equipando melhor e oferecendo melhor estrutura," como o uso da Inteligência e a instalação de câmeras de segurança que permitam a visualização dos pontos mais críticos e toda a área de atuação". Segundo ele, nem todas as bases de UPP têm câmeras de segurança, que permitam ao policial maior visibilidade e controle da comunidade.
Outra questão colocada pelo presidente da associação de classe dos militares [soldados, cabos e sargentos] é o uso de policiais sem experiência, recém-formados, que saem do Centro de Formação de Praças e Soldados (Cfap) direto para compor o efetivo das UPPs.
"Em primeiro lugar, tem que colocar policiais mais experientes para trabalhar nos pontos críticos, como os complexos do Alemão, Manguinhos e Rocinha". Vanderlei Ribeiro acrescentou que o policial sem experiência vai se assustar: "Ele não tem maturidade profissional para enfrentar esse tipo de situação, como as emboscadas feitas por criminosos nessas áreas da cidade".
Em nota, o Programa de Polícia Pacificadora informa que reconhece a importância de policiais mais experientes passando conhecimentos para os recém-formados. Tanto que 10% do efetivo de todas as UPPs são formados por sargentos e cabos, ou seja, policiais mais experientes, responsáveis pela supervisão da tropa.
Quanto às câmeras de segurança, existe um levantamento feito pela subsecretaria de Modernização Tecnológica, da Secretaria de Segurança, para a ampliação da instalação dos equipamentos nas UPPs. Porém, a ampliação do programa de monitoramento é caro e requer um estudo de viabilidade orçamentária.  (Douglas Corrêa - Agência Brasil)

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