PMs E BOMBEIROS DENUNCIAM
FALTA DE SUPORTE NAS UPPS
O presidente da Associação de Praças da Polícia Militar e do Corpo de
Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro, Vanderlei Ribeiro, criticou a forma como
vem sendo feito o policiamento nas áreas onde foram instaladas unidades de
Polícia Pacificadora (UPPs), que tem resultado em mortes de militares e
ferimentos em outros, vítimas de ataques de emboscada durante a noite e
madrugada.
Segundo Vanderlei, o Estado não tem dado aos policiais o suporte
necessário para quem trabalha nessas unidades, equipando melhor e oferecendo
melhor estrutura," como o uso da Inteligência e a instalação de câmeras de
segurança que permitam a visualização dos pontos mais críticos e toda a área de
atuação". Segundo ele, nem todas as bases de UPP têm câmeras de segurança,
que permitam ao policial maior visibilidade e controle da comunidade.
Outra questão colocada pelo presidente da associação de classe dos
militares [soldados, cabos e sargentos] é o uso de policiais sem experiência,
recém-formados, que saem do Centro de Formação de Praças e Soldados (Cfap)
direto para compor o efetivo das UPPs.
"Em primeiro lugar, tem que colocar policiais mais experientes para
trabalhar nos pontos críticos, como os complexos do Alemão, Manguinhos e
Rocinha". Vanderlei Ribeiro acrescentou que o policial sem experiência vai
se assustar: "Ele não tem maturidade profissional para enfrentar esse tipo
de situação, como as emboscadas feitas por criminosos nessas áreas da
cidade".
Em nota, o Programa de Polícia Pacificadora informa que reconhece a
importância de policiais mais experientes passando conhecimentos para os
recém-formados. Tanto que 10% do efetivo de todas as UPPs são formados por sargentos
e cabos, ou seja, policiais mais experientes, responsáveis pela supervisão da
tropa.
Quanto às câmeras de segurança, existe um levantamento feito pela
subsecretaria de Modernização Tecnológica, da Secretaria de Segurança, para a
ampliação da instalação dos equipamentos nas UPPs. Porém, a ampliação do
programa de monitoramento é caro e requer um estudo de viabilidade
orçamentária. (Douglas Corrêa - Agência Brasil)
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